NOVO VETO DE DILMA À CRIAÇÃO DE
MUNICÍPIOS DIVIDE O CONGRESSO
O veto
da presidente Dilma Rousseff às regras sobre criação de municípios (PLS
104/2014 – complementar) provocou reações diferentes em senadores e deputados.
O senador Anibal Diniz (PT-AC) classificou o veto como “lamentável”. Ele disse
que a decisão revela a falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo.
Anibal lembrou que em outubro do ano passado já havia ocorrido um veto em
projeto de mesmo teor (PLS 98/2002). Assim, disse o senador, um novo projeto
foi elaborado, como “fruto de um entendimento com o governo”.
-
Simplesmente não entendemos o porquê, depois desse esforço empreendido, a
presidente se manter na posição de vetar o projeto – declarou o senador.
Para
Anibal, senador pelo PT do Acre, o veto
revela “a supremacia do Executivo” na formação do Estado brasileiro. Ele disse
que agora o processo terá de começar do zero. O senador afirmou que há um
“prejuízo tremendo” para as localidades que já apresentam condições de se
tornarem municípios. A criação de novos municípios, disse Anibal, é uma forma
de garantir direitos para os cidadãos.
- É
preciso fazer com que o poder público chegue a essas localidades. E se não tem
os municípios constituídos fica muito difícil um serviço público de qualidade
chegar a esses locais – lamentou Anibal, acrescentando que a chance de
derrubada do veto seja “muito pouco provável”.
O
presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski,
concorda com Anibal. Para Ziulkoski, a discussão sobre criação, extinção, fusão
e incorporação de municípios “volta à estaca zero”. O relator do substitutivo
aprovado pela Câmara, deputado Moreira Mendes (PSD-RO), disse que o veto é um
"deboche" de Dilma com o Congresso. O deputado chegou a perguntar se
Dilma “não respeita negociação”. Ele ainda lembrou que a matéria foi negociada
com os líderes do governo, tanto da Câmara quanto do Senado. Mendes afirmou que
batalhará para garantir a derrubada do veto.
- Se
tem uma pessoa que vai virar o mundo para derrubar o veto serei eu daqui para
frente – prometeu.
Já o
deputado Silvio Costa (PSC-PE) elogiou o veto. Para o deputado, a decisão
mostra responsabilidade fiscal e evidencia que a presidente tem
responsabilidade pública. Costa afirmou que o projeto era “esdrúxulo” e que a
decisão de Dilma evitou a criação de mais um ralo de corrupção no Brasil. De
acordo com o parlamentar, nunca houve acordo com o governo.
- A
presidente jamais sinalizou que era a favor da criação de novos municípios –
declarou, acrescentando que a articulação foi feita pelos presidentes do Senado
e da Câmara.
As
regras para os novos municípios foram aprovadas pelo Senado no início de
agosto, com o placar de 52 votos a favor e apenas 4 contrários. O senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos que votou contra, elogiou a decisão da
presidente Dilma.
- Da
chefe suprema da Nação eu não esperava um ato diferente que não a
responsabilidade com a coisa pública. O que é irresponsável é o projeto –
afirmou Randolfe.
Para
Randolfe, o país vive um momento que exige rigor com o gasto público e não
seria responsável a possível criação de “quase 200 novos municípios”. Ele
argumenta que um novo município exige a criação de prefeitura, câmara de
vereadores e muitos outros órgãos – aumentando, assim, o gasto público. De
acordo com o senador, é preciso encontrar outros caminhos para levar
desenvolvimento às regiões mais pobres do país. Ele ainda aponta um possível
uso político na criação de novos municípios.
- Esse
projeto só serviria pra isto: atender às elites políticas locais – concluiu. (Com informações da Agência Câmara)
►MST OCUPA FAZENDA DE
SENADOR
A assessoria do senador e candidato ao governo do Ceará,
Eunício Oliveira (PMDB), confirmou que a fazenda ocupada por trabalhadores sem terra,
na madrugada deste domingo (31),
pertence ao parlamentar. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), cerca de 3 mil famílias ocuparam a área de 20 mil hectares. De acordo
com o movimento, é a maior ocupação feita em Goiás nos últimos dez anos. Um
hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial.
Em nota, a equipe de Oliveira garante que a propriedade
rural, localizada entre as cidades goianas de Alexânia e Corumbá, é produtiva e
opera há mais de 25 anos em uma região livre de conflitos agrários. Assegura
também que a Fazenda Santa Mônica cumpre todas as normas da legislação
tributária, trabalhista e ambiental, razão pela qual o grupo classifica a ação
do MST como “um ato surpreendente”.
“Confiamos na atuação das autoridades, em todas as
esferas de responsabilidade, no sentido de, o mais rápido possível,
apresentarem soluções pacíficas para o caso”, acrescenta a nota. Assessores do
senador informaram à reportagem que um representante legal da Agropecuária
Santa Mônica está se deslocando para o local.
Segundo o MST, a ocupação visa a alertar a sociedade para
o fato de que a maior parte dos deputados e senadores da atual legislatura
representa os interesses dos grandes produtores rurais, em detrimento dos
produtores familiares e trabalhadores do campo, de onde famílias são expulsas
pela especulação fundiária.
►SAÚDE: DINHEIRO NÃO É PROBLEMA
Está previsto para o próximo dia 17 o lançamento de um
livro, que deverá ser fazer furor nos programas do horário eleitoral, pois faz
um Raio-X do Sistema Unido de Saúde. Escrito por um jovem médico que já passou pelo
Hospital Municipal Souza Aguiar (Rio) e estadual Adão Pereira Nunes
(Saracuruna.
O livro reúne, numa espécie de prontuário, depoimentos de médicos
que, por temor da reação do Conselho Regional de Medicina, aceitam calados trabalhar
em unidades sem o mínimo de condições de higiene e segurança, como era o caso
do Hospital Duque de Caxias, às vésperas das eleição de 2008, quando foi
fechado pelo Conselho Regional de Medicina porque nenhum médico da Prefeitura
aceitou o encargo de ser Diretor Técnico daquele hospital, que começa a sair do
coma induzido na próxima segunda-feira (8).
“Sob pressão – a rotina de guerra de um médico brasileiro”
(Ed. Foz), é uma espécie de tomografia do que ocorre no dia a dia de
profissionais, que lutaram para fazer um Curso de Medicina na expectativa de
que iriam cumprir, com dedicação e eficiência, a promessa de Hipócrates: cuidar
da saúde e preserva a vitalidade dos pacientes.
Seu autor, Marcelo Brandão, atualmente é chefe do Serviço
de Cirurgia Torácica do Hospital das Força Aérea, no Galeão, contou, em
entrevista publica neste domingo (31) pelo jornal “O Globo”, a situação que enfrentou
como socorrista do SAMU para conseguir internar um paciente em estado grave:
“Cheguei a brigar com colegas quando chegava no hospital
pedindo vagas. Ei sei que representava um problema para eles e a capacidade deles
de resolvê-los estava esgota. Só consegui interná-lo por um favor pessoal. No final
do dia, estávamos eu, minha equipe e os filhos o pacientes comemorando com um
cachorro quente” contou o Dr. Márcio Maranhão”
►DILMA VOLTA A DEFENDER O PRÉ SAL
A presidenta Dilma Rousseff fez campanha na manhã deste sábado (30) em Jales, no interior de São Paulo, onde
se reuniu com prefeitos e candidatos de partidos que formam sua coligação, quando voltou a defender a exploração do petróleo do pré-sal.
Segundo
a candidata, os recursos gerados com o pré-sal serão importantes para ajudar a
economia do país e ampliar investimentos sociais. “Com o pré-sal, o Brasil vai
poder exportar petróleo. Isso significa uma grande fonte de riqueza para
equilibrar a balança de pagamentos. Isso garantirá que seremos de fato um país
rico, desenvolvido”, disse Dilma, segundo informações da assessoria de sua
campanha.
A
candidata à reeleição do PT lembrou os investimentos de seu governo e do
ex-presidente Lula na indústria naval brasileira, que, segundo ela, foram
impulsionados pela Petrobras. Segundo Dilma, sem o pré-sal, a estatal poderá
ser enfraquecida e impactar outros setores, entre eles o da construção de
navios e estaleiros.
