domingo, 5 de janeiro de 2014

PREFEITURA COLOCA AS VIGAS
DA NOVA PONTE DE XERÉM 
Um ano depois da tragédia de Xerém, que matou duas pessoas e deixou desabrigadas, apenas com a roupa do corpo, centenas de famílias, a prefeitura inicia nesta segunda-feira (6) a colocação das vigas de concreto que irão sustentar o tabuleiro da nova ponte sobre o rio João Pinto, também conhecido como Capivari, que irá substituir a que foi arrastada pelas águas do rio na madrugada do dia 2 de janeiro de 2013.  Até agora, apenas uma parte das famílias desabrigadas foram aquinhoadas com unidades do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, em dois conjuntos em construção no bairro Nossa Senhora do Carmo, na divisa do município com Belford Roxo e próximo à estação de Gramacho. Algumas dezenas de famílias, no entanto, continuam morando em barracos improvisados às margens do rio, pois não aceitaram a oferta do governo de serem transferidas para outro loca, enquanto o governo insiste em aproveitar as margens do rio para construir uma nova avenida, o que impediria a construção de novas casas em local de risco e facilitaria a dragagem e limpeza do João Pinto, onde uma represa da Cedae se rompeu com as chuvas e agravou o desastre.
Apesar de tudo, os moradores de Xerém tiveram melhor sorte que as vítimas de desmoronamentos em Angra dos Reis, (2010), Morro do Bumba, em Niterói (2010) e região serrana (2011) , cujas obras de reconstrução, a cargo do Governo do Estado (EMOP), andam a passos lentos e sem projetos executivos concluídos.
No caso do Morro do Bumba (foto), um imenso lixão desativado pela Prefeitura de Niterói e ocupado por centenas de famílias nos últimos 20 anos, pelo menos dois blocos do conjunto em construção para abrigar essas famílias foram demolidos pela empresa responsável pela sua construção, pois apresentavam rachaduras nas paredes antes mesmo da colocação do reboco. A Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação dos do “Minha Casa, Minha Vida”  para essas obras, lavou as mãos, afirmando em nota oficial, que apenas se comprometera a financiar as famílias que iriam morar no local, não tendo nenhuma responsabilidade pela qualidade das obras.
No caso da região serrana, o Ministério Público Federal e estadual abriram investigação sobre um possível desvio de recursos através de licitações fraudulentas, o que custou o cargo ao prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlaceck, cassado por unanimidade pela Câmara de Vereadores. No caso de Duque de Caxias, embora os recursos sejam do Governo Federal, as obras seguem sob a responsabilidade do prefeito Alexandre Cardoso e da secretaria de Obras do município.

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