PROCON VAI INVESTIGAR
AS CAUSAS
DO APAGÃO EM NITEROI E
ITABORAÍ
O Procon Estadual, ligado à Secretaria de Estado de
Proteção e Defesa do Consumidor, instaurou quinta-feira (29) processo administrativo
contra a concessionária Ampla Energia e Serviços devido a falha no fornecimento
de energia elétrica na última quarta-feira (28) anunciada pela mídia. A falha
causou a parada do sistema Imunana-Laranjal, responsável pela distribuição de
água em Paquetá, no Rio de Janeiro, e nos municípios de Niterói, São Gonçalo e
Itaboraí. Além disso, até as 15h desta quinta-feira, diversos bairros das
cidades afetadas ainda estavam com falta ou deficiência na distribuição de energia
elétrica.
De acordo com a autarquia, esta situação configura vício na continuidade,
adequação e eficiência do serviço público, ferido as normas do art. 6° da Lei
Federal n° 8987/95, a Lei das Concessões de Serviços Públicos. Além disso, o
art. 22 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) diz que órgãos públicos ou suas
concessionárias são obrigados a fornecerem serviços eficientes, seguros e,
quando essenciais, de forma contínua.O ato sancionatório determina que a Ampla apresente sua defesa num prazo de 15 dias após receber a notificação. Caso suas justificativas não sejam aceitas pelo departamento jurídico do Procon Estadual, a concessionária será multada - o valor será calculado a partir do relatório econômico com base na receita bruta da concessionária nos últimos três meses.
►SENADO NÃO É PUXADINHO DO PLANALTO
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves,
afirmou, neste domingo (1º), que o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), deve agradecer ao PT por ter sido reeleito. Apesar do resultado,
Aécio disse que foi a maior vitória da oposição no Senado devido à pequena
diferença de votos entre os dois candidatos. Aécio alertou que o peemedebista
não pode permitir que o Senado continue a ser um "puxadinho" do
Palácio do Planalto. Aécio se referiA à vitória de Renan Calheiros, com 49
votos, na disputa com o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) - que obteve 31 votos.

"O que eu espero é que o senador Renan seja neste seu
mandato mais presidente de um Poder e menos aliado do Poder Executivo. O
Congresso Nacional não pode continuar sendo um 'puxadinho' do Palácio do
Planalto, a fazer aqui as suas vontades, como fez de forma melancólica no final
do ano passado ao anistiar a presidente da República de um crime de
responsabilidade que ela havia cometido e tendo como preço a pagar a
flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal, o maior dos avanços que nós
tivemos nas últimas décadas nessa Casa", ressaltou o senador.
►MARTA CELEBRA A
VITÓRIA DE CUNHA
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) criticou nesta
segunda-feira (2) a estratégia adotada pelo seu partido e pelo governo da
presidente Dilma Rousseff na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. Para
a petista, "o intervencionismo indevido e atrapalhado" do governo
impôs ao Planalto "o papel de perdedor antecipado" no episódio.
Segundo a “Folha”, o governo e o PT sofreram uma derrota
amarga na eleição da Câmara. O peemedebista Eduardo Cunha (RJ), desafeto de
Dilma, conseguiu vencer no primeiro turno. Enquanto isso, o candidato do PT,
Arlindo Chinaglia, teve desempenho abaixo do esperado, com menos votos do que
calculava sua chapa – chegou ao ponto de ficar perto do "azarão"
Júlio Delgado (PSB-MG), terceiro colocado na disputa.
Eduardo Cunha venceu com 267 votos. Chinaglia teve 136, e
Delgado obteve 100.
Para Marta, que vem fazendo uma série de críticas a Dilma e
ao seu próprio partido, o resultado na Câmara é o prenúncio de "crise e
dificuldades" entre o governo e o Congresso Nacional.
Marta deixou o Ministério da Cultura no fim do ano passado.
De lá para cá, vem fazendo ataques em série ao estilo de Dilma, os resultados
de sua administração e ao PT, partido no qual milita há mais de 20 anos. Na
sigla, a ofensiva é vista como uma forma de legitimar a saída de Marta do
partido. Ela pretenderia trocar de sigla para disputar a prefeitura de São
Paulo em 2016 ou o governo do Estado em 2018.
►LAVA JATO: COMEÇA A OITIVA DE TESTEMUNHAS
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações
da Operação Lava Jato, começa hoje (2) a ouvir as testemunhas de defesa e de
acusação das ações penais da sétima fase da operação, batizada pela Polícia
Federal de Juízo Final. As audiências seguem até o dia 13 deste mês.
Entre as pessoas que vão prestar depoimento estão a
ex-gerente executiva da Petrobras Venina Velosa, a ex-contadora do doleiro
Alberto Youssef Meire Bomfim Poza, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto
Costa e funcionários da empresa, além de Augusto Ribeiro e Julio Gerin,
delatores do cartel de empreiteiras que está sendo investigado.
A pedido do Ministério Público Federal, o juiz Sérgio Moro
abriu ação penal contra executivos das empreiteiras Engevix, OAS, Galvão
Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Corrêa e UTC Engenharia.
O doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da área
internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento da
estatal Paulo Roberto Costa e o empresário Fernando Soares, conhecido como
Fernando Baiano, também são réus nas ações penais da sétima fase da Lava Jato.
►CPI POR ATACADO
O líder do Bloco da Oposição no Senado, Alvaro Dias
(PSDB-PR), e o líder do DEM, Ronaldo Caiado (DEM-GO), afirmaram, neste domingo
(1º), que vão se mobilizar para que as investigações de corrupção na Petrobras
continuem em 2015.
Para Caiado, a instalação de uma nova CPI da Petrobras já é
matéria vencida dentro do DEM. Ele destacou que, enquanto líder, tem uma função
importante diante de um governo que está se esfacelando devido a crises de
corrupções, escândalos e má gestão.
— Eu, como líder do partido, me responsabilizo de trazer as
cinco assinaturas para que possamos entregar aos demais líderes para a
instalação da CPI da Petrobras — destacou.
Ronaldo Caiado ressaltou que já foram desviados R$ 88,6
bilhões na Petrobras, valor que, segundo ele, equivale a todo o orçamento gasto
na saúde durante um ano para atender 200 milhões de brasileiros.
O senador Alvaro Dias considera necessário investigar
também denúncias de corrupção no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), entre outros temas. Alvaro lembrou que, diante de tantas
denúncias, é imprescindível que projetos que combatam a corrupção tenham
andamento no Congresso.
— É fundamental manter a denúncia permanente e o
enfrentamento àqueles que se envolvem com corrupção — defendeu.
►OPOSIÇÃO PEDE CPI DO BNDES
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu uma reflexão sobre a
nova legislatura que começou nesse domingo (1º). Ele se referiu aos escândalos
de corrupção na Petrobras e à crise econômica para cobrar que os colegas
parlamentares continuem acompanhando e fiscalizando as ações do governo
federal.
Alvaro Dias criticou a presidente Dilma Rousseff por se
negar a demitir a presidente da Petrobras, Graça Foster, mesmo depois de ela
ter sido supostamente alertada pela ex-gerente da empresa, Venina Velosa, sobre
irregularidades nos contratos.
O senador disse que as denúncias de Venina Velosa eram do
conhecimento de todos, inclusive do Congresso Nacional, do Tribunal de Contas e
do Ministério Público, que investigou o caso, além da própria presidente Dilma.
Eleito para mais um mandato, Alvaro Dias, sugeriu aos
colegas parlamentares que o Senado crie uma CPI para investigar também
possíveis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social ( BNDES), que chamou de "caixa preta indevassável" do governo
federal.
Em sua avaliação, para sejam reconstruídas instituições
públicas mais acreditadas sobre os escombros dos escândalos de corrupção, serão
necessárias reformas essenciais que passam pelo Congresso Nacional.
►TIRIRICA PREFERE O
PICADEIRO
O deputado federal Tiririca (PRSP), que tomou posse neste
domingo (1) de seu segundo mandato, disse que está "feliz" com
os quatro primeiros anos de trabalho e fez suas considerações sobre
a Câmara, ao dizer que o circo é mais organizado do que o seu atual local
de trabalho.
O palhaço, reeleito com mais de 1 milhão de votos, disse
que demorou para se adaptar com a Câmara, já que sua vida no circo era
toda "organizadinha".
"É doido, nos primeiros três meses foi difícil. Você
vem de outra escola, você chega aqui e assusta. Você vem de uma coisa toda
organizada. Circo é uma coisa toda organizadinha, você tem hora para
entrar, hora para sair. Aí você chega aqui o cara tá discursando e
neguinho não tá nem aí. Até você entender que funciona assim...",
afirmou, dizendo que ficou, a princípio, um "meio maluco" quando
chegou ao Congresso.
