CANDIDATOS
ACUSADOS DE ABUSO
POR
UTILIZAREM CENTROS SOCIASI
A
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/RJ) propôs ações contra os candidatos a
deputado estadual Bebeto e Fatinha (ambos do SD) por abuso de poder político e
econômico além de captação ilícita de sufrágio. Os dois irão responder pela
manutenção de centros sociais oferecendo serviços gratuitos, com fins
estritamente eleitoreiros. As ações, que pedem a cassação dos registros (ou
diplomas, se eleitos), inelegibilidade dos réus por oito anos e multa, resultam
de buscas e apreensões por fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a
pedido da PRE.
“A apreensão de farto material no instituto, pela equipe de fiscalização do TRE, põe às claras a confusão entre as atividades do político e do centro social, bem como expõe com contundência a influência desta prática sobre a legitimidade do processo eleitoral”, afirma o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger, autor da ação contra Bebeto. “A atividade nitidamente eleitoreira, travestida de projeto social, sempre se presta a subtrair da justiça eleitoral a análise dos verdadeiros custos para a campanha.”
Em Duque de Caxias, indícios de abuso de poder político-econômico e captação ilícita de sufrágio foram apontados por fiscalização realizada a pedido da Procuradoria nos dois endereços do Centro Assistencial Social N. Sra. de Fátima (CAS-Fátima), de propriedade da vereadora Fatinha. A entidade oferece atendimento médico em várias especialidades e conta com um laboratório de informática. Foi constatado que em fichas de atendimento, havia lacunas, ocultadas por corretivos, destinadas ao preenchimento de números de título de eleitor, zona e seção.
“A oferta de serviços médicos e odontológicos, além de laboratório de informática, à população de baixa renda, sujeita à omissão do poder público, caracteriza-se como captação ilícita de sufrágio”, diz a procuradora regional eleitoral substituta Adriana Farias, responsável pela ação contra Fatinha. “A candidata utiliza-se do CAS-Fátima para obter votos e vale-se da condição de parlamentar para propagandear o centro social. Ele, por sua vez, divulga a figura política dela com o fim de angariar votos e manter em constante funcionamento o cíclico marketing político.” (Com Assessoria de Comunicação/PRE/RJ
►PMDB, PT E PSDB
PERDEM NO SENADO
O
resultado das urnas deste domingo (5) não alterou significativamente a
composição das maiores bancadas do Senado Federal. No entanto, os três maiores
partidos perderam cadeiras, enquanto partidos menores cresceram. O PMDB
permanecerá com a maior bancada da Casa, embora tenha passado de 19 senadores
para 18 em 2015. O mandato de seis senadores do partido se encerrará em 31 de
janeiro, mas no dia seguinte, cinco novos senadores do PMDB serão empossados.
Mesmo assim, o partido deverá presidir o Senado novamente por ter o maior
número de senadores.
O PT
também continuará na mesma posição, com a segunda maior bancada da Casa, mesmo
ficando com um senador a menos. O partido tem atualmente 13 senadores, perderá
três e elegeu dois. Assim, os petistas terão 12 integrantes na bancada. Da
mesma forma, o PCdoB, que tem dois senadores, ficará com apenas um no próximo
ano, quando acabará o mandato de Inácio Arruda (CE).
Outro
partido que encolheu é o PSDB, que tinha 12 senadores, perderá seis, e elegeu
quatro. Com isso, a legenda terá dez membros eleitos no Senado. No entanto,
desses senadores, dois estão na disputa à Presidência da República – Aécio
Neves e Aloysio Nunes Ferreira (vice) – e está no segundo turno na disputa pelo
governo da Paraíba – Cássio Cunha Lima.
O PTB,
que atualmente tem a quarta maior bancada da Casa, com seis senadores, ficará
com a metade em 2015. O partido elegeu dois senadores, mas cinco terminarão o
mandato em 31 de janeiro. Assim, três senadores serão do PTB a partir do
próximo ano.
