quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

GRAÇA CAIU EM DESGRAÇA POR
TER CONFIRMADO O PETROLÃO 
A renúncia forçada da engenheira de petróleo Maria das Graças Foster não é consequência da roubalheira na Petrobrás, que ela presidia, mas decorrente da admissão pública, pela Diretoria da estatal, da existência do petrolão, cujos prejuízos foram avaliados, por baixo, em R$ 88 bilhões. 
A última aparição pública da
diretoria da Petrobrás sob o
comando de Graça Foster
Como norma padrão do PT, os ocupantes de cargos de confiança são proibidos de confirmar a existência de qualquer desvio de conduta nos órgãos que dirigem, de forma a preservar o próprio Governo. No caso do mensalão, por exemplo, nenhum dos envolvidos confirmou, em depoimento no Supremo, se Lula sabia, ou não, das transações ocorridas na Casa Civil da Presidência, ao lado do Gabinete de Lula, à época chefiado por José Dirceu. Os dirigentes dos bancos envolvidos acabaram condenados, enquanto o publicitário Marcos Valério foi condenado a cumprir 40 anos e 36 dias de prisão, além do pagamento de R$ 2.783.800 em multas.
No caso de Graça Foster, seu papel seria expurgar todos os chefes nomeados por seu antecessor, José Sérgio Gabrielle, nomeado e muito ligado a Lula, e sempre negar a existência do petrolão. A prova disto é que nas investigações internas da Petrobrás, foram denunciados os funcionários que, publicamente, confessaram a existência do esquema de desvio de dinheiro para fins escusos, como Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente da diretoria de Abastecimento, enquanto Paulo Roberto Costa, seu superior, pediu demissão e ainda ganhou um moção de aplausos do ex ministro Guido Mantega, então presidente do Conselho de Administração da estatal, em substituição a Dilma, que assumira a Presidência da República.
O desespero do Governo na procura por nomes do mercado para a direção da Petrobrás comprova que a demissão de Graça Foster não teve um processo normal, em que, diante dos sucessivos pedidos de demissão que ela fizera a Dilma, sua amiga particular, o governo não se interessou em buscar alguém com capacidade e coragem para segurar esse verdadeiro rabo de foguete atômico, capaz de liquidar com a credibilidade de qualquer um que assuma a presidência da empresa sem  total liberdade para indicar os demais diretores.
É público e notório que a presidente Dilma nunca abrirá mão de dar seus pitacos sobre a atuação de sus comandados, como já fez com os ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Joaquim Levy, da Fazenda.
Para piorar a situação, quem assumir a empresa nesta sexta-feira, será responsabilizado pelos prejuízos da Petrobrás e pelo petrolão, se, antes, não fizer uma efetiva auditoria, para identificar os erros e crimes já cometidos e seus autores, sob pena da nova Diretoria ir direto para o banco dos réus...nos EE. UU., onde correm processos movidos por acionistas minoritários que se dizem enganados pela Petrobrás por conta dos desvios de um montanha de dinheiro para os bolsos de meia dúzia de facínoras de colarinho branco.

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