Ele classificou ainda como "sensacional" os seus
primeiros quatro anos na Câmara e destacou que não teve nenhuma falta ao
trabalho. Nos próximos anos, ele destacou que quer focar em outros temas,
além dos projetos voltados para a atividade circense, como saúde e
educação. "Apresentamos projetos pra caramba. Não foi aprovado
nenhum, mas isso não depende da gente. Quatro anos sem nenhuma falta. Coisa
linda", disse. (Fonte: Infomoney)
linda", disse. (Fonte: Infomoney)
►APENAS 36 DEPUTADOS SEM
VOTO LEGENDA
Apenas 36, dos 513 deputados federais que tomaram posse
neste domingo, alcançaram o quociente eleitoral com seus próprios votos.
Desses, 11 são parentes de políticos tradicionais em seus estados. Os outros
477 eleitos foram “puxados” por votos dados à legenda ou a outros candidatos de
seu partido ou coligação. O número é o mesmo de 2010, quando também houve
apenas 36 deputados eleitos com votação própria.
Os números foram calculados pela Secretaria Geral da Mesa
da Câmara. O quociente eleitoral é calculado dividindo-se o número de votos
válidos no estado pelo número de vagas na Câmara a que tem direito cada estado.
Por exemplo, o Distrito Federal tem direito a oito
deputados. Dividindo-se os 1,45 milhões de votos válidos por oito, chega-se ao
quociente eleitoral de 181,7 mil. Este é o número de votos necessários para um
candidato se eleger por conta própria no DF. Porém, nenhum deputado atingiu
esse quociente na última eleição.
Além do Distrito Federal, nenhum deputado dos seguintes
estados alcançou o quociente eleitoral na última eleição: Acre, Alagoas, Amapá,
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio
Grande do Sul e Tocantins.
Entre os 36 deputados que conseguiram atingir o quociente eleitoral,
cinco são de São Paulo, cinco de Minas Gerais e cinco do Rio de Janeiro. Em
Pernambuco, quatro deputados foram eleitos com seus próprios votos; e, na
Paraíba e no Ceará, três. Em Goiás e Santa Catarina, dois atingiram o quociente
eleitoral. No Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Sergipe e
Roraima, apenas um atingiu o quociente eleitoral. (Com Agência Câmara de
Notícias)
►AS DISTORÇÕES DO VOTO PROPORCIONAL
A forma de eleição baseada no quociente eleitoral é chamada de sistema proporcional. Segundo o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, esse sistema, somado ao quadro de pulverização partidária e formação de alianças no País, tem levado a algumas distorções: “Na Câmara, muita gente se elege com votação muito pequena. Tivemos, na Região Norte, pessoas eleitas com menos de 10 mil votos.”
A forma de eleição baseada no quociente eleitoral é chamada de sistema proporcional. Segundo o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, esse sistema, somado ao quadro de pulverização partidária e formação de alianças no País, tem levado a algumas distorções: “Na Câmara, muita gente se elege com votação muito pequena. Tivemos, na Região Norte, pessoas eleitas com menos de 10 mil votos.”
Em contraposição, dezenas de candidatos foram muito bem
votados e ainda assim não foram eleitos. É o caso, por exemplo, do deputado
Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB): ele recebeu 106,6 mil votos em São Paulo,
mas não foi reeleito. Entretanto, o candidato Fausto Pinato (PRB) foi eleito
com 22 mil votos, graças à votação expressiva de Celso Russomanno, do mesmo
partido.
Com 1,52 milhão de votos, Russomanno foi o deputado mais
votado de São Paulo e “puxou” quatro candidatos para a Câmara: além de Fausto
Pinato, ele ajudou a aleger o cantor sertanejo Sergio Reis (45,3 mil votos);
Beto Mansur (31,3 mil) e Marcelo Squasoni (30,3 mil). Todos são do PRB, já que
o partido não fez coligação.