Por
outro lado, alguns partidos cresceram bastante. O que mais aumentará a partir
da próxima legislatura será o PSB. A legenda passará dos atuais quatro
senadores para sete no ano que vem. Os socialistas não perderão nenhuma cadeira
e elegeram mais três hoje.
O PDT
também cresceu e assumirá a posição de quarta maior bancada que era do PTB. O
partido tem atualmente seis senadores, sendo que dois concluem o mandato em
2015. Agora mais quatro candidatos foram eleitos pela legenda. Assim, o PDT
passará a ter oito senadores.
Da
mesma forma, o DEM, que na eleição passada tinha encolhido, voltou a crescer. O
partido tem atualmente quatro senadores e perderá dois no próximo ano. No
entanto, os Democratas elegeram três e ficarão com cinco membros na bancada. O
PSD também está entre os que mais crescerão, passando de apenas um senador para
três em 2015.
PR e
PP, embora percam um senador cada no próximo ano, também elegeram um senador
cada. Assim, os dois ficarão com quatro e cinco senadores respectivamente – as
mesmas bancadas atuais. PRB, PROS, PSOL, PV e Solidariedade permanecem com um
senador cada, sem ganhar, nem perder em 2015. (Com Agência Brasil)
►A DERROTA DA FAMÍLIA SARNEY
O candidato
Flavio Dino (PCdoB) venceu a disputa para o governo do Maranhão, com 64,02% dos
votos válidos. Lobão Filho (PMDB) ficou em segundo lugar, com 33,11% dos votos
válidos.. Os votos brancos somam 4,17% e os nulos, 9,67%.
Ex-deputado
federal, Flávio Dino é advogado, foi juiz federal no Maranhão por 15 anos e
professor de direito. Deixou a magistratura para ingressar na política
partidária. Em 2006, elegeu-se pela primeira vez deputado federal. Também foi
secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, presidente da Associação dos
Juízes Federais do Brasil e assessor da presidência do Supremo Tribunal
Federal.
Na
Câmara dos Deputados, atuou na elaboração do projeto da Reforma Política. Em
2008, Dino disputou e perdeu a eleição para a prefeitura de São Luís.
Em
2010, Flávio Dino desistiu da reeleição para deputado federal e concorreu ao
governo do Maranhão, quando foi derrotado pela governadora Roseana Sarney. Sem
mandato, Flávio Dino foi nomeado para o cargo de presidente da Embratur, função
que ocupou até março deste ano. (Com Agência Brasil)
►DILMA VENCE EM 15
ESTADOS; AÉCIO, EM 10
Com mais de 99,7% das urnas apuradas, os candidatos à
Presidencia da República Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) conseguiram
ganhar a preferência dos eleitores em 25 estados. Dilma foi a mais votada em 15
e Aécio, em dez. A candidata Marina Silva venceu no Acre, seu estado de origem,
e em Pernambuco, com 48% dos votos válidos.
Candidata à reeleição, Dilma venceu em Alagoas, no Amapá,
Amazonas, na Bahia, no Ceará, Maranhão, em Minas Gerais, no Pará, na Paraíba,
no Piauí, onde obteve 70,5% dos válidos. Ela também venceu no Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Sergipe e no Tocantins.
Candidato da oposição, Aécio venceu no Distrito Federal,
Espírito Santo, em Goias, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paraná, em
Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, estado com o maior número de
eleitores, onde obteve 44,2% dos votos válidos.
No dia 26 de outubro, os eleitores voltam às urnas para
escolher Dilma ou Aécio para a Presidência da República. (Com Agência Brasil)
►GAROTINHO
CAI ATIRANDO
Em uma nota de agradecimento postada em seu blog, o ex governador Anthony Garotinho disparou a sua metralhadora giratória, garantindo que é melhor perder a eleição do que perder a vergonha.
Para o ex governador, “em qualquer situação o povo é soberano. Mesmo quando
contraria as nossas expectativas. Quero agradecer aos mais de 1,5 milhão de
eleitores, que neste domingo me depositaram um voto de confiança e desejar que
a escolha no 2º turno possa ser bem refletida por aqueles que amam o nosso
estado. Embora a pesquisa de boca de urna que ouviu 5 mil pessoas, às 16h, me
desse 10 pontos de vantagem, cheguei com 0,5 ponto atrás do senador Marcelo
Crivella, que vai disputar o 2º turno contra o candidato que juntou em torno de
si as máquinas estadual e da Prefeitura do Rio, mais de 80 prefeitos, e dezenas
de grupos econômicos que defendem interesses escusos junto ao Estado, a começar
pelas Organizações Globo. Parabéns aos vitoriosos e a nossa luta continua,
afinal na vida é melhor perder uma eleição do que perder a vergonha – diz a
nota postada no início desta segunda-feira. (Blog do Garotinho)Em uma nota de agradecimento postada em seu blog, o ex governador Anthony Garotinho disparou a sua metralhadora giratória, garantindo que é melhor perder a eleição do que perder a vergonha.
►MP CONDENA O USO DE IGREJAS
Seis candidatos a deputado vão responder junto com três
igrejas sediadas em Duque de Caxias (RJ) a processos por propaganda irregular
abertos pela Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ). As
ações têm três réus, cada: Marcos Soares (PR), Filipe Soares (PR) e Igreja
Internacional da Graça de Deus; Francisco Floriano (PR), Milton Rangel (PSD) e
Igreja Mundial do Poder de Deus; e Jorge Moreira Theodoro, o Dica (PMDB),
Ezequiel Teixeira (SD) e Igreja Assembleia de Deus da Família.
Nas três ações, o procurador eleitoral auxiliar Maurício
da Rocha Ribeiro pede que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) condene cada réu
a multas de até R$ 8 mil. Nesses casos, os políticos e as igrejas são acusados
de infringir a vedação legal de campanhas em bens de uso comum.
“A variedade e quantidade do material encontrado no
interior dos templos deixa clara a estreita ligação de alguns líderes
religiosos com a política partidária. E a veiculação da correspondente
propaganda em locais religiosos é expressamente proibida”, afirma o procurador
eleitoral auxiliar Maurício da Rocha Ribeiro.
O deputado federal Marcos Soares e o deputado estadual
Filipe Soares, candidatos à reeleição, tiveram milhares de panfletos, dezenas
de cartões e outros materiais de campanha apreendidos num templo da igreja
fundada por seu pai, o missionário R. R. Soares, no Centro de Duque de Caxias.
Ao processar os dois políticos e a Igreja Internacional da Graça de Deus, a PRE
sustenta não haver dúvidas de que os candidatos concordaram com essa propaganda
irregular.
Os candidatos a deputado Francisco Floriano (federal) e
Milton Rangel (estadual) respondem com a Igreja Mundial do Poder de Deus a uma
ação que se baseia na apreensão de materiais de campanha numa igreja no bairro Parque
Lafaiete, também em Duque de Caxias. A propaganda num local de intensa
movimentação e a proporção e custo de veiculação são apontados como provas de
que os réus são responsáveis pela irregularidade ou a aceitaram. Segundo
fiscais do TRE, os dois políticos entregaram propagandas na igreja.
Na terceira ação, o deputado estadual Dica e o candidato
a deputado federal Ezequiel Teixeira são acusados de divulgar as candidaturas
na Igreja Assembleia de Deus da Família instalada no Centro de Duque de Caxias.
Na apreensão da Justiça Eleitoral, foram recolhidas oito placas, panfletos e
banners com os nomes dos dois candidatos. A Procuradoria cita ainda a apreensão
de uma revista “A nova ordem mundial contra a família e a igreja” com várias
das 12 páginas citando um dos réus. (Com a Assessoria de Comunicação/ Procuradoria
Regional Eleitoral/RJ
►PEZÃO CONFIRMA APOIO
A DILMA
Logo depois da confirmação de que haverá segundo turno na
disputa para presidente, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão
(PMDB), declarou em entrevista coletiva seu apoio à presidente Dilma Rousseff.
A petista enfrentará o tucano Aécio Neves no dia 26 de outubro.
