TRANSPORTE PÚBLICO FICA DE FORA DA PAUTA DOS
CANDIDATOS
Apesar de não gozara de prioridade nos programas apresentados
pelos candidatos ao Palácio do Planalto, os deslocamentos urbanos ganharam
destaque na agenda do país sobretudo com os protestos de rua que reuniram
milhares de pessoas em junho de 2013. As manifestações evidenciaram um cenário
comum nas grandes cidades: o alto custo da passagem, os longos deslocamentos
diários, a superlotação de ônibus e metrôs e a crescente opção pelo transporte
individual, aumentando os congestionamentos.
“O investimento no
transporte individual motorizado é de oito a dez vezes maior do que no
coletivo. Ao longo dos anos, isso desenhou cidades para favorecer o automóvel.
A médio e longo prazo, isso é insustentável”, aponta a socióloga Renata
Florentino, pesquisadora do Observatório das Metrópoles.
Quase 85% dos brasileiros vivem em ambiente urbano,
aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a
Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a taxa de urbanização do país
deva chegar a 90% nos próximos cinco anos. Com tanta gente vivendo nas cidades,
é preciso articular políticas públicas que possibilitem uma convivência
harmônica e igualitária nesse espaço. Um dos desafios cotidianos das cidades é
o de garantir o direito de ir e vir de tantas pessoas.
Diante desse contexto, especialistas e ativistas
entrevistados pela Agência Brasil são
unânimes em destacar a necessidade de priorizar o transporte coletivo. “Não
adianta aumentar a infraestrutura tradicional. É papel dos governos se
antecipar, perceber a dinâmica que estamos vivendo e investir em alternativas”,
propõe o economista Pérsio Davison, conselheiro da organização Rodas da Paz, de
Brasília. Ele acredita que é preciso melhorar a qualidade do serviço, que
favoreça a opção pelo transporte público, além de investir em diferentes
modais, incluindo o metroferroviário. Balanço da Associação Nacional das
Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostra que 30% dos brasileiros deixaram
de usar ônibus de 1995 a 2013.
A assessora jurídica da organização Terra de Direitos,
Luana Xavier, entidade que integra a Plataforma Dhesca (Direitos Humanos
Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), defende que as políticas federais
nesse âmbito devem convergir para que não haja uma indução contrária do que
propõe a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal de 2012). “Pela
primeira vez, estão colocados os objetivos de priorizar o transporte coletivo.
Por outro lado, tem-se uma política de incentivo à aquisição do carro por meio
do IPI [Imposto sobre Produto Industrializado] reduzido”, criticou. O número de
automóveis passou de 25,5 milhões, em junho 2005, para 46,6 milhões no mesmo
período deste ano, segundo dados do Ministério das Cidades.
►DIRETOR DEFENDE A AUTONOMIA DO
BC
O diretor de Política
Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, defendeu hoje (29) a
autonomia da autarquia, definida em lei. “Do ponto de vista estritamente
técnico, a teoria macroeconômica, amparada pela evidência internacional, indica
que o ambiente institucional, que contempla autonomia legal para conduzir a
política monetária [definição da taxa básica de juros, a Selic], traz ganhos
para as economias dos países que adotam. Do ponto de vista estritamente
técnico, sou favorável à autonomia legal,”, ressaltou.
No último dia 18, o diretor de
Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que o BC trabalha com autonomia
operacional. Meirelles lembrou que está na diretoria do Banco Central há sete
anos e que já participou de mais de 50 reuniões do Comitê de Política Monetária
(Copom), responsável pela definição da taxa Selic. "O Banco Central
funciona com autonomia operacional. Todas as decisões que tomei foi com minha
consciência”, observou, ressaltando que nunca recebeu sugestão para tomar
decisões. “O trabalho do Banco Central precisa de autonomia operacional, mas
não vou entrar na discussão sobre a necessidade de [isso] estar na lei”,
enfatizou.
A discussão sobre a autonomia
do Banco Central é um dos temas do debate entre os candidatos à Presidência da
República. A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, disse que não “acha
necessária” e criticou propostas que defendem autonomia técnica da instituição,
sem o controle do governo e do Congresso Nacional.
Já a candidata do PSB, Marina
Silva, defende a autonomia do BC, para garantir que o país recupere a
credibilidade e volte a crescer.