O segundo colocado em São Paulo, deputado Tiririca (PR), teve pouco mais de 1 milhão de votos e elegeu sozinho dois deputados, além de si próprio: Capitão Augusto (46,9 mil votos) e Miguel Lombardi (32 mil), ambos do PR, que também não se coligou. (Com Agência Câmara de Notícias)
O segundo colocado em São Paulo, deputado Tiririca (PR), teve pouco mais de 1 milhão de votos e elegeu sozinho dois deputados, além de si próprio: Capitão Augusto (46,9 mil votos) e Miguel Lombardi (32 mil), ambos do PR, que também não se coligou. (Com Agência Câmara de Notícias)
►AUXÍLIO-RECLUSÃO CUSTOU R$ 500 MILHÕES
O auxílio-reclusão, benefício previdenciário mensal pago a
dependentes de trabalhadores presos em regime fechado ou semiaberto, chega a
apenas 6,3% da população carcerária brasileira, de aproximadamente 711,4 mil
detentos. Mesmo assim, no ano passado, o governo federal desembolsou R$ 549,2
milhões para beneficiar familiares de 45,1 mil presos.
“O benefício tem
pouquíssima amplitude, porque as pessoas presas, em geral, são dos extratos
sociais mais vulneráveis da sociedade, que trabalham em situação informal e que
não estão contribuindo para Previdência”, comentou o defensor público e
coordenador do Núcleo do Sistema Carcerário da Defensoria de São Paulo, Patrick
Cacicedo.
O valor médio do auxílio é de cerca de R$ 1.015,00.
Contudo, ele difere de acordo com o histórico previdenciário de cada preso, com
o quanto contribuía quando em liberdade, fazendo com que o benefício varie de
um salário mínimo, de R$ 788, ao teto, de R$ 4.663,75. Em 2013, a administração
pública federal executou 517 milhões para o auxílio-reclusão, em valores já
atualizados pela inflação (IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas). O valor
respondia ao atendimento de 43,2 mil segurados, resultando em pagamento médio
por benefício de R$ 997,30. Em comparação, de 2013 para 2014, houve um
crescimento de 1.893 cárceres segurados. A ampliação dos segurados implicou em
uma alta de 6,2% do montante comprometido do orçamento público com o auxílio.
Além disso, o valor do benefício médio subiu R$ 18,30, isto é, aumento de 1,8%.
O Ministério da Previdência Social é responsável pela
execução do orçamento do auxílio-reclusão. O pagamento é efetuado em duas
categorias: área rural e urbana. De acordo com o órgão, o objetivo da
iniciativa é garantir a sobrevivência do núcleo familiar, diante da ausência
temporária do provedor. O benefício, instituído há mais de 50 anos, não é
concedido àqueles que, quando detidos, não trabalhavam ou recebiam salário
acima de R$ 1.089,72. Além disso, os dependentes do segurado podem deixar de
recebê-lo. Ele é interrompido quando o preso obtém liberdade, foge ou progride
para a pena de regime aberto.
►FALTAM VAGAS NOS PRESÍDIOS
Pela última contagem do Conselho Nacional da Justiça (CNJ),
de junho de 2014, o Brasil chegou à proporção de 358 pessoas presas para cada
100 mil habitantes. Dos mais de 711,4 mil detentos, 147,9 mil estão em prisão
domiciliar e não ocupam vagas prisionais.

Além disso, contados os mandados de prisão em aberto, de
374 mil, de acordo com o Banco Nacional de Mandados de Prisão, a população
prisional saltaria para 1,089 milhão de pessoas e o problema de superlotação
nas unidades prisionais se acentuaria ainda mais. Quando a superlotação do
sistema carcerário brasileiro é posta em pauta como um dos problemas de
segurança pública, as administrações públicas do país não entram em consenso.
Entre as propostas, a privatização dos presídios é vista como uma das possíveis
soluções. O governo de São Paulo, por exemplo, propõe privatização de
penitenciárias, criando inicialmente 7,2 mil vagas de regime fechado e 3,3 mil
no semiaberto. Outros estados já testam o modelo, como é o caso de Minas Gerais
com o Complexo Prisional de Ribeirão das Neves, em funcionamento desde janeiro
de 2013. Nos modelos, os complexos são construídos pela iniciativa privada e,
além de administrar os presídios, as empresas recebem um valor mensal por cada
detento. “O preso passa a ser objeto de negócio e fica interessante ter cada
vez mais presos, leis cada vez mais duras para aumentar a população
encarcerada”, explica Cacicedo.
► BOLSA-RECLUSÃO PODE ACABAR
A extinção do auxílio-reclusão está previsto em Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 304/13, da deputada federal não reeleita Antônia
Lúcia (PSC-AC). Além de acabar com o benefício, os recursos usados para seu
pagamento seriam destinados às vítimas dos crimes, quando sobreviverem, ou para
as famílias, em caso de morte.
