REITORES CONDENAM REPRESSÃO
POLICIAL CONTRA OS PROFESSORES
Os reitores das universidades federais do Rio
assinaram nota na qual repudiam e expressam preocupação com os atos violentos
cometidos contra os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.
Hoje (4), os professores decidiram manter a greve, durante assembleia no Clube
Municipal, na zona norte da cidade.
“Como representantes de instituições formadoras de
um número expressivo de professores que atuam na rede pública, somos instados a
nos posicionar, repudiando atos que colocam em risco a integridade física e
emocional de profissionais que são responsáveis pela formação de crianças e
jovens que representam o futuro de nosso estado e do país”, diz a nota.
Os reitores também pedem aos poderes constituídos
do estado, sobretudo a Câmara de Vereadores, que se sensibilizem com as
demandas apresentadas pelos professores e abram canais efetivos de negociação.
“De forma a que um legítimo plano de carreira represente os anseios do conjunto
dos trabalhadores da educação e permitam o retorno à normalidade das atividades,
garantindo que o processo educativo, tão necessário e primordial, se efetive e
possamos oferecer à sociedade o ensino de qualidade pelo qual tanto lutamos e
almejamos”, concluiu a nota.
Assinam o documento os reitores da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Ana Maria Dantas Soares; da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da
Conceição; da UniRio, Luis Pedro San Gil Jutuca; e da Universidade Federal
Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, além do diretor-geral do Centro
Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet- RJ), Carlos
Henrique Figueiredo Alves.
O plano de cargos, carreiras e remunerações (PCCR)
dos professores do município do Rio foi aprovado pela Câmara dos Vereadores na
terça-feira (1º) e sancionado no dia seguinte pelo prefeito Eduardo Paes.
Enquanto estava sendo votado, manifestantes contrários ao PCCR e policiais
militares entraram em confronto na área externa da Casa Legislativa, na
Cinelândia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde 23 pessoas ficaram feridas. (Agência Brasil)
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