BLOCO VAI ABRIGAR BIBLIOTECA
DESATIVADA POR SÉRGIO CABRAL
Por questões políticas ou de
caráter pessoal, a coordenação da Agência Metropolitana V, responsável pela
coordenação das rede estadual no município, interditou em março o projeto de
inserção social que a Ong Guadá vinha realizado há mais de 20 anos na Escola
Estadual Guadalajara, no bairro Olavo Bilac, uma das mais de 50 escolas
estaduais construídas no município no primeiro Governo Moacyr do Carmo
(1967-1971), em parceria com o governador Jeremias Fontes. O projeto já
alcançava outras 18 escolas da região. Além de lacrar as duas salas ocupadas
pela Ong e proibir o acesso dos professores do projeto, a coordenação da
Agência V destruiu a biblioteca, formado ao longo de duas décadas pela
dedicação de professores e dos pais de alunos.
Até uma manifestação na Praça
do Olavo Bilac foi organizada para levantar fundos e livros para recompor a
biblioteca. Graças ao apoio de uma multinacional, que sempre ajudou o projeto,
o acervo já foi praticamente restaurado e, o que é melhor, o Bloco Carnavalesco
Império do Gramacho abriu as portas da sua sede para abrigar a Biblioteca.
Assim, de mãos dadas com alunos, professores e pais a biblioteca será reaberta
até o final do mês. Para professores e pais, o único crime cometido pela Escola
Guadalajara – imperdoável aos olhos dos burocratas que comandam a Secretaria de
Educação do Estado – foi o de ser premiada pela Unesco no Governo Lula como uma
das 14 melhores escolas do País pela qualidade do ensino e a participação da
escola no desenvolvimento da comunidade.
Mais uma vez, a união de
professores, alunos, pais e amigos da Escola Guadalajara venceram o preconceito
e a burocracia que atrapalha a Educação em nosso Pais, onde quase 14 milhões
continuam analfabetos.
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