Dilma
disse ainda que os recursos do pré-sal ajudarão a financiar investimentos em
educação e saúde, conforme previsto na lei que trata da distribuição dos royalties da exploração de petróleo
no pré-sal.
“Todos
os países que tiveram petróleo e foram consequentes, investiram naquilo que podia
dar sustentabilidade para eles. Nós vamos investir o dinheiro em educação e
saúde”, disse.
►CARREIRA NACIONAL PARA MÉDICOS
O
candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu neste
sábado (30) mudanças na gestão da saúde pública e disse que pretende criar a
carreira nacional de médico e clínicas de especialidades para agilizar o
atendimento aos usuários do sistema público.
“Nessas
clínicas, o cidadão encaminhado, por exemplo, pelo Programa de Saúde da Família
ou pelo atendimento primário, vai ser atendido por um especialista, vai fazer
no mesmo espaço físico os exames necessários, e já vai sair dali com os
medicamentos necessários. O que nós queremos é requalificar o atendimento de
saúde pública no Brasil. Com mais recursos, mas também com mais gestão”, disse
o candidato, segundo informações da assessoria de sua campanha.
Em
Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde participou de um ato de
campanha, Aécio se comprometeu a reajustar a tabela de procedimentos do Sistema
Único de Saúde (SUS) de forma escalonada, a partir do primeiro ano de seu
governo, se for eleito.
O
candidato do PSDB pretende também criar uma linha de crédito do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a
instalação de consultórios de especialidades para médicos recém-formados. “Eles
pagarão ao BNDES com atendimento na rede pública. Portanto, uma parcela dos
atendimentos das novas clínicas, que serão instaladas nas regiões a serem
definidas pelo Ministério da Saúde, será gratuita, atendendo à rede SUS”,
explicou.
Mais
cedo, em outro evento de campanha, em São José do Rio Preto, Aécio defendeu a
coerência de seu programa de governo e disse que as ideias que seu partido
defende nesta campanha eleitoral são as que sempre pregaram, sem improvisos.
“Eu me
orgulho muito de defender e poder estar apresentando hoje projetos que eu
defendi ao longo da minha trajetória. Administrar é buscar os melhores
requisitos num determinado projeto. O meu é claro: é da transparência fiscal,
da previsibilidade da condução da economia, do resgate da credibilidade do
país, do respeito às agências reguladoras e da ampliação do alcance dos
programas sociais. Esse é o nosso discurso praticado e pregado”.
►MARINA FAZ CAMINHADA
NA ROCINHA
A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB)
fez neste sábado (30) uma caminhada pela
comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Cercada por
correligionários e candidatos a cargos no Legislativo, ela parou algumas vezes
para conversar com moradores e comerciantes.
Marina disse que o programa de seu partido inclui o
respeito às comunidades, com acesso a serviços públicos de qualidade na saúde e
educação, além de um “esforço continuado para que a segurança pública possa de
fato resolver o problema da violência”. Ela disse que é preciso também destinar
recursos para urbanizar e regularizar os locais de moradia existentes, sem
remoções das comunidades.
“O nosso compromisso é tratar as comunidades com respeito
ao seu território, à sua identidade cultural. E temos uma meta de aumentar em
mais 4 milhões as moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, inclusive com os
programas para atender às comunidades nas suas próprias regiões de moradia,
fazendo a urbanização e criando os espaços de convivência; [implantando] a
educação de tempo integral, valorizando os espaços de afetividade e de cultura
nas comunidades”.
Quanto à retirada do programa de governo do trecho que
propunha apoio ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo, Marina disse que houve
um “engano”, e foi divulgado um texto que não havia sido aprovado pela
coordenação da campanha. De acordo com ela, o mesmo ocorreu em relação à
energia nuclear.
“Não é que foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois
problemas no programa, que foi em relação à energia nuclear, que na parte de
ciência e tecnologia foi incluída uma questão que não havia sido acordada entre
mim e o Eduardo [Campos], e na parte do movimento LGBT. O texto para publicação
foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais. Todos
os movimentos sociais apresentaram suas demandas; foram feitas as mediações e
se contemplou o tanto quanto possível as propostas. Agora voltou com o texto
que foi mediado”.
