domingo, 23 de março de 2014

AÉCIO NEVES DIZ QUE A DEMISSÃO
DE DIRETOR DA BR FOI COVARDIA
 A decisão do Conselho Administrativo da Petrobras de exonerar, na sexta-feira (20) o diretor financeiro da BR Distribuidora, Néstor Cerveró, foi "covarde", criticou neste sábado (22) o senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência da República. Em evento na cidade paulista de Campos do Jordão, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele classificou a postura do governo de "terceirizar" a responsabilidade.
Cerveró é apontado como o responsável pela elaboração de um parecer "falho" e com "informações incompletas", conforme descrito em nota redigida pela presidente Dilma Rousseff, que serviu de base para justificar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras em 2006. A negociação é alvo de diversas investigações por suspeita de superfaturamento.
"Considero a simples decisão de afastamento do diretor financeiro da Petrobras uma decisão covarde do governo. Sem qualquer outra explicação, sequer sabemos se foi uma decisão da presidente da República este afastamento", disse Aécio. A Petrobras nem o governo deram mais detalhes sobre a destituição de Cerveró, que ocupava a diretoria financeira do braço logístico da estatal.
Aécio voltou a cobrar explicações de Dilma sobre o caso, assim como fez em discurso na tribuna do Senado na última quarta-feira (19) e ironizou ao cobrar uma admissão de culpa pela presidente: "o que queremos são explicações. Quem sabe não é o momento de a presidente da República, tão afeita a convocação de cadeia de rádio e televisão, venha a público dizer inclusive que errou", cobrou.
Para o senador tucano, o caso representa a privatização da Petrobras.
"O PT nos acusou durante décadas de querer privatizar a Petrobras. Quem privatizou a Petrobras foi o PT, levando a empresa a ter um prejuízo de R$ 200 bilhões. O que queremos, nós do PSDB, e falo eu como presidente do partido, é reestatizar a Petrobras, tirá-la das mãos de um agrupamento político que dela se apoderou, tirá-la das mãos de um partido político, para entregá-la de novo ao interesse do país", disse.

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