O
peemedebista, que também irá para o segundo turno com Marcelo Crivella, do PRB,
disse que entende o movimento 'Aezão', criado no estado por dissidentes do PMDB
que não queriam apoiar Dilma para presidente, mas Aécio. Pezão declarou, porém,
sentir um "carinho muito especial" pela presidente, garantiu o governdor do Rio. (Com Agência Brasil)
►PEZÃO E CRIVELLA NO
SEGUNDO TURNO NO RIO
O atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o
senador Marcelo Crivella (PRB) vão disputar o segundo turno das eleições para
governador do Rio de Janeiro. Com 97,85% dos votos apurados, Pezão está com
40,77% dos votos válidos e Crivella, com 20,19%. O ex-governador
Anthony Garotinho (PR) aparece em terceiro, com 19,61%.
Os votos brancos somam
6,09% e os nulos, 11,44%.
Pezão é o atual governador do estado, cargo que assumiu
na condição de vice após a saída de Sérgio Cabral em abril deste ano. Seu vice,
caso seja eleito, será o senador Francisco Dornelles, do PP. Nascido em
Piraí (RJ) e formado em economia e administração de empresas, Pezão entrou para
a vida política na década de 1980. Foi eleito vereador e prefeito de sua cidade
natal diversas vezes. Também foi secretário estadual de Obras e
vice-governador do estado ao longo dos mandatos de Cabral, entre 2007 e 2014.
Marcelo Crivella ingressou na carreira política em 2002,
quando foi eleito senador pelo estado do Rio de Janeiro, com cerca de 3,5
milhões de votos. Em 2005, fundou o PRB e em 2010 foi reeleito para o Senado.
Foi ministro da Pesca e Agricultura entre fevereiro de 2012 e março de 2014. (Com Agência Brasil)
►ROMÁRIO VAI SENTAR
NA JANELA
O ex-jogador e deputado Romário (PSB-RJ) venceu neste
domingo (5) a disputa por uma vaga no Senado Federal pelo Rio de Janeiro. Ele
vai ocupar a vaga que será aberta pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ),
candidato a vice-governador do Rio na chapa de Pezão. Com a votação que
recebeu, o novo Senador do poderá sentar-se na janela.
Romário ingressou na política há cerca de cinco anos e foi um dos deputados federais mais bem votados na eleição de 2010. Ele chegou a ser expulso do PSB durante a atual legislatura, mas retornou à legenda e se candidatou à vaga de senador no Rio.
Com mais de 94% das urnas apuradas, Romário conquistou 63,42% dos votos, contra 20,55% do ex prefeito do Rio, César Maia (DEM), que em sua campanha afirmava que, para chegar ao Senado, era preciso uma longa experiência e competência. (Com Agência Brasil)
Romário ingressou na política há cerca de cinco anos e foi um dos deputados federais mais bem votados na eleição de 2010. Ele chegou a ser expulso do PSB durante a atual legislatura, mas retornou à legenda e se candidatou à vaga de senador no Rio.
Com mais de 94% das urnas apuradas, Romário conquistou 63,42% dos votos, contra 20,55% do ex prefeito do Rio, César Maia (DEM), que em sua campanha afirmava que, para chegar ao Senado, era preciso uma longa experiência e competência.
►VINTE E OITO PRESOS NO RIO
Ao
todo, 27 candidatos do estado do Rio de Janeiro e um vereador, cujas
identidades não foram reveladas, foram presos por boca de urna, entre as 462
pessoas detidas por propaganda ilícita, segundo o Tribunal Regional Eleitoral
do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
Ainda
segundo o TRE-RJ, 724 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas. A
totalização das 32.675 seções eleitorais ocorreu às 21h50. (Com Agência Brasil)
►PROPAGANDA
IRREGULAR NO WHATSAPP
O envio
de mensagens a eleitores por meio de Whatsapp e SMS levou a Procuradoria
Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ), por meio da divisão que trata da
propaganda irregular, a propor três ações contra os candidatos Pezão (PMDB -
governador), André Correa (PSD - deputado estadual) e Ezequiel Teixeira (SD –
deputado federal). Nos três casos, as mensagens foram enviadas sem prévio
consentimento do eleitor.
