quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PARA ADVOGADO DE ATIVISTA O
CRIME FOI DE  LESÃO CORPORAL 
O advogado Jonas Tadeu Nunes revelou a tese da defesa do manifestante Fábio Raposo, de 22 anos, investigado pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos. Segundo o criminalista, o jornalista foi vítima de um explosivo durante a cobertura de uma manifestação na última semana e teve morte cerebral. Para defender o ativista, o advogado alegará lesão corporal gravíssima seguida de morte para se contrapor à acusação da Polícia Civil de homicídio qualificado.
“Para nós, houve uma lesão corporal gravíssima seguida de morte. Não há homicídio porque não existiu a vontade  livre e consciente de acender isso [o rojão] para atingir o jornalista”, disse Jonas Tadeu. Para ele, Fábio e os demais envolvidos deveriam responder por dolo eventual. “Passar um rojão é bem diferente de uma arma de fogo, que com certeza pode lesionar”.
O advogado espera, com a tese de lesão corporal, reduzir a pena do acusado. "Existe aí a imprudência, a negligência, porque eles poderiam ter acendido e usado aquilo de outra maneira, não estou eximindo eles de culpa ou responsabilidade”, completou o advogado.
Jonas Tadeu falou à imprensa ao deixar a 17ª Delegacia de Polícia, na zona norte do Rio. Ele esteve no local para dar à polícia referências de um intermediário que pode identificar mais um dos suspeitos de participar do lançamento do artefato que atingiu o cinegrafista. O advogado tenta também usar a tese da delação premiada para reduzir os agravantes do crime.Segundo ele, o delegado responsável pelo caso, Maurício Luciano, ainda não aceitou a oferta, mas que as justificativas da Polícia Civil para recusar serão questionadas na Justiça. (Isabela Vieira - Agência Brasil)

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