PETROLEIROS COBRAM EXPLICAÇÕES
SOBRE AS DENÚNCIAS DE EX
DIRETOR
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras
(Aepet), Silvio Sinedino, vai propor ao conselho de administração da estatal,
que se reúne nesta sexta-feira (12), a inclusão, na pauta, da apuração das
denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada.
Esse benefício legal é concedido a criminosos que aceitem colaborar na
investigação ou a entregar seus companheiros. Representante eleito dos
funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Silvio Sinedino disse
hoje (9) à Agência Brasil que a
diretoria executiva da empresa tem de se pronunciar sobre as acusações de
Costa. “Ela não pode ficar se fingindo de morta, como se nada estivesse
acontecendo. A diretoria tem que dar explicações ao conselho”, apontou.
Em nota divulgada ontem (8) à imprensa, a Petrobras informou ter solicitado à Justiça acesso às informações
prestadas à Polícia Federal por seu ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto
Costa. No depoimento, Costa citou diversos nomes de políticos entre os
envolvidos em esquemas de corrupção dentro da companhia. A Petrobras não quis,
entretanto, comentar as informações nem falar sobre as investigações em cursoNo depoimento, Costa citou diversos nomes de políticos entre os
envolvidos em esquemas de corrupção dentro da companhia. A Petrobras não quis,
entretanto, comentar as informações nem falar sobre as investigações em curso.
O presidente da Aepet defendeu que a direção da Petrobras
deve apurar as denúncias também no âmbito interno. “Ela não tem poder de
polícia, mas muita coisa pode tentar apurar”, reiterou. Ele acrescentou que
mais funcionários da estatal podem estar envolvidos: “Se ele [Paulo Roberto
Costa] for culpado, não está nesse esquema sozinho. Pode procurar dentro da
empresa, que vai achar mais gente”.
Sinedino reiterou a posição da Aepet para que seja
apurada qualquer denúncia de corrupção na empresa. Ressaltou que a apuração
pelo conselho de administração tem de ser feita em prazo célere, devido à
emergência que o caso requer, inclusive porque os trabalhadores estão
constrangidos com a situação. “Quando a pessoa sabe que algum trabalhador é
petroleiro, acha que pode ser corrupto, o que não é bem o caso”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário