terça-feira, 7 de outubro de 2014

BANCÁRIOS ENCERRAM GREVE E
BANCOS REABREM NESTA TERÇA 
Os bancários de alguns dos maiores sindicatos do país decidiram encerrar a greve iniciada no dia 30 de setembro. Nas assembleias feitas nesta segunda (6) em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte os bancários votaram pelo fim da paralisação após aceitarem a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feita na última sexta-feira (3), que prevê reajuste de 8,5%, sendo 2,02% de aumento real (acima da inflação) e  vale-refeição em 12,2%. Após o recebimento dessa proposta, o Comando Nacional dos Bancários divulgou orientação à categoria para que encerrasse a greve.
A proposta da Fenaban também tratava das pressões sobre os bancários na cobrança das metas, consideradas excessivas pela categoria. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os bancos devem incluir na Convenção Coletiva o compromisso de que “o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”. Além disso, a cobrança de metas por SMS ou qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital será proibida.
Nas cidades de Porto Alegre e de Curitiba, sindicatos também representativos, além dos estados da Paraíba e Roraima, a greve continua apenas para os funcionários do Banco do Brasil. Em Florianópolis e nos estados da Bahia, do Piauí, do Amapá e de Roraima a paralisação continua na Caixa.  De acordo com a Contraf, existem pontos específicos, como plano de cargos e salários e plano de saúde, que ainda carecem de acordo.
Com a proposta da federação aceita, os trabalhadores devem compensar os dias parados em virtude   da greve. A compensação será feita na forma de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.

 ►MARINA CONVERSA COM DILMA 
Candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) disse nesta segunda-feira (6) que recebeu telefonema de Marina Silva (PSB), cumprimentando-a pelo resultado que a levou ao segundo turno com o candidato Aécio Neves (PSDB). Segundo a presidenta, ainda é cedo para prever quem a ex adversária vai apoiar no páreo final, no próximo dia 26 de outubro.
Citando a criação, em seu governo, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Dilma indicou que a estratégia do PT de ressaltar os avanços sociais de seu governo será mantida.
“Recebi um telefonema extremamente gentil e civilizado da candidata Marina. Ela me cumprimentou pela eleição. Agradeci o cumprimento e disse que tinha certeza de que nós lutávamos por melhorar o Brasil, em que pese nossas diferenças”, relatou Dilma. Acrescentou que “hoje seria uma temeridade” qualquer sinalização dos apoios para o futuro. Para a candidata, essa decisão não depende apenas de uma pessoa, mas sim de várias instâncias. Afirmou ter certeza de que parte dos votos de Marina Silva será dividida entre ela e Aécio.
Em entrevista a jornalistas, Dilma Rousseff repetiu a meta de ofertar mais 12 milhões de vagas em cursos técnicos e de nível médio do Pronatec. Elas se somarão às mais de 8 milhões de matrículas confirmadas desde 2011. Hoje, o twitter de sua campanha divulgou um quadro com 13 “ideias novas” para um eventual segundo mandato, incluindo promessas do primeiro turno, como a integração das forças de segurança pública e a reforma do ensino médio.
  
►AÉCIO E AS CONVERGÊNCIA COM MARINA  
Nesta segunda-feira (6), em São Paulo, o candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, ressaltou haver convergências de propostas entre sua candidatura e a de Marina Silva, do PSB - terceira colocada na corrida presidencial. Ele salientou estar aberto para "conversar sobre um projeto para o Brasil" e aprimorar suas propostas. 
"Vejo absoluta convergência com aquilo que pensamos e com aquilo que queremos para o Brasil. Se vocês avaliarem os nossos programas vão encontrar muito mais pontos de convergências do que pontos divergentes", afirmou Aécio referindo-se às propostas de Marina. 
Aécio contou ter conversado com Marina Silva e que respeita o tempo de cada um para analisar o cenário político nacional. "Recebi hoje, pela manhã, de forma muito honrosa para mim, um telefonema da ex-ministra Marina Silva, me cumprimentando pelo resultado da eleição", afirmou. 
"Retribui também, cumprimentando-a pela sua luta, pela sua campanha. Temos agora que dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar uma decisão, e qual será essa decisão. Não me cabe avançar nesse tema. Todos aqueles que têm, como nós, o sentimento de que o Brasil precisa mudar para avançar, serão muito bem-vindos nessa caminhada", afirmou.
Aécio Neves também criticou declaração dada pela candidata à reeleição à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), no domingo (5). "[O que] me surpreende abrir os jornais e ver a candidata oficial falar de 'fantasmas do passado'. Na verdade, os brasileiros estão muito preocupados com os monstros do presente - inflação alta, recessão e corrupção. Para enfrentar isso é que nos preparamos", considerou. 
O candidato aproveitou a oportunidade para fazer um convite à Dilma: realizar uma campanha de alto nível, propositiva e à altura do que os brasileiros esperam de um presidente da República. 
"Temos projetos que se diferem em vários aspectos e é hora dessas diferenças serem explicitadas. Da minha parte, sempre com enorme respeito. Até porque, ao respeitar o adversário, você respeita a própria democracia", acrescentou.

