GREVE NO
IBGE NÃO IMPEDE
DIVUGAÇÃO
DAS PESQUISAS
A
presidenta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália
Bivar, disse hoje (26), no Rio de Janeiro, que a adesão dos servidores à greve
é parcial na maioria das unidades, em todo o o país, que já deliberaram pela
paralisação e que técnicos permanecem exercendo suas atividades, o que
sinaliza que não haverá descontinuidade na divulgação dos indicadores
considerados essenciais para a sociedade brasileira.
“E é
assim que nós queremos continuar nesse processo, de forma a garantir para a
sociedade que aquelas informações essenciais para a tomada de decisões privadas
e públicas [serão divulgadas] para garantia de que os contratos serão
celebrados e confirmados. Essa essencialidade da nossa produção será mantida.
Ou seja, vai haver divulgação, por exemplo, do Produto Interno Bruto (PIB), no
próximo dia 30”, afiançou. Ela completou que a direção do IBGE está atenta à
coleta e à divulgação de todas as pesquisas conjunturais.
Ela
concordou que é legítimo o pleito dos funcionários de equiparação salarial com
a carreira de gestão, caso do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
ou do Banco Central, o que representaria, para o nível superior, por
exemplo, aumento de 37%. “Essa reivindicação é antiga e todos nós endossamos.
Queremos isso também. A questão é a oportunidade e a maneira de encaminhar isso
em momentos em que possa ser aceito e levado adiante, no âmbito do governo”,
ponderou.
De
acordo com a Associação de Servidores do IBGE (Assibge), a paralisação já
atingiu 15 das 31 unidades do instituto.
A
presidenta assinalou que a direção do instituto tem mantido um canal permanente
de diálogo com a representação dos funcionários, tendo feito sete reuniões nos
últimos sete meses, das quais [ela] participou de quatro. “A direção nunca se
recusou a conversar”. Para Wasmália, a pauta apresentada pelo sindicato da
categoria tem "motivações políticas, que parecem ser mais importantes do
que as reivindicações trabalhistas”. Como exemplo, citou o pedido para ela saia
da direção ou que haja a reintegração, no momento, dos recursos orçamentários
do IBGE. “Isso é desconhecer como o IBGE funciona”. Segundo Wasmália, como
os servidores pedem sua saída da presidência do órgão, isso inviabiliza sua
posição como negociadora.
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