DEPUTADA COBRA DETALHES DE

EMPRÉSTIMO DO BNDES A CUBA 

A deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ) encaminhou requerimento para que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, preste informações sobre os investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em obras de infraestrutura para a criação de um novo porto de cabotagem em Cuba, até recentemente “mantido sob sigilo pelo Poder Executivo”. A deputada lembra que, "enquanto o governo federal financia a obra cubana, o Brasil, potência agrícola, mantém portos inadequados, como é o caso do porto de Santos". 

“O porto de Santos, principal via de escoamento de produção, está assoreado a ponto de impedir que cargueiros de última geração, que exigem profundidades superiores a 14 metros, atraquem neste terminal, o que é uma situação dramática em nosso País”, comentou a parlamentar. Andreia Zito lembrou que o governo brasileiro investiu, no ano passado, apenas US$ 15,5 milhões nos portos brasileiros, quando colocou mais dinheiro na estrutura de Cuba. “A participação anual média do Brasil foi de US$ 227,4 milhões na construção do Porto de Mariel, por meio de empréstimo do BNDES”, comentou a parlamentar. 

A deputada tucana afirma que se trata de “um caso que deve ser levado ao conhecimento da sociedade com a transparência que se faz necessária para o bom entendimento de todo o povo brasileiro, no que se refere aos investimentos feitos pelo Brasil no exterior”.

Ela relembrou informações divulgadas pela imprensa sobre financiamento de obras por parte do BNDES em 15 países, sendo que três contratos (dois com Cuba e um com Angola) são considerados secretos.

“O governo, segundo relatos, tenta esconder informações, mas nós exigimos, como brasileiros que pagamos impostos e temos direitos, que se informe por que essas coisas estão acontecendo, quando nosso sistema portuário está péssimo”, disse Andreia Zito. “Aguardo as informações do Ministro para divulgar para a população, e não descansarei enquanto isso não ocorrer”, concluiu.