De acordo com ela, independentemente da posição quanto à
política LGBT, o compromisso da candidatura é com a defesa do Estado Laico,
respeito à liberdade individual e à liberdade religiosa.
►DILMA NA BOLSA DE APOSTAS
Segundo o sempre bem informado Leandro Mazzini, em seu
blog Coluna Esplanada, fervem as apostas online sobre as eleições no Brasil,
com a reviravolta nas sondagens diante da entrada de Marina Silva (PSB) no jogo
eleitoral.
O site de apostas Unibet disponibilizou apostas nas
eleições do Brasil 2014: paga US$ 2,75 para cada dólar apostado na presidente
Dilma, e US$ 1,40 para cada dólar apostado em outro concorrente, revelou o Boletim de Notícias Lotéricas, informativo
distribuído por e-mails. Isto significa que, de favorita, Dilma passou a ser
considerada azarão,
O portal prevê segundo turno e informa que as apostas vão
se encerrar dia 26 de outubro, véspera da eventual volta da população às urnas.
Leandro Mazzini também revela que, na galeria Roberto
Camasmie, na Bela Cintra em SP, foi para a vitrine um quadro com pintura do
rosto da presidenciável Marina Silva, que não está à venda.
►BANQUEIRO DEIXA DINHEIRO DE NO COLCHÃO
Na contramão do comportamento do cidadão comum, de
contestar as multas aplicadas por órgãos do governo, o presidente do Banco do
Brasil, Aldemir Bendine, pagou, sem esboçar qualquer gesto de autodefesa, R$ 122 mil ao Fisco para não ser questionado
sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e um apartamento pago em dinheiro em
espécie em 2010. O presidente do BB foi autuado por não comprovar a procedência
de cerca de R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda. Para a
Receita, o valor dos bens de Bendine aumentos mais do que os rendimentos
declarados poderiam justificar.
Pagar multa sem discutir a veracidade dos fatos narrados
na autuação é legal, mas muito estranho, principalmente por ele fazer o
pagamento em espécie, o que equivale a guardar o dinheiro no colchão,
procedimento mais estranho ainda em se tratando de alguém que trabalha, como
presidente, em um banco oficial.
Na CLT, por exemplo, somente o integrante de uma
categoria profissional pode ser demitido por justa causa se não pagar suas
dívidas em dia: o bancário. A justificativa da paleontológica lei para tal
posição é o de, sendo bancário, o servidor da instituição financeira, por não
pagar suas dívidas, está atuando em sentido contrário à função do banco: a
confiança que o cliente do banco goza por ser bom pagador.
Outra razão para se estranhar tal procedimento é o risco
que hoje corre um cidadão em qualquer cidade do País ao transportar dinheiro em
espécie, o que se comprova pela escalada dos roubos em saidinhas de banco.
Será que Benedine não acredita na solidez do banco que
preside, fundado pelo Barão de Mauá?
►JUIZ
NEGA DIREITO DE RESPOSTA A PEZÃO
Em
decisão liminar (temporária), o desembargador eleitoral Wagner Cinelli, do
Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, negou direito de resposta do
governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao deputado
federal e candidato ao governo Anthony Garotinho (PR) por suposta propaganda
negativa no horário eleitoral gratuito veiculado na quarta-feira (27).
A
defesa de Pezão alegou que o programa teria inserido matéria "inverídica,
injuriosa e caluniosa com o objetivo de denegrir sua imagem perante o
eleitorado fluminense". O desembargador Cinelli entendeu que, diante das
provas apresentadas, não seria possível "ao menos à luz de um juízo de
cognição sumária, vislumbrar a presença dos requisitos que autorizam o
provimento antecipatório".
O mérito
da ação (quando o juiz examina os fatos com mais profundidade) ainda será
julgado pelo TRE-RJ.
