ACIDENTE DE CONSUMO TERÁ
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA
Uma portaria
assinada nesta quarta-feira (25) pelos ministros da Justiça, José Eduardo
Cardozo, e da Saúde, Alexandre Padilha, tornará obrigatória a notificação de
acidentes graves, suspeitos de terem sido provocados pelo consumo de produtos
ou serviços. A notificação, feita a partir do atendimento à vítima, será
obrigatória para todos profissionais da saúde, tanto de hospitais públicos como
privados.
“A portaria
estabelece a notificação compulsória, ou seja, obrigatória, em todos serviços
de saúde. Terá de ser feito o registro, por parte de algum profissional da
saúde, da suspeita de acidentes fatais por conta de consumo de um produto”,
disse Padilha. A medida será publicada nesta quinta (26) no Diário Oficial da União.
Ele lembrou que
situação similar ocorre nos casos em que os profissionais identificam
indícios de violência praticada contra mulheres, idosos e crianças.
“Aproveitaremos a capilaridade dos serviços de saúde, a exemplo do que
aconteceu em 2011, quando estabelecemos que notificação sobre violência contra
mulher, idoso e criança passou a ser obrigatória”
A portaria criará
o Sistema de Informações de Acidentes de Consumo (Siac), com o objetivo de
armazenar registros sobre acidentes graves ou fatais, relacionados a produtos
com potencial risco aos consumidores. A previsão é que o sistema comece a
funcionar em 120 dias.
“Vamos constituir
um banco de dados para o enfrentamento do problema, com ações pontuais e
concretas. Serão dados com qualidade inclusive para ajudar no planejamento de
políticas públicas e medidas concretas”, acrescentou Padilha.
Para o ministro da
Justiça, é fundamental que a portaria “saia do papel, para ter substância,
conteúdo e validade histórica”, e para que chegue às ruas e às mentes das
pessoas.
“O Código do
Consumidor é uma das grandes conquistas do nosso país, para a história das
relações sociais e econômicas do país. Não basta ao código afirmar a cidadania.
A questão precisa avançar para se projetar nas ruas e mentes dos cidadãos”, disse
Cardozo. (Agência Brasil).
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