►LINDBERGH E GAROTINHO CONTRA PEZÃO
No 2° turno da disputa pelo governo do Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB) deve contar com o apoio do deputado federal Anthony Garotinho (PR) e do senador Lindbergh Farias (PT), contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Crivella vai oficializar a aliança com Garotinho nesta terça-feira  (7) em Campos. Já o PT do Rio e o senador Lindbergh planejam anunciar o apoio nesta quarta-feira (8). O PSOL já declarou que não se aliará a Pezão.
Quanto ao PMDB, o comitê de campanha já prepara o ataque ao adversário: "Durante o primeiro turno, o Crivella não era o centro do debate. Agora vamos lembrar que ele é o herdeiro do bispo [Edir] Macedo e tudo o que ele representa", disse o deputado eleito Jorge Picciani (PMDB).
A coligação de Pezão faz parte da chapa “Aezão” em aliança com o presidenciável tucano Aécio Neves. No entanto, Pezão já afirmou que apoia a reeleição de Dilma Rousseff.

►O PEIXE PROMETE NÃO DECEPCIONAR
Como previam as pesquisas, Romário, também conhecido como “Peixe”, foi o escolhido pelo eleitorado do Rio de Janeiro para representa-lo no Senado, em lugar do senador Francisco Cornelles, vice de Pezão..
Com 93,13% das urnas apuradas no estado, o atual deputado federal pelo PSB registrava 63,42% dos votos válidos. Cesar Maia (DEM), seu adversário mais próximo, registrava 20%.
Ao votar neste domingo, o ex-jogador prometeu um "mandato histórico" caso fosse reeleito.
"A partir do resultado positivo nas urnas, eu vou cumprir. Espero cumprir estes oito anos e fazer um mandato histórico aqui para o Rio de Janeiro. Meus oitos anos no Senado serão em alto nível, não vou decepcionar", disse.

►O PAPEL DO PSB NO SEGUNDO TURNO
A Comissão Executiva Nacional do PSB vai se reunir nesta quarta-feira (8), em Brasília, a partir das 14h, na sede do partido, para uma avaliação da disputa eleitoral do último domingo (5)  e sobre o apoio da legenda a um dos candidatos à Presidência da República no segundo turno da eleição presidencial. A candidata da Coligação Unidos pelo Brasil (PSB, REDE, PHS, PRP, PPS, PPL e PSL), Marina Silva, ficou em terceiro lugar com 21,32% dos votos válidos.
 Nesta terça (7), a Executiva Nacional do PPS, uma das siglas da coligação que apoiou Marina, vai se reunir a partir das 14h, na sede da legenda, em Brasília, para definir a posição do partido sobre quem apoiará no segundo turno da eleição presidencial. De acordo com a assessoria do PPS, o presidente, deputado Roberto Freire (SP), disse que os partidos da coligação vão tentar definir um posicionamento comum para ao apoio no segundo turno das eleições.

►BANCADA PAULISTA DO PT ENCOLHEU
A bancada do PSDB de São Paulo ganhou mais uma vaga na Câmara dos Deputados. O partido elegeu 14 deputados. Na eleição de 2010, foram 13 eleitos. Já o PT paulista perdeu seis cadeiras na Casa, passando de 16 para dez deputados federais.
O PRB, que era menos expressivo em 2010 (com três eleitos), contará a partir de 2015 com oito representantes. O PR elegeu seis candidatos, número superior ao dos eleitos em 2010, com três. O PV conseguiu aumentar de dois para três representantes. O PSC elegeu três candidatos.
Diminuíram os representantes do PSD (seis para cinco), PSB (cinco para quatro), PP (quatro para um), e PCdoB (dois para um).
Mantiveram o mesmo número de eleitos o DEM, com cinco eleitos, o PTB, PPS e PMDB com dois, e o PSOL com um.
O SD perdeu uma vaga (dois para um) e o PSC conquistou três vagas, ante um em 2010.  O PDT e o PTN terão um representante, cada um, na próxima legislatura.