►LINHA
DURA NA BOCA DE URNA
Em
reunião nesta sexta-feira (29) com representantes do Ministério Público
Eleitoral e da Procuradoria Estadual, a coordenadora estadual de fiscalização,
juíza Daniela Assumpção de Souza, discutiu e orientou as ações de repressão à
propaganda eleitoral irregular na véspera e no dia das eleições - primeiro e
segundo turnos, em 5 e 26 de outubro. A fiscalização do TRE-RJ já se reuniu com
todos os juízes eleitorais e autoridades encarregadas da segurança no Estado -
Comando Militar do Leste, que controla o complexo de favelas da Maré, na Zona
Norte, e Polícia Militar.
Em palestra também na sexta-feira, a juíza explicou aos PMs como autuar os infratores da legislação e forneceu a cartilha eleitoral do TRE-RJ. Esta semana,, Dra. Daniela se reunirá novamente com as polícias Civil e Federal para tratar especificamente das autuações no dia da eleição.
Em palestra também na sexta-feira, a juíza explicou aos PMs como autuar os infratores da legislação e forneceu a cartilha eleitoral do TRE-RJ. Esta semana,, Dra. Daniela se reunirá novamente com as polícias Civil e Federal para tratar especificamente das autuações no dia da eleição.
►GAROTINHO
PERDE MATERIAL DE CAMPANHA
A
equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral em Campos, Norte
Fluminense, apreendeu terça-feira (26), na empreiteira Plano Construção e
Terraplanagem, no bairro Parque Rosário, cerca de 60 mil santinhos, dezenas de
adesivos e cartazes de campanha do PR e Pros, recibos de obras realizadas pela
construtora para a prefeitura, quatro computadores, um notebook e um pen drive
(dispositivo de armazenamento de dados). O material foi encaminhado para a
Polícia Federal.
Na
quarta-feira (27), foi a vez do posto de saúde do distrito de Saturnino Braga,
onde os fiscais encontraram 22 panfletos de campanha eleitoral no depósito de
materiais. Fiscais de Campos também acharam seis adesivos de candidatos do PR e
do Pros dentro de um táxi que estava estacionado no pátio do posto.
Os
relatórios da operação serão encaminhados pelo juiz da 75ª ZE ao Ministério
Público Eleitoral, a quem cabe propor as ações que julgar necessárias.
►ANEL
RODOVIÁRIO SÓ EM 2017
O
primeiro trecho (71km) do Anel Metropolitano do Rio de
Janeiro foi inaugurado pela Presidente Dilma Rousseff e o governador
Luiz Fernando Pezão no início de julho. O trecho entregue ao tráfego liga a
Rodovia Rio-Teresópolis a Itaguaí e a obra estava sob o comando do DER-RJ e integra o PAC da mobilidade urbana.
Lançado
por Lula e pelo ex governador Sérgio Cabral, o “Anel Rodoviário” deveria ser
inaugurado em 2010 e pretendia interligar os municípios de Itaboraí (Comperj),
Magé, Duque de Caxias, Belford Roxo, São Joao de Meriti, Nilópolis, Nova
Iguaçu, Mesquita, Queimados e Seropédica ao porto de Sepetiba, em Itaguaí. Com
a nova rodovia em funcionamento, a intenção era retirar mais de 10 mil
caminhões por dia da Av. Brasil para transportar a produção industrial da
região com vistas ao embarque para o exterior pelo porto de Sepetiba, em
Itaguaí. Além de reduzir o tempo das viagens, desafogaria a Av. Brasil e ainda
interligava as principais rodovias federais que cortam a região.
Ocorre que
a outra metade da obra ficou sob os cuidados do DNIT e só em agosto foram
iniciadas, devendo ser concluída, se tudo seguir bem, em 2017, apesar de já
constar como em funcionamento tanto na propagada do PT (Dilma), como do PMDB
(Pezão) no horário eleitoral.
►PF INVESTIGA EX PREFEITO DE CAXIAS
O
deputado e ex-prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Washington
Reis (PMDB/RJ), investigado pelo MPF por supostas fraudes em licitações, foi um
dos alvos da operação da PF realizada na quinta-feira (28). Os agentes, que
cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF estiveram na casa do
deputado em Xerém, distrito de Duque de Caxias, onde apreenderam documentos.
