PREFEITURA COLOCA AS VIGAS
DA NOVA PONTE DE XERÉM
Um ano depois da tragédia de Xerém, que matou duas
pessoas e deixou desabrigadas, apenas com a roupa do corpo, centenas de
famílias, a prefeitura inicia nesta segunda-feira (6) a colocação das vigas de
concreto que irão sustentar o tabuleiro da nova ponte sobre o rio João Pinto,
também conhecido como Capivari, que irá substituir a que foi arrastada pelas águas
do rio na madrugada do dia 2 de janeiro de 2013. Até agora, apenas uma parte das famílias
desabrigadas foram aquinhoadas com unidades do projeto “Minha Casa, Minha
Vida”, em dois conjuntos em construção no bairro Nossa Senhora do Carmo, na
divisa do município com Belford Roxo e próximo à estação de Gramacho. Algumas
dezenas de famílias, no entanto, continuam morando em barracos improvisados às
margens do rio, pois não aceitaram a oferta do governo de serem transferidas
para outro loca, enquanto o governo insiste em aproveitar as margens do rio
para construir uma nova avenida, o que impediria a construção de novas casas em
local de risco e facilitaria a dragagem e limpeza do João Pinto, onde uma
represa da Cedae se rompeu com as chuvas e agravou o desastre.
Apesar de tudo, os moradores de Xerém tiveram melhor
sorte que as vítimas de desmoronamentos em Angra dos Reis, (2010), Morro do
Bumba, em Niterói (2010) e região serrana (2011) , cujas obras de reconstrução,
a cargo do Governo do Estado (EMOP), andam a passos lentos e sem projetos
executivos concluídos.
No caso do Morro do Bumba (foto), um imenso lixão desativado
pela Prefeitura de Niterói e ocupado por centenas de famílias nos últimos 20
anos, pelo menos dois blocos do conjunto em construção para abrigar essas
famílias foram demolidos pela empresa responsável pela sua construção, pois
apresentavam rachaduras nas paredes antes mesmo da colocação do reboco. A Caixa
Econômica Federal, responsável pela liberação dos do “Minha Casa, Minha Vida” para essas obras, lavou as mãos, afirmando em
nota oficial, que apenas se comprometera a financiar as famílias que iriam
morar no local, não tendo nenhuma responsabilidade pela qualidade das obras.
No caso da região serrana, o Ministério Público Federal e
estadual abriram investigação sobre um possível desvio de recursos através de
licitações fraudulentas, o que custou o cargo ao prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlaceck, cassado por unanimidade pela
Câmara de Vereadores. No caso de Duque de Caxias, embora os recursos sejam do
Governo Federal, as obras seguem sob a responsabilidade do prefeito Alexandre
Cardoso e da secretaria de Obras do município.
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