domingo, 22 de fevereiro de 2015

PRESIDENTE SAI EM DEFESA DAS
EMPREITEIRAS NO LAVA JATO 
No exato momento em que o Ministério Público Federal ingressa com ações por improbidade contras as empresas investigadas na Operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff decidi) isentar as empresas dos "malfeitos" investigados pela Polícia Federal, dizendo que esses crimes foram cometidos por funcionários públicos ou das empresas, mas  que o governo trata dessa questão considerando a necessidade de geração de empregos e renda. Do ponto de vista do Governo e do PT, o fechamento das empresas envolvidas no Petrolão, como está previsto na Lei Contra a Corrupção, que Dilma ainda não conseguiu regulamentar, o País vai para, pois não haveria empresas no País com a capacidade financeira e tecnológica de uma OAS, Engevix ou Odebrecht.
Tentando envolver os tucanos no “rolo”, ela afirmou que, se casos suspeitos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, já na década de 1990, o esquema descoberto pela operação Lava Jato que envolve a estatal não ocorreria.
"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", disse ela.
O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirmou, em delação premiada, que começou a receber propina da SBM Offshore, uma fornecedora da petrolífera, em 1997, ainda durante o governo FHC. Barusco disse à PF que abriu uma conta na Suíça no final da década de 1990 para receber as remessas ilegais de dinheiro da SBM, que, segundo ele, totalizaram US$ 22 milhões até 2010.
Dilma disse também que os esquemas de corrupção agora são investigados. "Hoje nós demos um passo e para esse passo devemos olhar e valorizar. Não tem “engavetador da República”, não tem controle da Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que o Ministério Público e a Justiça e todos os órgãos do Judiciário que o que está havendo no Brasil é o processo de investigação como nunca foi feito antes." 
Dilma não fez qualquer referência ao Mensalão, esquema de propina que antecedeu ao Petrolão, que resultou na descoberta de “uma quadrilha” que operava a partir dos gabinetes do Palácio do Planalto e que resultaram na condenação da cúpula petista, a começar pelo ex ministro José Dirceu, do ex presidente do PT José Genoíno, e dos empresários Marcos Valério e Katia Rabello, que estão cumprindo pena em penitenciárias de Minas Gerais.

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