►TSE PUNE PASTOR EVERALDO
A pedido de Dilma,
Pastor Everaldo perde tempo na TV por falar sobre “roubalheira” Em propaganda
questionada pela coligação de Dilma, campanha do Pastor Everaldo cita
escândalos de corrupção e pergunta se o país aguenta mais quatro anos de
“roubalheira”. Conteúdo foi considerado ofensivo
O ministro Tarcisio Vieira, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), concedeu direito de resposta à coligação “Com a Força do
Povo”, encabeçada pela presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição,
por conta de declarações feitas pelo presidenciável do PSC, o Pastor Everaldo.
Com a decisão, ele perdeu um minuto do tempo de televisão no horário eleitoral,
no turno da noite.
Na propaganda da campanha do Pastor Everaldo, exibida no
último dia 18, um narrador diz o seguinte: “corrupção nos Correios, corrupção
no Banco do Brasil, corrupção na Petrobras e eles dizem que não sabem de
nada?”. Em seguida, o próprio candidato afirma que “nosso dinheiro está sendo
roubado por esse bando de ladrões”. Na sequência, ele indaga: “será que o
Brasil aguenta mais quatro anos dessa roubalheira?”. E conclui: “se você votar
nos mesmos de sempre, nada vai mudar”.
O conteúdo foi considerado ofensivo pelo ministro e,
segundo ele, ultrapassou os limites da crítica e do debate político. Na
decisão, Tarcisio Vieira destacou ainda que postura semelhante por parte do mesmo
candidato já havia levado o TSE a retirar um minuto no rádio e dois minutos na
televisão de seu tempo de propaganda, a fim de garantir direito de resposta a
Dilma Rousseff. A nova decisão foi tomada neste sábado (27) em representação
movida pela coligação da petista.
“Embora decotadas expressões como ‘governo do PT’,
remanesce a alusão de práticas criminosas de corrupção e de desvio de recursos
públicos atreladas indiretamente aos representantes. É possível, à toda
evidência, identificar que a referida mensagem caluniosa e injuriosa se refere
ao governo de Dilma Rousseff, em especial quando se faz a indagação ‘será que o
Brasil aguenta mais quatro anos dessa roubalheira?’; para, em seguida, afirmar
‘se você votar nos mesmos de sempre, nada vai mudar’. Não há que se falar de
que se trate aqui de ofensa genérica e inespecífica”, concluiu Tarcísio Vieira. (Com a Agências Brasil).
►MARINA SILVA E O '‘POLÍTICO EVANGÉLICO’'
Em um discurso para cerca de 300 líderes evangélicos
nesta sexta-feira, em São Paulo, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB)
defendeu o Estado laico e a bandeira da "diversidade" e afirmou
que nunca, durante toda a sua trajetória de vida, misturou política e religião.
Essa foi a primeira vez que a candidata se reuniu com lideranças evangélicas
desde que assumiu a cabeça de chapa do PSB, após a morte de Eduardo Campos. O
encontro vinha sendo cobrado por diferentes grupos religiosos.
Durante o discurso, Marina diferenciou o que chama
de "político evangélico" e "evangélico político".
Argumentou que o primeiro instrumentaliza a fé para influenciar as pessoas,
enquanto o segundo sabe que não é correto fazer isso. A candidata, que é ligada
à Assembleia de Deus, disse que não transformaria os púlpitos das igrejas em
palanques ou os palanques em púlpitos.
Marina ainda disse que não vai adaptar o seu discurso
para agradar a comunidade evangélica, mas ressaltou que não abre mão de
professar a sua crença. "Quando eu digo, lá fora, que defendo a
diversidade, eu a defendo também aqui dentro. Não tenho um discurso para cada
ambiente, não tenho regra de conveniência e de circunstância.”
Marina terminou a sua fala pedindo orações para enfrentar
o resto da campanha. Disse também que saía de lá com a certeza de que estava
recebendo o apoio das diversas denominações não por ser evangélica, mas por ter
apresentado as melhores propostas para o país.
►AÉCIO PREGA ÉTICA,
DECÊNCIA E DIGNIDADE
O domingo (28) em São João Del Rei (MG) foi de emoção
para o candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio
Neves, que reforçou os valores de ética, dignidade e decência como essenciais
na vida e na política.
"Há 30 anos, eu saí da porta dessa casa para iniciar
minha caminhada política, acreditando muito que política e decência devem ser
como irmãs siamesas", afirmou Aécio referindo-se à casa da família Neves
em São João del Rei (MG).