►PMDB MANTÉM MAIOR BANCADA NA ALERJ
O PMDB manteve o maior número de deputados estaduais no Rio de Janeiro, apesar de sua bancada ter diminuído de 16 para 15 parlamentares. A segunda maior bancada da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) continua sendo a do PSD, que também perdeu um representante, passando a ter oito deputados.
O PR assumiu a terceira posição entre os partidos com mais deputados estaduais - sete - ao ganhar dois representantes, assumindo o lugar que era ocupado pelo PT e pelo PDT. O PT manteve seus seis parlamentares.
Além do PR, outros dois partidos aumentaram suas bancadas em dois deputados: PSOL, que passou de três para cinco, e PP, de dois para quatro. Outras legendas que ampliaram suas representatividades, na Alerj, foram o Solidariedade - de dois para três -, o PTB e PSL  - de um para dois, cada um. Três partidos, que não tinham qualquer parlamentar na atual legislatura, agora estão representados na Assembléia: PTN, PTC e PHS.
O PDT foi quem mais perdeu representatividade na eleição de ontem. O partido caiu de seis para três deputados. O PSDB também perdeu um deputado e terá, a partir de janeiro de 2015, dois parlamentares e não mais três. Quatro partidos deixaram de ser representados: PV, PMN, PEN e PROS.
Em 2015, a Alerj passará a ter a seguinte bancada: PMDB (15 deputados), PSD (oito), PR (sete), PT (seis), PSOL (cinco), PP (quatro), PDT e SD (três), PRB, PSDB, PTB, PPS e PSL (dois) e PSC, PTC, PTN, PCdoB, PSDC, PtdoB, PSB, PRTB e PHS (um).
Dos 70 deputados, 39 foram reeleitos. Dos 31 que entrarão em 2015, alguns já ocuparam uma cadeira na Alerj em legislaturas anteriores, como é o caso de Jorge Picciani (PMDB), que já foi presidente da Alerj e saiu da Casa depois de ter sido derrotado em uma eleição para senador.
Outros são estreantes, como Nivaldo Mulim (PR), vereador da cidade de São Gonçalo que foi o campeão de votos entre os que ocuparão uma cadeira na Assembleia pela primeira vez, com 93.192.
Mulim foi o sexto mais votado no geral, ficando atrás de Marcelo Freixo (PSOL), com 350.408; Wagner Montes (PSD), com 208.814; Flavio Bolsonaro (PP), com 160.359; Samuel Malafaia (PSD), com 140.148; e Paulo Melo (PMDB), com 125.391.

►BANCADA DO RIO COM MENOS PARTIDOS
 A bancada fluminense na Câmara dos Deputados passará a ser representada por 17 partidos políticos na próxima legislatura, que começa em 2015. Atualmente, os eleitores do Rio de Janeiro são representados por 19 legendas. Dois partidos passarão a ter deputados federais pelo Rio de Janeiro: o PSDC e o PRP, com um deputado cada um. Por outro lado, quatro deixarão de ter representantes pelo Rio na próxima legislatura: o PPS, PV, PMN e PSC. O PMDB continuará sendo o partido com o maior número de parlamentares fluminenses na Câmara Federal (oito). O PSD foi o partido que mais cresceu nessas eleições, na bancada federal do Rio de Janeiro: passará de três para seis deputados.
Outros partidos que ganharam mais representatividade são o PSOL - que passará de dois para três parlamentares -, o PRB, PTB e Solidariedade - que passarão de um para dois. Por outro lado, três partidos, além do PR, perderam representantes na bancada fluminense: o PROS - que cairá de três para dois -, PSDB - cairá de dois para um - e PSB - reduzirá de três para um.
Além do PMDB, manterão suas participações o PT (com cinco deputados), PP  (três), PCdoB (um), DEM (um) e o PDT (um).
A bancada que passará a representar o Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados terá a seguinte composição: PMDB (oito deputados), PR (seis), PSD (seis), PT (cinco), PSOL e PP (com três cada um), PRB, PROS, PTB e Solidariedade (dois, cada um) e PSDB, PSB, PCdoB, DEM, PDT, PSDC e PRP (um cada).
O candidato mais votado no Rio de Janeiro foi Jair Bolsonaro (PP), que recebeu 464.75 votos e irá para o seu sétimo mandato consecutivo. A estreante Clarissa Garotinho (PR), filha do deputado federal Anthony Garotinho (PR), foi a segunda candidata mais votada, com 335.061 votos. O deputado eleito com menor votação foi Alexandre Valle (PRP), com 26.526 votos.