Na
representação contra Pezão, o procurador regional eleitoral auxiliar Sidney
Madruga relata que a PRE/RJ recebeu queixa de 43 cidadãos pelo envio de um
vídeo no Whatsapp no qual o candidato faz propaganda da sua página no Facebook.
Em 23 de julho, a Justiça Eleitoral proibiu o envio dos vídeos, mas a
representação aponta que a decisão foi ignorada com mais encaminhamento do
mesmo tipo de conteúdo. “A prática impugnada proporcionou tamanha indignação na
sociedade, por força da violação à intimidade e privacidade do indivíduo, que
diversos meios de comunicação passaram a noticiar o seu uso indevido”, enfatiza
o procurador. O quadro é agravado pela falta de opção obrigatória de
descadastramento.
O caso de Pezão é semelhante ao de Ezequiel Teixeira, que também usou o Whatsapp para fazer propaganda eleitoral sem anuência dos eleitores e sem opção de descadastramento. De acordo com a representação, a campanha do deputado federal foi feita por meio de imagens, uma espécie de santinho eletrônico com o número e o slogan do candidato.
Já o candidato a deputado estadual André Correa até ofereceu a opção de descadastramento, mas um eleitor que tentou deixar de receber as mensagens denunciou que a medida não teve efeito. André utilizou o SMS em sua campanha para convocar a participação dos eleitores em um ato a seu favor realizado na Tijuca.
O procurador eleitoral auxiliar Sidney Madruga argumenta que a conduta dos candidatos é uma invasão de privacidade aos eleitores e pede a punição dos candidatos: “As condutas ora narradas ensejam a cabível reprimenda no âmbito eleitoral, diante das propagandas irregulares que restaram caracterizadas, sobretudo diante de tamanha invasão da privacidade alheia, a ponto de causar reações de revolta, como se extrai dos autos, nos eleitores, 'obrigados' a suportar, quase que diariamente, mensagens que consideram indesejáveis, que não lhes dizem respeito ou cujo envio sequer por eles anuído”.
Nas três representações, a PRE pede que os candidatos sejam proibidos de fazer campanha por meio de mensagens de celular – seja Whatsapp, seja SMS – ou que sejam obrigados oferecer o descadastramento. Os candidatos também podem ser condenados ao pagamento de multa que pode chegar a R$ 30 mil. (Com Agência Brasil)
O caso de Pezão é semelhante ao de Ezequiel Teixeira, que também usou o Whatsapp para fazer propaganda eleitoral sem anuência dos eleitores e sem opção de descadastramento. De acordo com a representação, a campanha do deputado federal foi feita por meio de imagens, uma espécie de santinho eletrônico com o número e o slogan do candidato.
Já o candidato a deputado estadual André Correa até ofereceu a opção de descadastramento, mas um eleitor que tentou deixar de receber as mensagens denunciou que a medida não teve efeito. André utilizou o SMS em sua campanha para convocar a participação dos eleitores em um ato a seu favor realizado na Tijuca.
O procurador eleitoral auxiliar Sidney Madruga argumenta que a conduta dos candidatos é uma invasão de privacidade aos eleitores e pede a punição dos candidatos: “As condutas ora narradas ensejam a cabível reprimenda no âmbito eleitoral, diante das propagandas irregulares que restaram caracterizadas, sobretudo diante de tamanha invasão da privacidade alheia, a ponto de causar reações de revolta, como se extrai dos autos, nos eleitores, 'obrigados' a suportar, quase que diariamente, mensagens que consideram indesejáveis, que não lhes dizem respeito ou cujo envio sequer por eles anuído”.