Em seguida, o candidato acrescentou que: "O tempo
passou, os cabelos ficaram um pouco mais brancos, mas, no momento em que se
aproxima a eleição, quero reiterar a minha crença de que, além das propostas,
além das ideias, dos projetos, é fundamental nós resgatarmos na vida pública a
ética, a decência, a generosidade".
Aécio reiterou que encerra nesta semana apenas uma etapa
de sua caminhada. Ele destacou a importância de São João del Rei e da
influência de seu avô Tancredo em sua trajetória por um novo projeto para o
Brasil.
"É aqui que eu busco a fé. É aqui que eu busco a
energia, que são as minhas melhores companheiras. Levarei sempre comigo a minha
fé e as verdades que eu tenho professado por todo o Brasil para construir um
projeto novo. A cada dia, a cada instante, por onde eu passo, tenho mais
confiança de que nós temos um projeto extraordinário, para que os brasileiros
voltem a ter esperança, vivam com maior saúde, com mais educação, com mais
segurança", completou.
►TSE BARRA TENTATIVA
DE CENSURA DO PT
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido da
campanha da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, que buscava
suspender propagandas do candidato à Presidência da República pela Coligação
Muda Brasil, Aécio Neves.
O ministro Admar Gonzaga decidiu negar o pedido com o
objetivo de preservar a liberdade de expressão normal de um debate democrático.
"Creio, assim, ser mais prudente, em prol da liberdade de expressão e do princípio
do contraditório, não deferir liminar por ora, sem prejuízo de reflexão mais
aprofundada no momento oportuno", afirmou.
Gonzaga entendeu que a peça divulgada pela campanha da
Coligação Muda Brasil sobre a construção do porto de Mariel em Cuba com
financiamento do atual governo não trazem inverdades, ofensas de caráter
pessoal a candidato, partido ou coligação.
► PALOCCI E VACCARI
NETO NA CPMI
Líder do PPS na Câmara, o deputado federal Rubens Bueno
(PR) apresentou nesta segunda-feira (29) à CPI mista da Petrobras requerimentos
pedindo a convocação do ex-ministro Antônio Palocci e do tesoureiro do PT, João
Vaccari Neto, por suspeita de envolvimento em desvios de recursos públicos.
Um dos pedidos se baseia em reportagem da última edição
da Veja. De acordo com a
revista, mediante acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa declarou que Palocci solicitou R$ 2 milhões para a campanha
eleitoral de 2010 da então candidata a presidente da República, Dilma Rousseff
(PT). O dinheiro seria oriundo de esquema de corrupção na estatal.
Em relação a Vaccari Neto, o pedido foi formulado a
partir de reportagem do jornal Folha
de S. Paulo sobre a suspeita de que ele negociou investimentos feitos
por fundos de pensão de estatais em empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef.
Tanto Costa quanto Youssef estão presos. Foram alvos da
Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março último para
desbaratar esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
Se os pedidos forem aprovados pela CPI, Palloci e Vaccari deverão ser ouvidos
pelo colegiado.
►CPMI VAI OUVIR EX CONTADORA DE DOLEIRO
Passado o 1º turno das eleições, a CPI Mista da Petrobras
vai ouvir no dia 8 de outubro (quarta-feira) o depoimento de Meire Poza, ex contadora
do doleiro Alberto Youssef. De acordo com reportagem da revista Época, ela revelou, em depoimento à
Polícia Federal, que mais de 50 empresas estão envolvidas no esquema de lavagem
de dinheiro que era comandado pelo doleiro.
Além de ouvir Meire Poza, a CPI já pode examinar os
depoimentos colhidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Essa documentação
chegou à comissão de inquérito na última quarta (24). No despacho, o juiz
Sérgio Mouro explica que, além das alegações da contadora, está disponível o
material apreendido na Arbor Contabilidade (empresa de Meire), que é objeto do
inquérito policial.
Os pedidos para o depoimento da contadora foram feitos
por oito parlamentares. Em um deles, o relator da comissão, deputado Marco Maia
(PT-RS), argumentou que, segundo as denúncias, Meire Poza auxiliava Alberto
Youssef na lavagem de dinheiro. (Com Agência Senado)
►CPIM QUEBRA SIGILO
BANCÁRIO DE ACUSADOS
Enquanto aguarda o conteúdo da delação premiada do
ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura denúncias de corrupção
na estatal está recebendo outros documentos relevantes para a investigação. É o
caso da transferência de sigilos bancários de alguns dos investigados.
