CÂMARA APROVA PROJETO PARA
BARRAR FUSÕES DE PARTIDOS
A Câmara
aprovou na noite desta quarta-feira (25) projeto de lei que dificulta a fusão
de partidos políticos, ao admitir que a fusão somente poderá ocorrer após cinco
anos de obtenção do registro definitivo da legenda no Tribunal Superior
Eleitoral. De autoria do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o projeto
será agora analisado pelo Senado.
O relator
da matéria, deputado Sandro Alex (PPS-PR), incluiu no texto aprovado
dispositivo para garantir que um novo partido, surgido de uma fusão, não levará
o tempo de propaganda no rádio e na televisão e os recursos do Fundo
Partidário, vinculados a deputados que mudaram de legenda.
O texto
que será analisado pelo Senado também cria uma espécie de janela de 30 dias
para que um político com mandato possa migrar para uma nova legenda resultante
de fusão de outros partidos.
Vários
parlamentares criticaram as mudanças apresentadas, que dificultam a fusão de
partidos, e chegaram a pedir mais prazo para analisar a matéria, que acabou
sendo aprovada pelo plenário. No entanto, a grande maioria defendeu e votou
favorável à aprovação do texto. O deputado Mendonça Filho disse a futura lei
vai restringir a fusão de partidos e acabar com a “farra partidária”. Segundo
ele, há uma indústria de criação de partidos no Brasil.
Para o
líder do PHS, deputado Marcelo Aro (MG), contrariar o projeto é defender
o “indefensável”. “Não faz sentido montar partido para fundir e aumentar uma
bancada já existente”. Com as facilidades existentes, só na legislatura passada
foram criado quatro partidos; PSD, Solidariedade, PROS e PEN.
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