PSDB QUER DILMA
INELEGÍVEL ATÉ 2022
O PSDB entrou
com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a presidente
Dilma Rousseff, alegando a realização de propaganda eleitoral antecipada e
pedindo a abertura de investigação judicial para apurar possível abuso de poder
e uso indevido dos meios de comunicação. O partido afirma que, em duas
oportunidades no final de 2013, Dilma teria se “utilizado de recursos públicos
e de seu cargo para beneficiar a sua futura candidatura em detrimento da igualdade
de oportunidades entre os demais candidatos”. Detalhes das representações foram
divulgados pelo tribunal na noite desta quarta-feira (15).
O PSDB alega que
o pronunciamento de final de ano de Dilma configurou propaganda eleitoral
antecipada. Segundo divulgou o TSE nesta quarta-feira, a representação foi
protocolada dia 10. Os tucanos pedem inelegibilidade de Dilma por oito
anos, além da "cassação do registro ou diploma do candidato diretamente
beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do
poder de autoridade ou dos meios de comunicação".
A representação
também é dirigida à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Miriam
Belchior, à secretária de Gestão Pública (Segep) do MPOG, Lúcia Amorim de
Brito, e à ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da
Presidência da República, Helena Chagas.
No documento, o
partido afirma que as autoridades teriam violado os arts. 73, incisos I e II, e
74 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que tratam da proibição da prática
de condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos
nos pleitos eleitorais e do abuso de autoridade. Também apontam violação ao
art. 36 da mesma lei, segundo o qual “a propaganda eleitoral somente é
permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição”.
De acordo com o
PSDB, as condutas teriam sido praticadas em dois casos: envio de mensagem aos
e-mails de servidores públicos federais, no dia 23 de dezembro de 2013; e
pronunciamento à nação em rede nacional de rádio e televisão, no dia 29 do
mesmo mês.
Para o PSDB, a
mensagem configurou, na verdade, “evidente ato de promoção pessoal” e “claro
veículo de propaganda eleitoral”, com vistas a “colher benefícios eleitorais
para o pleito de 2014”.
Os tucanos
alegam no documento que, ao levantar informações pessoais do banco de dados de
servidores sob a guarda do MPOG, a presidente teria praticado abuso do poder
econômico e de autoridade, além de desvio de finalidade. Além disso, segundo o
partido, a Segep, órgão que enviou os e-mails, “é absolutamente incompetente
para a prática de atos de comunicação social da presidente da República”.
Quanto ao
pronunciamento feito pela presidente da República no dia 29 de dezembro de
2013, em rede nacional de rádio e televisão, o PSDB argumenta que Dilma
Rousseff novamente teria se valido do cargo para falar à nação sob o “pretexto
de desejar ao povo brasileiro um próspero ano de 2014”. Segundo a legenda, o
pronunciamento teria sido produzido e convocado pela ministra-chefe da Secom
também às “custas de recursos públicos” e com o objetivo de “conscientemente,
realizar verdadeiro ato de campanha eleitoral com vistas à reeleição ao cargo
que ocupa.
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