GREVE REDUZ A PRODUÇÃO NA
REFINARIA DUQUE DE CAXIAS
A
Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, está operando
com menos da metade do seu efetivo, no segundo dia da greve nacional dos petroleiros.
Não houve troca de turno a zero hora de hoje e os funcionários foram impedidos
de entrar na refinaria. Além disso, um acampamento montado em frente ao portão
principal da refinaria chama atenção para a greve. Apenas 2 mil funcionários,
de um total de 7 mil, conseguiram trabalhar hoje (18).
Segundo o
presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, Simão Zanardi,
cerca de 110 trabalhadores estão retidos na Reduc. A greve teve adesão de 60%
dos funcionários do setor administrativo, o que corresponde a 400 funcionários.
O sindicato proibiu a entrada de caminhões e carros na refinaria e, com isso, a
venda de produtos como enxofre e óleos combustíveis está suspensa, segundo o
sindicalista.
De acordo com
informações do sindicato, está paralisada a produção de óleo
lubrificante, considerado não essencial para a população. Ainda de acordo com o
sindicato, foi pedida a manutenção em 30% do bombeio de gás e óleo. A Reduc é
uma das maiores refinarias do Brasil em capacidade instalada de refino de petróleo.
Os petroleiros em
greve pedem a suspensão do leilão do Campo de Libra, marcado para a próxima
segunda-feira (21). A categoria também é contra a terceirização de mão de obra,
e reivindica aumento de 16,53% no salário-base.
"Não
permitiremos que o petróleo seja entregue à China ou seja lá quem for. O
petróleo é nosso, tem um valor muito grande, ele precisa ser aplicado aqui, em
educação e saúde. E não para atender a interesses políticos", disse
Zanardi.
Em nota
divulgada ontem, a empresa informa que não dará opinião sobre os motivos da
greve dos funcionários iniciada na quinta-feira. Os trabalhadores são contra o
leilão do Campo de Libra e o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a
terceirização de mão de obra.
A Petrobras diz
ter proposto aumento de 7,68% e benefícios como plano de saúde, melhorias nas
condições de trabalho, além de propostas educacionais. A empresa afirma
"estar aberta ao processo de negociação com entidades sindicais sobre o
Acordo Coletivo de Trabalho 2013". (ABr)
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