CAIXA D'ÁGUA ABANDONADA PELA CEDAE AMEAÇA MORADORES DE XERÉM
No dia 6 de agosto, isto é, há
mais de 4 meses, denunciamos o abandono, por parte da Cedae, de um reservatório
com capacidade para cerca de dois milhões de litros, que antes abastecia a
empresa Ciferal, uma montadora de ônibus do grupo gaúcho Marcopolo. Esta
semana, consultamos algumas lideranças comunitárias do 4º Distrito e a resposta
é que nada foi feito até agora, quer por parte da Defesa Civil, quer pela
própria Cedae, apesar de Xerém contar com pelo menos dois representantes na
Câmara de Vereadores, um deputado estadual e outro federal (são irmãos), ambos
ligados ao Governo do Estado e com poder de nomear e demitir servidores da
Cedae, inclusive seu presidente, pelo crime de omissão.
“O vídeo de um reservatório abandonada no meio da mata
em Xerém, com cerca de dois milhões de litros d’água armazenados, mas com
rachaduras e vazamentos, não mereceu da Cedae, do Inea, muito menos da
Secretaria do Ambiente do Estado qualquer explicação, mas uma nota distribuída
pela montadora de carrocerias para ônibus Marcopolo/Ciferal, que seria usuária
desse antigo reservatório, aponta a Cedae como sua dona.
Na
carta, assinada pelo advogado Ricardo Santos de Paula, assessor jurídico da
montadora, fica esclarecida a responsabilidade da Cedae por qualquer incidente
envolvendo o reservatório, que está cercado pelo mato numa demonstração de que
a estatal não zela pelo seu próprio patrimônio, nem se preocupa com a vida das
pessoas que moram em Xerém, que acabam de passar por um grande susto com o
rompimento de uma velha represa em janeiro, onde um empregado da Cedae foi
arrastado pela enxurrada.
Na
correspondência, o assessor jurídico da Marcopolo/Ciferal afiram que “temos
ciência dos problemas do reservatório e por ser uma das consumidoras da água do
reservatório, buscamos junto a CEDAE uma solução. Inclusive houve uma reunião
na sede da Ciferal junto com a Diretoria da CEDAE para que a mesma apresente
resposta e solução dos problemas. Houve também uma reunião na sede da CEDAE no
dia 19/06, onde foi informado ao Sr. Marcelo Valadares Nowaski, também através
de fotos, as condições que o reservatório se encontra, destacando os vazamentos
existentes nas paredes do mesmo, e este material se encontra de posse do Sr.
Marcelo Ferreira Marques e até o presente momento, tanto a Ciferal como os
demais consumidores da água do reservatório aguardam um posicionamento formal
da CEDAE.
O assessor jurídico da Marcopolo/Ciferal informa ainda, que no dia 15/07/2013, a Defesa Civil esteve na sede da Ciferal, na pessoa do Coordenador Operacional Sr. Moises, solicitando informações sobre a localização do reservatório, e após serem acompanhados até o local pelos prepostos da Ciferal, Srs. Zigomar e José Augusto, realizaram uma inspeção e levantamento fotográfico das condições do mesmo, e informaram que um relatório da inspeção seria encaminhado a CEDAE. A Defesa Civil se comprometeu a emitir um documento dirigido a CEDAE para que esta adote todos os procedimentos para conserto e manutenção periódica do reservatório. Que a Defesa Civil tem conhecimento de que é a CEDAE a única responsável pelo reservatório”.
O assessor jurídico da Marcopolo/Ciferal informa ainda, que no dia 15/07/2013, a Defesa Civil esteve na sede da Ciferal, na pessoa do Coordenador Operacional Sr. Moises, solicitando informações sobre a localização do reservatório, e após serem acompanhados até o local pelos prepostos da Ciferal, Srs. Zigomar e José Augusto, realizaram uma inspeção e levantamento fotográfico das condições do mesmo, e informaram que um relatório da inspeção seria encaminhado a CEDAE. A Defesa Civil se comprometeu a emitir um documento dirigido a CEDAE para que esta adote todos os procedimentos para conserto e manutenção periódica do reservatório. Que a Defesa Civil tem conhecimento de que é a CEDAE a única responsável pelo reservatório”.
Com a chegada
do verão e da temporada de chuvas torrenciais na região, os moradores de Xerém,
região atingida pelo temporal da primeira semana de janeiro, temem, com justo
motivo, que a tragédia se repita. Se isso acontecer, não adianta acionar
sirenes de alerta, pois muita água vai rolar morro abaixo e o rio Capivari, que
corta a região, mais uma vez, levará de roldão árvores, pedra e até vidas
preciosas.
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