Foram recolhidos também computadores de empresas localizadas em São Fidélis e
Campos, no interior fluminense
O ex
prefeito é investigado pelo MP numa ação aberta para avaliar a variação
patrimonial supostamente incompatível com os rendimentos declarados por ele
entre 2001 e 2003. Os indícios de irregularidades foram encontrados pela
Receita Federal, que enviou as informações para o MP após Reis deixar de
declarar os rendimentos de 2004.
De
acordo com o processo, o deputado deixou de informar à Receita uma renda de R$
31 mil provinda da sua atuação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj),
no ano de 2003. O processo cita ainda um relatório do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf), que detectou um total de R$ 120 mil em depósitos
na conta bancária do deputado caxiense, realizados em julho de 2007.
Washington
Reis é investigado também em uma ação do Supremo Tribunal Federal por crime
ambiental. Em 2010, o MPF moveu duas ações contra, Washington Reis, tendo ainda
como alvo o seu irmão, Rosenverg Reis, além de dois proprietários de terreno no
entorno da Reserva do Tinguá, Octacílio Simões Cadaxo e Iracema de Castro e
Silva da Justa Menescal. Eles foram acusados pelos crimes de improbidade
administrativa por danos ambientais no entorno da reserva.
O
processo criminal investigou a divisão irregular de terrenos de Octacílio e
Iracema, vendidos aos réus para a construção de um loteamento em Xerém, na
Baixada Fluminense. As obras foram iniciadas em 2003, incluindo corte de
vegetação em encostas e área de preservação permanente e a terraplanagem em
beira de rio, desviando o curso da água. Os lotes foram negociados pelos irmãos
Reis sem passar pelo Registro Geral de Imóveis e construídos fora dos seus
projetos originais, o que representa descumprimento da licença estadual e
autorização da Reserva do Tinguá.
Candidato
à reeleição, Washington Reis, negou as acusações e atribuiu as denúncias aos
seus adversários políticos.
A vereadora Fátima Pereira (SD), em campanha por uma cadeira de deputada
estadual, foi o único voto contrário (20 x 1) ao projeto de lei que autoriza o
prefeito Alexandre Cardoso a reconstituir a reserva técnica do IPMDC e impedir
o seu fechamento pelo Governo Federal, já que desde janeiro de 2013, a
Prefeitura vem pagando integralmente a folha de aposentados, pensionistas e
servidores da própria autarquia.
A crise
econômico financeira do IPMDC só foi revelada em 2008 quando o então prefeito
Washington Reis tentou usar R$ 110 milhões da reserva técnica da autarquia para
comprar o Hospital Moacyr do Carmo, inaugurado em setembro daquele ano mesmo
sem estar inteiramente concluído. O objetivo do prefeito era salva o caixa do
governo com a injeção desse dinheiro, proveniente de uma negociação entre o
IPMDC e o Governo Federal para capitalizar a autarquia, refazendo as suas
reservas técnicas, mediante o repasse de recursos federais via Petrobrás.
Esse mesmo mecanismo está sendo utilizado pelo prefeito Alexandre Cardoso porque a grana
que entrou no IPMDC em 2008 desapareceu entre 2008 e 2012, não deixando nenhum
rastro de sua utilização.
A
reação da vereadora de Campos Elíseos, que foi líder do Governo Zito no seu
terceiro mandato, não parece corresponder aos objetivos de um mandato de
vereador, que é o de fiscalizar as contas e as ações do Poder Executivo.
Agora,
Fatinha ameaça ir à Justiça para bloquear o repasse dos R$ 100 milhões que
podem salvar da extinção o IPMDC, como está previsto na legislação sobre
previdência de estados e municípios. Além de deixar os servidores sem qualquer
amparo em termos de previdência social, a Prefeitura terá de reassumir
diretamente o pagamento dos aposentados e pensionistas, o que vai estourar o
orçamento em matéria de gastos com pessoal, violando a Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Curiosamente,
a vereadora de Campos Elíseos nunca levantou a voz para protestar contra as
absurdas aposentadorias com salários acima
de R$ 30 mil, que beneficiaram uma centena de servidores, inclusive ex
vereadores e seus dependentes, mas, agora, em plena campanha eleitoral para se
tornar deputada estadual, ela resolva combater a salvação do IPMDC com o único
instrumento que o Poder Executivo tem ao seu dispor: os repasses federais
vinculados aos royalties do petróleo.
