DA
VERBA PARA SEGURANÇA NA
COPA
GOVERNO SÓ INVESTIU 37%
A pouco
mais de duas semanas do Mundial, os gastos do governo federal com a segurança
da Copa não chegam nem a metade do previsto no Orçamento de 2014. Até o último
dia 16, apenas R$ 157,8 milhões dos R$ 422,4 milhões previstos para a segurança
do evento foram desembolsados, cerca de 37% do total orçado.
Os
recursos estão divididos em duas ações orçamentárias: “Apoio à realização de
grandes eventos”, sob gestão do Ministério da Defesa, e “Implementação do Plano
Nacional de Segurança Pública para a realização dos grandes eventos”, a cargo
do Ministério da Justiça.
O
Ministério da Defesa é responsável por R$ 83,3 milhões para garantia da lei e
da ordem durante a Copa. As ações serão realizadas por meio do monitoramento do
espaço aéreo e marítimo; ações de defesa química, biológica, radiológica e
nuclear; implantação de Centros de Comando e de Força de Contingência; ações
para defesa de infraestruturas críticas e estratégicas; preparação e execução
de medidas de contraterrorismo e implantação de força para atuação subsidiária.
O órgão
ainda será responsável, junto com o Ministério da Justiça, pela defesa
cibernética e pelo emprego de helicópteros durante o evento. Do montante
autorizado para as iniciativas do órgão, R$ 52,8 milhões foram empenhados e
apenas R$ 6,5 milhões pagos. O Ministério, no entanto, desembolsou R$ 72,9
milhões em restos a pagar. Em resposta ao Contas Abertas, a Pasta afirmou que o
valor previsto para 2014, em sua totalidade, refere-se a custeio e será
executado em sua totalidade no exercício em curso.
A maior
parcela do orçamento (R$ 339 milhões), no entanto, é destinada as iniciativas
de implementação do Plano Nacional para a segurança em grandes eventos. Ao
Ministério da Justiça cabe à implantação dos centros integrados de comando e
controle, compostos por equipamentos de TI, soluções e sistemas de integração e
de radiocomunicação, sistema de imageamento aéreo e plataformas de observação
elevadas para promover a integração das ações das forças policiais de segurança
durante os jogos.
Com os
R$ 339 milhões de orçamento, a Pasta de Justiça ainda deve realizar operações
para testar modelos, promover simulações e fiscalizações de segurança pública e
cursos e treinamentos para qualificação dos operadores de segurança, com ênfase
à segurança com cidadania.
A
execução dos recursos, no entanto, é pífia. Apenas 23% da dotação autorizada
foi executada, sendo que dos R$ 78,5 milhões desembolsados, R$ 71,9 milhões
correspondem ao pagamento de restos a pagar. Do valor autorizado para o ano,
somente R$ 190,2 milhões chegaram a ser empenhados.
O
Contas Abertas entrou em contato com o Ministério da Justiça, que não
encaminhou resposta até o fechamento da reportagem.
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