De acordo com o texto da PEC, o novo auxílio deve ser pago
à vítima do crime pelo período em que ela ficar afastada da atividade que
garante seu sustento. Já em caso de morte, é convertido em pensão aos
dependentes da vítima. Para a agora ex- deputada, o fato de o criminoso saber
que sua família não ficará totalmente desamparada, se for preso, pode facilitar
na decisão de cometer um crime.
“Por outro lado, quando o crime implica sequelas à vítima,
impedindo que desempenhe atividade que garante seu sustento, ela enfrenta hoje
um total desamparo”, defende. Chamado pejorativamente de “bolsa-bandido”,
segundo o defensor público Patrick Cacicedo, o fim do auxílio-reclusão não
seria benéfico para a sociedade, além de não estabelecer relação direta com a
concessão de novos benefícios aos prejudicados pelo ato criminoso.
“É uma medida populista, nitidamente para aparecer, que não
tem qualquer correspondência com a realidade. O preso estava contribuindo para
a previdência. Sendo assim, é um direito adquirido que evita de expor seus
familiares a uma situação ainda mais delicada”, afirma.
Contra a privatização, o defensor publico conta que em
países que se adotaram penitenciarias privadas, como os Estados Unidos, o
sistema fracassou. Segundo ele, houve um boom de encarceramento e, portanto, a
tendência é que se piore ainda mais a situação caso a medida seja adotada.
►CAI A VAZÃO DO
PARAÍBA E DO S. FRANCISCO
A Agência Nacional de Águas (ANA) determinou a redução
temporária do limite mínimo de vazão à barragem de Santa Cecília, no Rio
Paraíba do Sul, que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro, conforme
resolução publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
Segundo a agência, as medidas de redução de vazão
consideram "a importância de se preservar os estoques de água disponíveis
no reservatório equivalente da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul,
composto pelos reservatórios de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil, face
à atual desfavorável situação pela qual passa a bacia".
Pela decisão, até 28 de fevereiro o limite mínimo em Santa
Cecília passa a 140 metros cúbicos por segundo, ante 190 metros cúbicos por
segundo anteriormente.
No mesmo despacho, a ANA determinou a redução temporária da
descarga mínima a jusante dos reservatórios de Santa Branca, no Rio Paraíba do
Sul, e de Jaguari, no Rio Jaguari.
A ANA também resolveu prorrogar até 28 de fevereiro a
redução da descarga mínima defluente instantânea dos reservatórios de
Sobradinho e Xingó, no rio São Francisco, de 1.300 metros cúbicos por segundo
para 1.100 metros cúbicos por segundo, conforme outro despacho publicado nesta
segunda-feira no Diário Oficial.
A agência fez referência à importância dos reservatórios para
a produção de energia no Sistema Nordeste e afirmou que a Chesf, da Eletrobras,
deverá dar publicidade das informações técnicas aos usuários da bacia e ao
respectivo Comitê de Bacia durante o período de vazões defluentes mínimas
reduzidas.
►BMG LIDERA QUEIXAS DO
BC
O banco BMG liderou o ranking de queixas contra bancos no segundo semestre de 2014. O
dado está em levantamento divulgado hoje (2) pelo Banco Central (BC). A
instituição, que já divulga mensalmente os bancos com maior número de
reclamações, informou, nesta segunda-feira, que apresentará também os dados
semestrais consolidados.
No período julho/dezembro do ano passado, o BMG teve 694
reclamações julgadas procedentes e índice de queixas de 305,41. Em segundo
lugar entre os mais reclamados ficou o Santander, com 2.033 queixas e índice de
65,36.
O índice representa o número de reclamações da instituição
financeira para cada 1 milhão de clientes. Para chegar a ele, as reclamações
são divididas pelo número de clientes do banco e multiplicadas por 1 milhão. A
posição da instituição financeira no
ranking do BC dependerá do índice, mesmo que tenha sido alvo de mais
reclamações em números absolutos.
O terceiro lugar em queixas, em outubro, ficou com o
Banrisul, seguido pelo HSBC e a Caixa Econômica Federal (CEF). O primeiro teve
210 queixas e índice de 54,76. O HSBC, 534 queixas e índice de 52,54 e a CEF
acumulou 3.581 queixas e índice de 48,59.
