DILMA VOLTA A NEGAR O
RISCO DE NOVO APAGÃO
A presidente Dilma Rousseff aproveitou um evento em São Paulo, na noite desta quarta-feira (28) para criticar a gestão do governador tucano Geraldo Alckmin em relação à crise da água. Segundo relatos de participantes da reunião com lideranças da comunidade judaica, Dilma disse: "não haverá racionamento de energia no Brasil este ano, já o racionamento de água eu não garanto".
A frase foi dada em resposta ao empresário João Dória
Jr., que afirmou ter percebido em um evento com investidores em Nova York que a
"credibilidade do Brasil é quase nenhuma" no exterior. Dilma rebateu
com números positivos sobre a economia e disse que o mau humor do mercado se
deve ao momento pré-eleitoral.
O encontro, organizado pela Confederação Israelita do
Brasil (Conib), na casa do médico Claudio Lottenbergh, presidente do hospital
Albert Einstein, reuniu importantes nomes da indústria e do mercado financeiro.
O otimismo da presidente contrasta com análises de
especialistas, como o professor José Goldemberg, ex reitor da Universidade de
São Paulo (1986 - 1990) e presidente da Sociedade Brasileira de Física de 1975
a 1979. Para o ex Secretário de Ciência e Tecnologia do Governo Federal, a situação
continua crítica por erros nos projetos e fundamentos da política energética do
País. Ao participar do programa “Canal Livre” da Rede Bandeirantes, Goldemberg
revelou que mais da metade das hidroelétricas não dispõem de reservatórios, onde
possam armazenar água para enfrentar os períodos de estiagem, como agora. Ele
lembrou ainda que as usinas em construção na Amazônia só funcionarão a plena
carga nas épocas de cheias, entre 4 e 6 meses do ano, pois, para evitar a remoção
de famílias ribeirinhas para a construção de barragem, o governo fixou um nível
de vazão dos rios da região durante a estiagem.
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