►BELISA RIBEIRO E O JORNALISMO INVESTIGATIVO
Mais conhecida pelo público jovem das casas de shows por
ser a mãe de Gabriel, o Pensador, a jornalista Belisa Ribeiro fez uma
apaixonante palestre para os alunos da Faculdade de Comunicação da Unigranrio
na última segunda-feira (25), quando toda a cidade estava envolvida nos
festejos da “Semana de Caxias”, em comemoração ao aniversário de Luis Alves de
Lima e Silva, o mais famoso caxiense, que aqui nasceu na época do Império na
Fazenda S. Paulo, hoje bairro da Taquara, no terceiro distrito do município.
A aula inaugural desse curso, “Jornalismo investigativo e
o futuro da imprensa escrita”, não poderia estar em melhores mãos. Belisa
Ribeiro informou, animou e deu voz a 140 alunos de jornalismo e Publicidade. Ela
contou, com detalhes, como seus ex-colegas de
Jornal do Brasil enfrentaram os tempos da ditadura, interligando fatos antigos
a problemas na área do jornalismo investigativo, citando desde o caso “Bomba no
Rio Centro”, que virou livro de sua autoria, até casos mais recentes como o
desaparecimento da engenheira Patrícia Amiero, em 2008. Alguns professores
fizeram perguntas, ao final da palestra, que teve apresentação e mediação de
Ana Condeixa, do curso de Comunicação Social.
O professor Waldvogel Gregório, do curso de Comunicação
Social da Unigranrio, por exemplo, perguntou sobre a tragédia ocorrida com a
engenheira Patrícia Amiero, assassinada em 2008, na Barra da Tijuca, Rio de
Janeiro. Ele pediu para Belisa dizer qual o melhor momento para um jornalista
investigar a respeito de um caso como esse.
“A minha coluna não é policial, mas eu acho que
entrevistar familiares logo após uma tragédia é muito mais difícil do que após
um longo período dessa ocorrência. Jornalista deve pesquisar sobre como está
sendo feita determinada investigação. Sabe-se, agora, que o Estado do Rio foi
condenado a pagar R$ 780 mil à família de Patrícia Amiero, embora o estado
possa recorrer da sentença. Os PMs vão a júri popular, já que o caso corre com
dois processos judiciais”, conclui.
►TELEJORNALISMO NA UNIGRANRIO
Nesta terça-feira (2/9), às 10h, Rogério Imbuzeiro,
jornalista de prestígio nacional, dará palestra na Unigranrio/Caxias, “A melhor
profissão do mundo — O dia a dia de um editor de telejornalismo”, para alunos
de jornalismo e demais cursos. Será no campus da Rua Prof. José de Souza Herdy,
1.160, 25 de Agosto, Duque de Caxias (RJ) e com entrada franca
Sua trajetória de sucesso está prestes a completar 30 anos, dedicados,
principalmente, à Televisão, sendo a maior parte do tempo como editor e
roteirista. Seu perfil foi sendo costurado por janelas importantes, também,
como pauteiro e editor-chefe de reportagem. Imbuzeiro, como é conhecido, bebeu
de todas as fontes dessa profissão, em praticamente todas as emissoras do Rio
de Janeiro, a última delas na TV Globo (de 2005 a 2012), no RJTV, Bom Dia
Brasil, Jornal da Globo e Jornal Nacional.
As produtoras não demoraram a lhe abrir portas, visto que
seu talento contribuiu para escrever e editar programas para o Canal GNT e a TV
Cultura. Imbuzeiro acrescentou a seu currículo trabalhos como assessor de
imprensa, na Riotur, e como supervisor de pesquisa política, no Ibope.
Atualmente, Imbuzeiro trabalha no site Conexão Jornalismo, além de redator
freelancer em produtoras e, ainda, professor em diferentes atividades.
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