Nas três representações, a PRE pede que os candidatos sejam proibidos de fazer campanha por meio de mensagens de celular – seja Whatsapp, seja SMS – ou que sejam obrigados oferecer o descadastramento. Os candidatos também podem ser condenados ao pagamento de multa que pode chegar a R$ 30 mil. (Com Agência Brasil)
►COMPRA
DE VOTOS EM CAXIAS (1)
A
responsável pela fiscalização em Duque de Caxias, juíza Vera Maria Lage, pediu
à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar a oferta de R$ 50 a
eleitores em troca de voto, durante reunião num galpão no bairro Imbariê, que
funcionava como comitê de um candidato a deputado estadual do PTdoB e outro a
federal do PRTB.
Flagrados
por fiscais da 78ª ZE, os eleitores tentaram fugir, enquanto cabos eleitorais
jogavam documentos no quintal de uma casa vizinha. Eram 52 cópias de título
eleitorais e um caderno onde se registravam os dados de quem participaria do
suposto esquema de compra de votos. O galpão foi lacrado com 74 placas e
santinhos dos candidatos.
►COMPRA
DE VOTOS EM CAXIAS (2)
A
fiscalização da 78ª ZE de Duque de Caxias flagrou, neste sábado (4), uma mulher
que entregava dinheiro a 18 supostos cabos eleitorais na Estrada China, Parque
Fluminense., no segundo distrito do município. Eles trabalhariam para dois
deputados que se candidatam à reeleição, um federal, do Solidariedade (SD), e
um estadual, do PMDB.
A
mulher disse não ter os recibos exigidos pela legislação e que recebera um
envelope com R$ 4 mil, mas tinha apenas R$ 1,8 mil porque "já tinha feito
outros pagamentos". O depoimento dela e os dados de oito pessoas
identificadas vão ser enviados à Polícia Federal, que vai apurar suspeita de
compra de votos. A mulher ainda tinha nove panfletos e 32 cartões de propaganda
dos candidatos.
►FISCALIZAÇÃO
APREENDE JORNAL CONTRA PEZÃO
No
início da manhã deste sábado (4), fiscais do TRE-RJ lacraram a gráfica do
jornal Povo do Rio, no Grajaú, na Zona Norte, e apreenderam exemplares no
local. A operação foi determinada pela coordenadora estadual de fiscalização,
juíza Daniela Assumpção de Souza, que considerou propaganda negativa a manchete
de capa da edição deste sábado, informando que o governador e candidato à
reeleição, Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB), "ri da morte de
pobre".
No
local também foram encontrados panfletos de diversos candidatos, a maioria com
tiragem irregular e sem nota fiscal, em caixas lacradas com a logomarca de um
fabricante de sorvete. Funcionários do jornal foram encaminhados à Polícia
Federal para prestar depoimento. O relatório da operação será enviado ao
Ministério Público, a quem compete propor as ações cabíveis.
►MAIS CINCO
CANDIDATOS MULTADOS
Na
última sessão de julgamentos antes do primeiro turno, realizada nesta
sexta-feira (3), o plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro
confirmou multas aos candidatos Anthony Garotinho (PR), Jandira Feghali
(PCdoB), irmãos Leonardo e Rafael Picciani (ambos do PMDB) e Marco Antonio
Cabral (PMDB). Todos ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, em
Brasília. Apenas nesta semana, o TRE-RJ julgou 144 processos sobre
irregularidades ocorridas na campanha eleitoral deste ano.