Sobre os principais motivos de reclamação, a liderança
ficou com as irregularidades relativas à confiabilidade, segurança, sigilo ou
legitimidade, com 1.915 queixas procedentes. Em segundo lugar está o débito em
conta de depósito não autorizado, que recebeu 1.806 reclamações.
A restrição à realização de portabilidade de operação de
crédito ocupou o terceiro lugar, com 1.660 queixas. Por fim, a cobrança de
tarifa por serviços não contratados e insatisfação com a resposta recebida de
reclamação vieram em quarto e quinto lugar, respectivamente, com 838 e 679
reclamações. No total, houve 16.076 queixas procedentes no segundo semestre do
ano passado.
►A VOLTA DA ESTAGFLAÇÃO
Os investidores e analistas do mercado financeiro elevaram
para 7,01% a projeção de inflação para 2015, medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). O teto da meta da equipe econômica é 6,5%. O mercado
também reduziu a projeção de crescimento da economia este ano de 0,13% para
0,03%, próximo de zero. As estimativas pioraram pela quinta semana consecutiva.
Os dados são do boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central (BC). O
boletim Focus da
última semana também voltou a elevar estimativa para os preços administrados,
que sofrem algum tipo de influência do governo. De 8,7%, a projeção passou a
9%. Inflação em alta e crescimento próximo do Zero significa a volta da
Estagflação, uma soma da estagnação da econômia com inflação em alta.
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Lojas vazias e desânimo na industria |
Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão
para 2015 permanece em 12,5% ao ano. Em reunião nos dias 21 e 22 de janeiro, o
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto
percentual, de 11,75% para 12,5% ao ano.
A projeção de câmbio foi mantida em R$ 2,80. A estimativa
da dívida líquida do setor público ficou em 37% do Produto Interno Bruto (PIB,
soma dos bens e serviços produzidos no país). A projeção do déficit em
conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, seguiu em US$ 78
bilhões.
O saldo projetado para a balança comercial, que havia sido
reduzido para US$ 4,5 bilhões, voltou a alcançar o patamar de US$ 5 bilhões. Os
investimentos estrangeiros estimados passaram de US$ 60 bilhões para US$ 59,2
bilhões. Já previsão de crescimento da produção industrial caiu de 0,69% para
0,5%.
O Focus é
uma pesquisa semanal do Banco Central. As estimativas divulgadas hoje são
avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
►VOLTA ÀS AULAS NAS
NUVENS
A inflação referente aos gastos escolares aumentou o dobro
da variação geral de preços, conforme divulgou hoje (2) a Fundação Getúlio
Vargas. O material escolar registrou alta de 1,88%, contra 0,90% do ano
passado. Os livros didáticos ficaram com 1,81%, contra 0,22% de janeiro de
2014. Os livros não didáticos também aumentaram, com alta de 0,96%, enquanto,
no início do ano passado, a inflação atingiu 0,12%.
A maior inflação foi registrada nos cursos formais, que
incluem os ensinos fundamental, médio e elementar, com 6,29% em janeiro. A alta
foi menor que a registrada no ano anterior, de 6,62%.
Os cursos não formais, de inglês e informática, também
tiveram inflação menor, caindo de 2,82%, em janeiro do ano passado, para 1,79%
no primeiro mês deste ano. O mesmo comportamento foi registrado no transporte
escolar, que teve inflação de 4,35% no início do ano passado e de 3,28% este
ano.
Todos os demais índices tiveram aumento da inflação. Bares e
lanchonetes foi outro item com variação acima de 2014, com alta de 1,30% em
janeiro de 2015, 0,42 ponto percentual superior ao 0,88% registrado em 2014.
Em 12 meses, os gastos escolares acumulam alta de 9,39%,
enquanto a inflação completa soma 6,87% no IPC da Fundação Getúlio Vargas. O
item bares e lanchonetes teve a maior variação total, de 11,17%, e os livros
didáticos a menor em 12 meses, com 3,28%. (ABr)
►CARESTIA BATE OS 7,66%
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, apresentou
variação de 1,73%, com alta de 0,22 ponto percentual em relação à semana
anterior. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,73% no ano e de 7,66%
nos últimos 12 meses.