Nestas duas últimas semanas, chegaram à comissão de
inquérito dados dos bancos Bradesco, Itaú, HSBC, Caixa Econômica Federal e
Banco Safra. Entre os arquivos, estão movimentações do doleiro Alberto Youssef
e de Paulo Roberto Costa, dois dos principais acusados de operarem um esquema
de desvio de dinheiro que teria movimentado ilegalmente R$ 10 bilhões, segundo
a Polícia Federal. Ambos estão presos no Paraná.
Os bancos enviaram também sigilos das duas filhas de
Paulo Roberto, Ariana e Shanni, e dos dois genros dele, Humberto Sampaio de
Mesquita e Márcio Lewkowicz. Os quatro também são investigados por participação
no esquema. Além disso, no dia em que foi deflagrada a operação Lava Jato,
responsável por desmantelar a quadrilha, a Polícia Federal informou que eles
retiraram documentos e dinheiro do escritório da Costa Global Consultoria,
empresa de Paulo Roberto, na tentativa de ocultar provas.
Com isso, os parlamentares têm em mãos detalhes sobre
créditos e débitos de movimentações, sejam elas em contas correntes, poupanças,
investimentos em fundos, títulos e valores mobiliários, de renda fixa ou
variável, além de operações de câmbio. As informações são sigilosas e estão
disponíveis somente para os parlamentares integrantes da comissão e assessores
autorizados por eles.
Quanto à delação premiada do ex-diretor da estatal, o
processo só será enviado ao Legislativo depois de sua homologação pela Justiça,
segundo informou na terça-feira (23) o presidente da CPMI, senador Vital do
Rêgo (PMDB-PB), após reunião de integrantes da comissão com o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
►NOVAS CONVOCAÇÕES NA CPMI
Por conta das eleições, a CPI Mista não terá sessão esta
semana e vai se reunir somente no dia 8, o, após o primeiro turno, para ouvir
Meire Poza, contadora de Youssef. Senadores e deputados poderão indagá-la já
sabendo do conteúdo do depoimento dela à Justiça Federal. O material chegou à
comissão na quarta-feira (24) e também tem acesso restrito.
Enquanto isso, a CPI continua recebendo requerimentos dos
parlamentares. O mais recente é do deputado João Magalhães (PMDB-MG), que quer
a convocação do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros).
O parlamentar alega que, conforme reportagem da revista
Isto É, Paulo Roberto Costa incluiu o nome do governador entre os envolvidos na
corrupção na Petrobras. Também estão pendentes pedidos de cópias de documentos
e mais convocações, inclusive de Marcos Valério, preso depois de ter sido
condenado no processo do Mensalão.
A CPMI tem a participação de senadores e deputados e funciona
paralelamente à CPI exclusiva do Senado, com idênticos objetos de investigação:
irregularidades envolvendo a Petrobras entre 2005 e 2014 relacionadas à compra
da Refinaria de Pasadena, nos EUA; ao lançamento no mar de plataformas
inacabadas; ao pagamento de propina a funcionários da estatal; e ao
superfaturamento na construção de refinarias, principalmente a de Abreu e Lima,
em Pernambuco. (Com informações da
Agência Senado)
►UMA SAIDA PARA O BOLSA FAMÍLIA
Está pronto para ser votado pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) projeto de lei que visa a incentivar a contratação de
beneficiários do Bolsa Família por empresas. De autoria do senador licenciado Álvaro
Dias (PSDB-PR), a matéria tem parecer favorável, com uma emenda, do relator,
senador Ciro Nogueira (PP-PI).
O Projeto permite que a pessoa jurídica que contratar
beneficiário do Programa Bolsa Família possa deduzir valor equivalente ao
benefício do Bolsa Família da contribuição patronal devida à Seguridade Social.
A proposição também prevê que, necessariamente, o empregado tenha o benefício
suspenso durante todo o período em que durar seu vínculo com a empresa.
O autor também cria, no projeto, o Cadastro Nacional de
Inclusão Produtiva do Trabalhador – Pró-Trabalho, que centralizaria as
informações dos trabalhadores nessa situação. A ideia é controlar o que o autor
chamou de “porta de saída” dos programas sociais. Para Álvaro Dias, a
justificativa do projeto é o fato de haver um risco de que os programas sociais
estejam fomentando dependência e acomodação indesejáveis nos beneficiários.
