PRESOS DO
LAVA JATO AINDA
PODEM TROCAR
DE PRESÍDIO
Em despacho expedido no final da tarde de ontem
(23), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes das
investigações da Lava Jato, questionou as defesas dos réus sobre o interesse em
eventual transferência após a imprensa noticiar reclamações quanto às condições
deles na carceragem da PF.
Os advogados dos empreiteiros, dos ex-diretores
da Petrobras e dos demais presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal
(PF), têm até amanhã (25) para manifestar o interesse na transferência de seus
clientes da carceragem da PF, em Curitiba, para o sistema prisional estadual do
Paraná.
Moro afirmou que não recebeu nenhum
questionamento sobre as condições dos presos e reconheceu as limitações das
celas da carceragem da PF, já que são locais de passagem. O juiz ressaltou que
a permanência dos empresários e demais presos da Lava Jato, no local, seria de
“interesse dos próprios acusados”.
“Não obstante, diante de supostas reclamações
veiculadas não a este Juízo mas à imprensa, é o caso de consultar os defensores
em questão acerca do interesse dos presos na transferência para o sistema
prisional estadual, ainda que para estabelecimentos reservados a presos com
direito à prisão especial”, destacou Moro.
Atualmente, estão presos preventivamente
acusados de participação no esquema de fraude em contratos da Petrobras lavagem
de dinheiro e corrupção, entre eles, Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia;
Eduardo Hermelino Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, da
Construtora Camargo Correa; José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin
Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Aldemário Pinheiro
Filho, da OAS; Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior; Gerson de Mello Almada,
da Engevix, e Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.
Também estão presos, preventivamente, o
empresário Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano e o
ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.
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