Quatro dos oito componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de
variação. A maior contribuição partiu do grupo educação, leitura e
recreação (de 2,63% para 4,15%). Entre os tipos de despesas desse grupo,
os cursos formais tiveram alta significativa, passando de 6,29% para 9,19%.Apresentaram elevação, além disso, transportes (de 1,76% para 2,39%), habitação (de 1,85% para 2,01%) e despesas diversas (de 1,44% para 1,96%). Para cada uma dessas despesas, destacam-se a tarifa de ônibus urbano (de 6,7% para 9,18%), os custo com empregados domésticos (de 1,31% para 1,84%) e os cigarros (de 2,18% para 3,34%), respectivamente.
Registraram decréscimo, por sua vez, os grupos alimentação (de 1,72% para 1,64%), vestuário (de -0,06% para -0,44%), saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para 0,3%) e comunicação (de 0,57% para 0,52%). Nessas classes de despesa, destacam-se carnes bovinas (de 2,54% para 1,23%), roupas (de -0,27% para -0,79%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,54% para -0,94%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 1,77% para 1,2%), nessa ordem. (Com Agência Brasil).
►UM REFRESCO PARA O
ETANOL
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercandante, e
representantes do setor sucroalcoleiro acertaram hoje (2), uma proposta para
aumentar de 25% para 27% a adição de etanol anidro na gasolina comum, conforme
informou a presidenta da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica),
Elizabeth Farina. Pelo cronograma discutido, a mudança passaria a valer a
partir do dia 15 de fevereiro. A proposta ainda precisa ser aprovada pela
presidenta Dilma Rousseff.
Elizabeth Farina (foto) revelou que o acordo era muito aguardado
pelo setor sucroalcoleiro. “Foi um acordo que o ministro Mercadante disse que
levará à presidenta Dilma amanhã (3). O cronograma proposto é que se inicie o
aumento da mistura a partir de 15 de fevereiro. Os testes realizados sobre
emissão, consumo e dirigibilidade não trouxeram mudanças significativas”,
salientou a presidenta da Unica.
A princípio, será mantido o percentual de 25% para a
gasolina aditivada. De acordo com o presidente da Associação Nacional de
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, a intenção é que, em
breve, o percentual aumente para 27,5% para as gasolinas comum e a premium.
Segundo ele, ainda é preciso concluir testes para adotar os 27,5% para os dois
tipos de combustível.
Conforme a presidenta da Unica, a expectativa é que o
percentual de 27% de etanol na gasolina comum gere uma demanda de mais 1 bilhão
de litros por ano. Ela afirmou que o setor tem capacidade para atender o
aumento na demanda.
Também participaram da reunião representantes do Ministério
de Minas e Energia e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior.
►A DIFÍCIL RECONSTRUÇÃO
DE PETRÓPOLIS
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio
da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis, ajuizou ação
civil pública em face do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Estado do
Rio de Janeiro para obrigá-los a reconstruir seis pontes que ficaram destruídas
após tragédia provocada pelas chuvas de janeiro de 2011.
De acordo com a ação, o Ministério das Cidades destinou,
por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, R$ 75,8 milhões para o
Estado do Rio recuperar o Vale do Cuiabá. Entre as obras necessárias, estava a
reconstrução das pontes, que ficou a cargo do Inea. O recurso é liberado
mediante o cumprimento de regras estipuladas pela União, como apresentação de
projeto e cronograma de obra. Como o instituto e a Secretaria Estadual de Obras
não cumpriram os requisitos, o dinheiro permanece retido na Caixa Econômica
Federal.
O MP requer que sejam construídas pontes no ponto final do
Vale do Cuiabá; no acesso ao loteamento Santo Antônio da Providência; na
entrada do Vale da Lua, na estrada que liga Petrópolis e Teresópolis; em dois
lugares sobre o Rio Carvão, na interseção entre a Estrada do Gentio com a Rua
Santa Clara e na Estrada das Arcas; e sobre o córrego do brejal, na Estrada dos
Albertos.
►FAMÍLIAS SOB RISCO 4
ANOS DEPOIS
O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) promoveu, na
tarde de quinta-feira (29), reunião com o Município de Teresópolis
objetivando um acordo, a ser formalizado por meio de termo de ajustamento
de conduta (TAC), que garantirá a construção de 50 unidades residenciais e
a consequente retirada de famílias de área de risco na comunidade da Ilha do
Caxangá. Será instaurado Inquérito Civil para acompanhar a elaboração e
implantação de projeto de reurbanização e remoção das famílias em situação de
risco na comunidade teresopolitana.