►LUCIANA GENRO SALVOU OS NANICOS
O primeiro turno das eleições teve 11 candidatos à Presidência da República, dos quais oito somaram 3,54% dos votos válidos. Ao todo, 3,68 milhões de pessoas votaram nos chamados nanicos. Desses, quase a metade dos votos foram para Luciana Genro (PSOL), que ficou em quarto lugar na disputa, com 1,6 milhão.
Pastor Everaldo, que chegou a ser apontado nas pesquisas de intenção de voto como o quarto colocado, depois de apuradas 99,99% das urnas, teve menos da metade dos votos de Luciana, com 0,75% do total, ou 780.376 votos. O candidato do PV, Eduardo Jorge, somou 0,61% dos votos válidos, o que significa 630.076. O polêmico Levy Fidélix (PRTB) ficou em sétimo lugar, com 0,43% ou 446.833 votos.
Os outros quatro candidatos juntos não alcançaram nem a metade da votação de Fidélix. Zé Maria (PSTU) teve 91.200 votos, que representam 0,09% do total de válidos. Eymael (PSDC) teve 61.242 votos, ou 0,06%. Mauro Iasi (PCB) teve 47.841 votos, ou 0,05% e Rui Costa Pimenta (PCO), 12.323, que significam 0,01% do total de válidos. Os quatro juntos somam 212.606 votos.
Os três primeiros colocados, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) tiveram juntos 96,46% do total de votos válidos. Ao todo, mais de 100 milhões de brasileiros votaram neles.

►POUPANÇA ATRAI MENOS INVESTIDORES
O Banco Central (BC) informou hoje (6) que os brasileiros depositaram R$ 1,37 bilhão a mais do que retiraram da caderneta de poupança em setembro. O resultado representa a menor entrada líquida de recursos para meses de setembro desde 2005, quando os saques haviam superado os depósitos em R$ 708 milhões.
O volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores alcançou R$ 3,57 bilhões. O saldo total passou de R$ 638,47 bilhões, em agosto, para R$ 643,41 bilhões, em setembro.
No mês passado, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 145,09 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 143,72 bilhões. Nos nove primeiros meses de 2014, a captação líquida – diferença entre depósitos e retiradas – correspondeu a R$ 15,53 bilhões, valor 68,2% inferior aos R$ 48,94 bilhões registrados de janeiro a setembro do ano passado. A captação líquida foi a menor para o período desde 2011, quando o ingresso líquido tinha somado R$ 9,5 bilhões.
O principal responsável pela diminuição do interesse pela poupança foi a manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 11% ao ano. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), os juros altos tornaram, em alguns casos, os investimentos em fundos de renda fixa mais atraentes que a poupança.
Desde abril, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) mantém a Selic em 11% ao ano. No entanto, nos últimos 15 meses, os juros básicos foram reajustados em 3,75 pontos percentuais, para encarecer o crédito e segurar a inflação.
As taxas mais altas aumentaram o rendimento da poupança desde o fim de agosto do ano passado. Pela regra, se a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento será equivalente a 70% da taxa básica de juros, mais a Taxa Referencial (TR). Acima desse nível, a caderneta rende 0,5% ao mês, mais a TR.

Apesar da melhoria no rendimento da poupança, os fundos de renda fixa passaram a render mais na maioria dos casos. Por lei, a poupança é isenta de Imposto de Renda e de taxas de administração. Mesmo assim, de acordo com a Anefac, os fundos tornaram-se mais vantajosos, principalmente em aplicações superiores a seis meses.

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