Ciro Nogueira avalia que o projeto poderá viabilizar
ofertas de emprego, dando oportunidade de aprimoramento de mão de obra e
colocação no mercado de trabalho, mas apresentou uma emenda para que a dedução
seja de 50% do valor do Bolsa Família e limitado a um período de dois anos,
desde que a nova renda familiar não seja inferior ao benefício pago pelo
governo.
- O fato de não haver um prazo limite para o benefício
concedido à pessoa jurídica contratante poderia caracterizar um repasse de
recursos do Estado para o empresário – justificou Ciro Nogueira.
Se for aprovado pela CAE, o projeto segue direto para a
Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para votação em Plenário. (Com a
Agência Senado)
►PROJEÇÃO DO PIB CAI
PARA 0,7%
O Banco Central (BC) reduziu a projeção de crescimento da
economia para este ano. De acordo com o
Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (29), o Produto Interno
Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos, deve apresentar
expansão de 0,7%, ante a previsão anterior de 1,6%.
De acordo com o BC, a produção agropecuária deverá
crescer 2,3% – a estimativa anterior era 2,8%. A produção da indústria deverá
recuar 1,6%, contra a previsão anterior de retração de 0,4%. O crescimento do
setor de serviços caiu de 2% para 1,2%.
O consumo das famílias deve crescer 1,6%, contra 2%
previstos em junho. Os investimentos – Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) –
devem apresentar retração 6,5%, ante 2,4% previstos em junho. A projeção para o
consumo do governo passou de 2,1% para 1,7%.
As projeções para as exportações e as importações foram
revisadas de 2,3% para 3,6%, e de 0,6% para 1%, respectivamente.
Para o período de 12 meses encerrado em junho de 2015, a
estimativa de crescimento do BC para o PIB é 1,2%.
►MERCADO ELEVA
PROJEÇÃO DE INFLAÇÃO
Investidores e analistas do mercado financeiro voltam a
elevar a projeção de inflação e diminuem mais uma vez a expectativa de
crescimento da economia. De acordo com o relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a nova
projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas
produzidas no país -, em 2014, passou de 0,30% para 0,29%, com queda na
produção industrial (-1,94%). Para a inflação, apurada pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa é de 6,31% ante aos 6,30% anunciados
anteriormente.
Para o dólar, a nova taxa de câmbio prevista, no fim do
ano, é de R$ 2,35 e a taxa básica de juros (Selic) estimada permanece em 11% ao
ano. A dívida líquida do setor público foi mantida em 35% do PIB. Os preços
administrados, que sofrem interferência do governo, terão crescimento de 5,10%,
segundo os agentes do mercado financeiro.
No setor externo, o déficit em conta corrente, um dos
principais indicadores, está estimado em US$ 81,20 bilhões, com o saldo da
balança comercial em US$ 2,40 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos s
em US$ 60 bilhões.
►IGP-M SOBE 0,2% EM
SETEMBRO
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no
reajuste de contratos de aluguel, teve inflação de 0,2%, em setembro deste ano.
No mês anterior, o indicador registrou deflação (queda de preços) de 0,27%.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxas de 1,76% no ano
e 3,54% no período de 12 meses.
O avanço da taxa entre agosto e setembro foi provocado
pelas altas de preços no atacado e no varejo. O subíndice de Preços ao Produtor
Amplo, que analisa o atacado, passou de uma deflação de 0,45%, em agosto, para
uma inflação de 0,13% em setembro.
Já a taxa de inflação do subíndice de Preços ao
Consumidor, que analisa o varejo, passou de 0,02% em agosto para 0,42% em
setembro, principalmente devido aos alimentos. O grupo de despesas alimentação
passou de uma queda de preços de 0,11% para uma alta de preços de 0,4% no
período.
O subíndice de Custo da Construção, teve uma queda na
taxa, ao passar de 0,19%, em agosto, para 0,16% em setembro. O IGP-M é
calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20
do mês de referência.
►BANCÁRIOS EM ESTADO
DE GREVE
Os bancários fizeram nesta segunda (29) assembleia para
organizar a paralisação da categoria, que deve começar nesta terça-feira (30).
Foi o que informou o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Segundo o
comando de greve, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban), na tentativa de evitar a paralisação, foi considerada “insuficiente,
não somente do ponto de vista econômico, mas também porque ignora completamente
as demais reivindicações da pauta da categoria”.
Entre as reivindicações dos bancários, estão reajuste
salarial de 12,5%; piso salarial de R$ 2.979,25; 14º salário; participação nos
lucros e resultados de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247;
vales-alimentação e refeição, cesta alimentação, décima terceira cesta e
auxílio-creche/babá de R$ 724 ao mês. Outas demandas são: gratificação de
caixa, no valor de R$ 1.042,74; gratificação de função equivalente a 70% do
salário do cargo efetivo; e vale-cultura de R$ 112,50 para todos trabalhadores.
Há ainda reivindicações contra as “metas abusivas”
apresentadas por chefias e de combate ao assédio moral, bem como isonomia de
direitos para afastados por motivo de saúde. Os funcionários dos bancos querem
ainda a manutenção dos planos de saúde na aposentadoria, o fim das demissões e
da rotatividade, mais contratações, proibição de dispensas imotivadas, aumento da
inclusão bancária e combate às terceirizações.
Na proposta apresentada pela Fenaban no sábado (27), os
bancos oferecem reajuste de 7,35% para salários e demais verbas salariais (ante
os 7% propostos anteriormente). O valor, segundo a entidade, representa aumento
real de 0,94% e de 8% para os pisos salariais (reajuste 1,55% acima da
inflação).
Insatisfeito com a proposta apresentada pelos bancos, o
Comando Nacional dos Bancários decidiu manter o calendário aprovado
anteriormente, com greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira.
►XERÉM AINDA VIVE NAS TREVAS
Denunciando a indiferença da Secretaria Municipal de Serviços
Públicos com relação à má qualidade da iluminação pública no 4º Distrito de
Duque Caxias, os moradores de Xerém resolveram apelar para as redes sociais,
como facebook e outros dispositivos semelhantes.
Por indicação de um internauta que segue o blog, acessamos
uma página do Face, onde foi postada essa foto da rua Joaquim Carlos de Souza, logradouro
Tia Anastácia em Xerém que mostra a luminária quebrada e pendurada na rede
elétrica. Ocorre que o consumidor paga a taxa de iluminação pública junto com a
conta mensal de consumo, sem desconto dos dias em que a sua rua ficou nas
trevas.
O internauta se queixa as reclamações enviadas ao setor de Iluminação Pública não foram atendias e que existe, na mesma rua mais três lâmpadas queimadas há cerca de 120 dias.
O internauta se queixa as reclamações enviadas ao setor de Iluminação Pública não foram atendias e que existe, na mesma rua mais três lâmpadas queimadas há cerca de 120 dias.
►OS 30 ANOS DA DEFESA
CIVIL DE CAXIAS
Os 30 anos da implantação da Defesa Civil em Duque de
Caxias foi marcado por uma série de atividades, desde o lançamento de um
aplicativo para celular, selo comemorativo, entrega de medalha e certificado de
Mérito para personalidades que contribuíram para o órgão ou o município,
encerrando com ação social e Parabéns para você, na Praça do Pacificador, no
centro.
O início da comemoração foi no auditório do Museu Ciência
e Vida, e o prefeito Alexandre Cardoso destacou a importância da Defesa Civil
para a cidade e sua população, lembrando a participação do órgão no desastre
natural de janeiro de 2013, quando um temporal devastou a localidade de Café
Torrado, em Xerém.
“No passado pensávamos em Defesa Civil associada ao Corpo
de Bombeiros, mas o conceito moderno é outro, voltado para a segurança da
população e da cidades. O trabalho da Defesa Civil no desastre natural de Xerém
foi uma prova da importância do órgão para Caxias”, afirmou.
O secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões,
elogiou o prefeito por ter reconhecido o papel do órgão. “Aqui tive a
oportunidade de caminhar com profissionais e que entenderam o conceito de
Defesa Civil”, disse.
Em seu discurso o secretário municipal de Defesa Civil,
Marcello Silva Costa destacou o papel de seus antecessores na construção do
órgão em Duque de Caxias. Aproveitou para apresentar o aplicativo (o app.vc\defesa_civil_duque_de_caxias)
da Defesa Civil do município que disponibiliza informações como meteorologia,
sinal de alerta e outros serviços. O evento marcou também o lançamento do selo
comemorativo aos 30 anos da entidade e a entrega da Medalha Mérito Defesa Civil
para 15 personalidades que contribuíram para Caxias.
Também os radioamadores marcaram presença, mostrando seus
equipamentos. (Fotos: Rallf
Santos)
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