PARA ADVOGADO DE ATIVISTA O
CRIME FOI DE LESÃO CORPORAL
O advogado Jonas
Tadeu Nunes revelou a tese da defesa do manifestante Fábio Raposo, de 22 anos,
investigado pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos. Segundo o
criminalista, o jornalista foi vítima de um explosivo durante a cobertura de
uma manifestação na última semana e teve morte cerebral. Para defender o
ativista, o advogado alegará lesão corporal gravíssima seguida de morte para se
contrapor à acusação da Polícia Civil de homicídio qualificado.
“Para nós, houve uma
lesão corporal gravíssima seguida de morte. Não há homicídio porque não existiu
a vontade livre e consciente de acender isso [o rojão] para atingir o
jornalista”, disse Jonas Tadeu. Para ele, Fábio e os demais envolvidos deveriam
responder por dolo eventual. “Passar um rojão é bem diferente de uma arma de
fogo, que com certeza pode lesionar”.
O advogado espera,
com a tese de lesão corporal, reduzir a pena do acusado. "Existe aí a
imprudência, a negligência, porque eles poderiam ter acendido e usado aquilo de
outra maneira, não estou eximindo eles de culpa ou responsabilidade”, completou
o advogado.
Jonas Tadeu falou à
imprensa ao deixar a 17ª Delegacia de Polícia, na zona norte do Rio. Ele esteve
no local para dar à polícia referências de um intermediário que pode
identificar mais um dos suspeitos de participar do lançamento do artefato que
atingiu o cinegrafista. O advogado tenta também usar a tese da delação premiada
para reduzir os agravantes do crime.Segundo
ele, o delegado responsável pelo caso, Maurício Luciano, ainda não aceitou a
oferta, mas que as justificativas da Polícia Civil para recusar serão
questionadas na Justiça. (Isabela
Vieira - Agência Brasil)
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