COMISSÃO DA CÂMARA VAI INVESTIGAR
ROMBO DE R$2,8 BI NO FUNDO PETROS
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público
(Ctasp) da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, requerimento da
deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ), para a realização de audiência pública
a fim de debater fatos noticiados pela imprensa em relação à crise na Fundação
Petros, o fundo de pensão da Petrobras, com prejuízos que chegam a R$ 2,8
bilhões. A parlamentar quer esclarecer denúncias de que o fundo de pensão,
“controlado por sindicalistas ligados ao PT desde 2003", assumiu cerca de
40 planos de outras categorias, durante o governo Lula, provocando perdas de
até R$ 500 milhões.
No requerimento, assinado também pelo deputado Domingos
Sávio (PSDB-MG), Andreia Zito justifica a sua preocupação com a crise no fundo
da Petrobras:
“A possibilidade de uma aposentadoria tranquila e segura
é o sonho de todo trabalhador. Servidores e empregados públicos investem uma
parcela de seus salários em previdência complementar”. Para a deputada, todas
as denúncias comprovam que o debate é “imprescindível para elucidar os fatos e
para prestar esclarecimentos aos empregados públicos da
Petrobras”.
A deputada destacou no requerimento que, de acordo com
reportagem do jornal O Globo,
nem mesmo os conselheiros eleitos estão satisfeitos com as contas da entidade
que, a priori, foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal, pela
primeira vez em 10 anos. O déficit de R$ 2,8 bilhões no principal plano de
benefícios dos funcionários da estatal, frisou a parlamentar, está em
demonstrativo financeiro de 2013. “Tanto é que um grupo de conselheiros
recorreu à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc),
órgão que fiscaliza os fundo de pensão, para denunciar a direção da Petros, sob
o controle petista”, destacou ela.
Para a deputada, isso demonstra que, “mesmo contrariando
o conselho fiscal, as contas foram aprovadas pelo órgão superior da entidade, o
que não se pode admitir". O debate terá a finalidade, ainda, de
esclarecer sobre os 40 planos incorporados a partir do governo Lula, que não
geraram recursos suficientes para pagar os custos de administração. “Esses
custos estão saindo do mesmo fundo de administração dos dois planos originais
da Petros, que terão de pagar a aposentadoria de 75 mil funcionários da Petrobras
e suas subsidiárias. O cálculo dos conselheiros, baseado em dados que atribuem
à própria Petros, é que, em cinco anos, os dois planos perderam pelo menos R$
200 milhões, montante que pode chegar a R$ 500 milhões, se for corrigido”,
alertou a parlamentar.
No requerimento, a deputada indicou para participarem da
audiência pública os presidentes da Fundação Petrobras de Seguridade Social
(Petros), do conselho fiscal da Petros, da Previc, além de representante dos
funcionários da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário