PAPUDA
TIRA O SONO DO GOVERNO
E DAS
EMPREITEIRAS DO PETROLÃO
A
condenação do empresário Marcos Valério a mais de 40 anos de prisão por ter
participado do Mensalão está tirando o sono não só dos empresários envolvidos
no Petrolão, mas de muitos políticos e ocupantes de cargos importantes na
Esplanada dos Ministério. Essa semana, o Procurador Geral de Justiça Rodrigo
Janot deve encaminhar ao ministro Teory Zavascki, relator do Petrolão no STF,
as denúncias ou pedidos de abertura de inquéritos contra os suspeitos de
envolvimento no bilionário desvio de recursos da Petrobrás. No caso das
denúncias, se forem aceitas, dezenas de suspeitos passarão à condição de réus,
enquanto no caso dos detentores de mandatos e de foro privilegiado, ocorrerá a
abertura de Investigação, no âmbito do próprio STF ou do Superior Tribunal de
Justiça desses envolvidos.
No caso
do mensalão, as penas mais duras foram para Marcos Valério (37 anos em regime
fechado), dono da empresa de propaganda contratada pelo PT, e a presidente do
BMG, Katia Rabelo (14 anos e cinco meses de prisão em regime fechado), enquanto
o núcleo político, liderado pelo ex Ministro da Casa Civil de Lula, José
Dirceu, recebeu penas leves e já estão em casa.
No caso do Petrolão, sem o STF seguir o mesmo modelito de
penas, um empresário como o engenheiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, poderá
pegar até 180 anos de cadeia, situação que se repetiria com outros empresários
com o mesmo poder econômico. Como “imperadores”, que se consideravam acima das
leis, não admitem ser julgados como simples mortais, e julgam uma afronta
passaram por constrangimentos como vem passando o ex nababo Eike Batista, que
assistirá nesta quinta-feira (26) ao leilão de sua luxuosa Lamborghini (R$ 2,8 milhões) e
confessa que, ultimamente, tem faltado até dinheiro para a compra de banana
para seu filho caçula, nascido em 2013, a pressão sobre os bem pagos advogados
que atuam na defesa dos milionários empreiteiros, que acabaram buscando apoio
do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, cuja cabeça vem sendo pedida pela
oposição.
Para quem está acostumado em dormir em suítes de hotéis
cinco estrelas, viajar em jatinhos particulares e terem dezenas de pessoas ao seu
redor apenas para acender um simples charuto ou servir um whisky, deve ser duro
dormir nos xadrezes da Polícia Federal em Curitiba. Imaginem o que esses
empresários fariam se fossem transferidos, por questão de sua própria
segurança, para os presídios de Pernambuco ou Alagoas?
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