MPF PROCESSA GESTORES
DO
HOSPITAL CARDOSO
FONTES
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ajuizou ação
civil pública por ato de improbidade administrativa contra o diretor-geral do
Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), Paulo Roberto Marçal Alves, o
ex-diretor, Paulo Roberto Fernandes, o ex-diretor do Departamento de Gestão
Hospitalar do Rio de Janeiro (DGH), o biólogo Oscar Jorge Berro (foto), ex Secretário de Saúde de Caxias no Governo Washington Reis, e outros sete
servidores da administração do hospital.
Os réus são acusados de serem responsáveis por diversas
ilegalidades na contratação da empresa Renal-Tec Indústria Comércio e Serviços
para prestação de serviços de hemodiálise no hospital - a empresa também é ré
na ação -, que causaram prejuízo de R$ 2,6 milhões aos cofres públicos.
Segundo informações do MPF, o inquérito civil público que
deu origem à ação foi instaurado a partir de fiscalização nos hospitais
federais do Rio de Janeiro feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) no ano
de 2012. A partir da fiscalização foram constatadas diversas irregularidades na
contratação do serviço de locação de equipamentos de hemodiálise e fornecimento
de insumos no Hospital Cardoso Fontes.
“As investigações acabaram por comprovar o direcionamento
da licitação que originou o contrato em questão, o superfaturamento dos valores
praticados e, por fim, sucessivas prorrogações ilegais do ajuste, com os
prejuízo aos cofres públicos podendo superar R$ 2,6 milhões”, informou o MPF.
Para o Ministério Público, a licitação do serviço foi direcionada porque os
gestores do hospital deixaram de fracionar o objeto do certame, optando, em vez
disso, por contratar a única empresa que oferecia globalmente todos os serviços
necessitados.
“Após comparação dos valores praticados pela Renal-Tec
com atas de registro de preços do site
de compras do governo federal, a CGU comprovou que os preços contratados com o
Hospital Cardoso Fontes estavam 24,05% acima da média do mercado”.
O Ministério da Saúde no Rio de Janeiro informou à Agência Brasil que aguarda a
finalização do Processo Administrativo Disciplinar instaurado pela CGU sobre irregularidades
na gestão do Hospital Cardoso Fontes para “poder aplicar as penalidades
cabíveis no caso". A nota esclarece que a ação do Ministério Público
Federal do Rio do Janeiro foi feita com base na auditoria do Departamento
Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS), determinada pela
Secretaria de Atenção à Saúde.
A nota diz ainda que “a auditoria do DenaSUS constatou
que a empresa Renaltec, já notificada, deve ressarcir aos cofres públicos R$
1,4 milhão. A direção do HFCF ressalta que, desde 2012, reduziu em 25% o valor
do contrato”. (Nielmar de Oliveira – Agência Brasil)
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