terça-feira, 9 de setembro de 2014

PETROLEIROS COBRAM EXPLICAÇÕES
SOBRE AS DENÚNCIAS DE EX DIRETOR 
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Silvio Sinedino, vai propor ao conselho de administração da estatal, que se reúne nesta sexta-feira (12), a inclusão, na pauta, da apuração das denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada. Esse benefício legal é concedido a criminosos que aceitem colaborar na investigação ou a entregar seus companheiros. Representante eleito dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Silvio Sinedino disse hoje (9) à Agência Brasil que a diretoria executiva da empresa  tem de se pronunciar sobre as acusações de Costa. “Ela não pode ficar se fingindo de morta, como se nada estivesse acontecendo. A diretoria tem que dar explicações ao conselho”, apontou.
Em nota divulgada ontem (8) à imprensa, a Petrobras informou ter solicitado à Justiça acesso às informações prestadas à Polícia Federal por seu ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. No depoimento, Costa citou diversos nomes de políticos entre os envolvidos em esquemas de corrupção dentro da companhia. A Petrobras não quis, entretanto, comentar as informações nem falar sobre as investigações em cursoNo depoimento, Costa citou diversos nomes de políticos entre os envolvidos em esquemas de corrupção dentro da companhia. A Petrobras não quis, entretanto, comentar as informações nem falar sobre as investigações em curso.
O presidente da Aepet defendeu que a direção da Petrobras deve apurar as denúncias também no âmbito interno. “Ela não tem poder de polícia, mas muita coisa pode tentar apurar”, reiterou. Ele acrescentou que mais funcionários da estatal podem estar envolvidos: “Se ele [Paulo Roberto Costa] for culpado, não está nesse esquema sozinho. Pode procurar dentro da empresa, que vai achar mais gente”.

Sinedino reiterou a posição da Aepet para que seja apurada qualquer denúncia de corrupção na empresa. Ressaltou que a apuração pelo conselho de administração tem de ser feita em prazo célere, devido à emergência que o caso requer, inclusive porque os trabalhadores estão constrangidos com a situação. “Quando a pessoa sabe que algum trabalhador é petroleiro, acha que pode ser corrupto, o que não é bem o caso”, concluiu.

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