INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS VEEM
PIB CAINDO E INFLAÇÃO
EM ALTA
A projeção de instituições financeiras para o crescimento
da economia brasileira, este ano, continua em queda. Pela 15ª semana seguida, a
pesquisa feita pelo Banco Central (BC) indica crescimento menor. Desta vez, a
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens
e serviços produzidos no país, passou de 0,52% para 0,48%. Para 2015, a
estimativa segue em 1,1%. Essas projeções fazem parte da pesquisa semanal do BC
a instituições financeiras, sobre os principais indicadores econômicos.
A estimativa das instituições financeiras para a queda da
produção industrial passou de 1,70% para 1,98%, este ano. Para 2015, a projeção
de crescimento caiu de 1,70% para 1,50%, em 2015.
Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal
(IPC-S) subiu de 0,12% para 0,21%, na primeira prévia de setembro. A pesquisa
feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas
(Ibre/FGV) mostra que sete dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos.
A maior pressão foi do grupo alimentação (de 0,13% para 0,29%), com destaque
para as frutas (de 0,99% para 2,30%).
Os cinco itens que mais pressionaram o índice foram:
aluguel residencial (0,64%); plano e seguro de saúde (0,73%); leite tipo longa
vida (3,22%); tangerina (mexerica) (28,40%); refeições em bares e restaurantes
(0,32%). Em sentido contrário, as principais baixas foram: tarifa de telefone
residencial (-2,43%); batata-inglesa (-16,16%); massas preparadas e congeladas
(-4,40%); tomate (-5,85) e a tarifa de ônibus urbano (-0,31%).
A projeção de instituições financeiras para a inflação,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de
6,27% para 6,29%, este ano, de acordo com pesquisa feita semanalmente pelo
Banco Central (BC). Para 2015, a estimativa segue em 6,29%.
Na última sexta-feira (5), o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA chegou a 6,51% em 12 meses,
encerrados em agosto, acima do teto da meta, que é 6,5%. O centro da meta de
inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5%.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade
econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o
objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque
os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o
Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato,
com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a
inflação. E quando mantém a taxa básica, como fez na semana passada, o comitê
indica que elevações anteriores foram suficientes para produzir os efeitos
esperados na inflação. Atualmente, a Selic foi mantida em 11% ao ano pelo
Copom.
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