Garotinho foi penalizado com duas multas, de R$ 53, 2 mil por divulgar, em seu blog, pesquisa sem registro na Justiça Eleitoral e de R$ 2 mil, por duas placas num poste em Nilópolis. Marco Antônio Cabral terá de pagar R$ 5 mil por colocar 19 placas numa rua de Campo Grande, produzindo efeito de outdoor, superando os 4m² permitidos pela lei. Multada em R$ 2 mil, Jandira Feghali colocou cavalete em rua de fluxo intenso no bairro do Rocha, em São Gonçalo. Os irmãos Rafael e Leonardo Picciani foram multados em R$ 2 mil cada, por placas colocadas em postes, árvores e muros divisórios de linha férrea. Processos relacionados: Ag/RP 389107; Rec na RP 387808; Rec na RP 748189; Rec na RP 751649; Rec na RP 736923
Garotinho foi penalizado com duas multas, de R$ 53, 2 mil por divulgar, em seu blog, pesquisa sem registro na Justiça Eleitoral e de R$ 2 mil, por duas placas num poste em Nilópolis. Marco Antônio Cabral terá de pagar R$ 5 mil por colocar 19 placas numa rua de Campo Grande, produzindo efeito de outdoor, superando os 4m² permitidos pela lei. Multada em R$ 2 mil, Jandira Feghali colocou cavalete em rua de fluxo intenso no bairro do Rocha, em São Gonçalo. Os irmãos Rafael e Leonardo Picciani foram multados em R$ 2 mil cada, por placas colocadas em postes, árvores e muros divisórios de linha férrea. Processos relacionados: Ag/RP 389107; Rec na RP 387808; Rec na RP 748189; Rec na RP 751649; Rec na RP 736923
►A DESCRENÇA NOS POLÍTICOS
Com
99,99% das urnas apuradas, um percentual que representa 142.820.810 eleitores,
as eleições de 2014 tiveram 90,36% de votos válidos. Os números foram
computados até as 1h30 desta segunda-feira (6). Brancos e nulos somaram 9,64%
dos votos totais, e os eleitores que não compareceram às urnas somaram
27.698.199, o que significa 19,39% do total.
Os
percentuais relativos aos votos que não entram nas contas dos votos válidos
aumentaram nas três modalidades. No primeiro turno das eleições presidenciais
de 2010, quando o país tinha 135 milhões de eleitores, 18,12% deles não
votaram. Em 2002, a abstenção atingiu 17,74% e em 2006, 16,75%.
A
percentagem de votos em branco, neste ano, também cresceu. Em 2010, foram 3,13%
do total; em 2006, 2,73%; e em 2002, 3,03%. Neste ano, os votos em branco
representam 3,84%. Já os votos nulos, que vinham caindo nas três eleições anteriores,
tendo registrado 7,35% em 2002; 5,68% em 2006; e 5,51% em 2010, tiveram um
ligeiro aumento neste ano, atingindo 5,8%. Com isso, abstenções, brancos e
nulos somam 29%.
Considerado
o típico voto de protesto, o voto nulo tem o mesmo efeito do voto em branco por
não entrar nas contas na hora de bater o martelo sobre quem está eleito. Embora
não se possa dizer se esses percentuais crescentes revelam desinteresse por
parte da população em relação à política, já que o voto é obrigatório, uma
pesquisa do Instituto Data Popular, feita antes das eleições, mostrou que há um
alto grau de desconfiança, por parte do eleitorado brasileiro, em relação à
classe política.
Foram
entrevistadas 15.652 pessoas, em 159 municípios, e 73% delas disseram não
confiar nos candidatos que postulam um cargo eletivo neste ano. Segundo o
presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, registrou-se que o
brasileiro não confia até mesmo nos candidatos que escolhe e os deputados
estaduais lideram o ranking.
“Se a gente olhar a escala, os [candidatos] em quem os eleitores menos confiam
são os deputados estaduais [82%]”, disse Meirelles. Em seguida, aparecem os
candidatos a deputado federal, com 75% de desconfiança; os postulantes ao
Senado, 65%; os que concorrem ao cargo de governador, com 40%; e os candidatos
à Presidência da República, com 30% de desconfiança.
Meirelles
disse que os entrevistados foram convidados a responder se concordavam ou não
com frases apresentadas pelos pesquisadores. Entre eles, 65% disseram, por
exemplo, concordar com a seguinte frase: “Os políticos são todos iguais”.
Segundo
o presidente do Data Popular, parte das respostas evidencia uma desconfiança em
relação à classe política e “parte é um desconhecimento real da proposta do
candidato”. Para a maioria dos eleitores, o voto é dado ao candidato que parece
ser “o menos pior”.
O
entendimento geral decorrente da pesquisa, indicou Meirelles, é que "a
classe política está afastada da realidade cotidiana das pessoas”. (Com Agência Brasil)
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