O encontro foi coordenado pelo promotor de Justiça Bruno
Rinaldi Botelho, da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo
Teresópolis. Participaram a procuradora de Justiça do MPRJ Denise Muniz de
Tarin, coordenadora da campanha Morte Zero, o assessor jurídico do MPRJ
Eduardo Caetano de Souza e representantes da Procuradoria-geral do Município de
Teresópolis, do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e da Associação de
Vítimas das Chuvas de 12 de Janeiro de 2011 em Teresópolis (AVIT). Foi
determinada a realização de uma vistoria conjunta, a ser realizada no dia 23 de
fevereiro, que contará com a participação do INEA e da Secretaria de Meio
Ambiente e Defesa Civil.
Após quatro anos da tragédia na Região Serrana, que deixou
mais de 900 mortos, 300 desaparecidos e 30 mil desalojados, Teresópolis
ainda não recebeu qualquer moradia para as famílias. O Projeto Morte Zero foi
lançado pelo MPRJ com o objetivo de mobilizar a sociedade na adoção de
procedimentos de segurança a serem seguidos em épocas de chuvas, além de
promover campanhas de conscientização para adoção de medidas preventivas e de
aproximar movimentos sociais do poder público na adoção de soluções. Estão
previstas ações até o fim de março de 2015.
►CARTÃO DE PONTO PARA MÉDICOS E DENTISTAS
O Ministério Público Federal em Campo Formoso (MPF/BA)
recomendou às autoridades responsáveis pelo gerenciamento do Sistema Único de
Saúde (SUS), nos 36 municípios da subseção judiciária de Campo Formoso, a
instalação de registro eletrônico de frequência para médicos e odontólogos
vinculados aos programas do SUS na região. O prazo para o cumprimento da medida
encaminhada é de 60 dias.
De acordo com o documento, deve-se informar ao usuário do SUS, de forma clara e
objetiva, o nome de todos os médicos e odontólogos em exercício na unidade no
dia corrente, sua especialidade e o horário de início e término da jornada de
trabalho. Será necessário, também, publicizar o registro dos profissionais
disponíveis para consulta por meio de quadros que informem aos cidadãos quem
poderá atendê-los e qual horário possível.O procurador da República responsável pela recomendação, Elton Luiz Freitas Moreira, sinalizou a importância da disponibilização na internet do local e horário de atendimento dos médicos que ocupem cargos públicos vinculados, de qualquer modo, ao SUS.
As recomendações são orientações formais enviadas pelo MPF para que instituições ou seus responsáveis cumpram determinados dispositivos constitucionais ou legais, buscando evitar um processo judicial para tanto. Caso os dispositivos não sejam cumpridos, o MPF pode adotar as medidas judiciais cabíveis.
►MEIO AMBIENTE ENCERRA PROJETO
EM XERÉM
Com ações para moradores de Xerém, no quarto distrito, a
secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias
encerrou sexta-feira (30), o projeto Caravana de Educação Ambiental, iniciado
dia 14 no Jardim Gramacho. Na praça do bairro Círculo Operário, crianças e
adolescentes assistiram palestras educativas e participaram de atividades de
educação ambiental. O evento contou com a presença do subsecretário de Educação
Ambiental e Biodiversidade, Leonardo Rocha e de técnicos da secretaria.
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As crianças aprenderam como fazer adubo em casa |
As atividades foram realizadas em parceria com as ONGs
Prima Verde e Tribo Full Coletivo Cultural.
Os participantes plantaram Ipê roxo e outras espécies na praça
e no entorno do conjunto residencial Circulo Operário. As crianças aprenderam
também a fazer compostagem caseira partindo do uso de um balde plástico e um
pedaço de cano de PVC e cascas de frutas e legumes. Renata Manhães,
ambientalista da Tribo Full responsável pela oficina de compostagem, disse que
as crianças se mostraram muito interessadas e que prometeram produzir a terra
nutritiva em suas casas. Também foram distribuídas mudas de plantas da mata
atlântica e frutíferas para os moradores do local.
O projeto Caravana de Educação Ambiental percorreu o
município nos dias 14,16 e 22, reunindo dezenas de moradores nos bairros Jardim
Gramacho, Campos Elíseos e Parque Lafaiete. Seus objetivos foram despertar
crianças e jovens para o debate ambiental e transmitindo informações sobre os
impactos causados pela ação dos homens. (Foto Ralff Santos),
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