quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Estratégia do governo é impedir a investigação na CPI mista da Petrobras



CPMI PEDE AO STF DOCUMENTOS
SOBRE A OPERAÇÃO LAVA JATO 
O presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki que seja autorizada a vinda do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa a Brasília para depoimento marcado para a próxima quarta-feira (17).
O pedido foi encaminhado ao STF na manhã desta quinta (11), porque o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, que determinou a prisão de Paulo Roberto, explicou à CPI que a decisão cabe ao ministro do Supremo. A expectativa da CPI é que a resposta de Teori Zavascki chegue ainda nesta tarde.
Apenas com autorização do ministro do Supremo é que será possível confirmar o depoimento de Paulo Roberto Costa na quarta-feira que vem. No entanto, como já alertou o líder do PT no Senado Humberto Costa (PE), há a possibilidade de o ex-diretor da Petrobras se recusar a responder as perguntas, uma vez que uma das regras para o benefício da delação premiada é a manutenção do sigilo. Além disso, como ressaltou o relator da CPI Mista, deputado Marco Maia (PT-RS), há a possibilidade de a sessão, se acontecer, ser secreta.
- A intenção é fazer uma sessão aberta. Agora isso pode ser pedido pelo próprio depoente. Dependendo das informações, de como o processo está funcionando na Justiça no Paraná, nós podemos optar por fazer ou não o depoimento dele de forma secreta. Mas a intenção é fazer de forma aberta, vamos trabalhar nessa direção, nessa perspectiva, nesse intuito.
Ao ministro Teori Zavascki também foi encaminhado pedido assinado pelo presidente e o relator da CPI Mista, solicitando cópias de todos os documentos em poder do Supremo Tribunal Federal com os depoimentos de Paulo Roberto Costa na condição de delação premiada. Pedido com o mesmo objetivo foi remetido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o governo está agindo para retardar os trabalhos da CPMI, mesmo tento indicado a maioria dos seus membros. Em entrevista {a TV-Senado, o senador paranaense, reafirmou que a estratégia do governo e atrasar os trabalhos de investigação, de modo a encerrar os trabalhos da CPMI no dia 14 de dezembro sem aprovação de um relatório conclusivo e isento. (Com a Agência Senado)

Nenhum comentário: