PARA PRESIDENTE DO TCU A COMPRA
DA REFINARIA FOI UM MAU NEGÓCIO
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU),
ministro Augusto Nardes, informou hoje que as investigações sobre a compra de
uma refinaria americana pela Petrobras já estão muito avançadas na corte, que
deve concluir os trabalhos ainda neste semestre.
“Pelas informações que nós temos, me parece que não foi
um bom negócio. Quem tem as informações mais completas é relator da matéria
[ministro José Jorge], então, não quero me antecipar, mas, com certeza, o
prejuízo para a nação brasileira foi bastante significativo”, disse Nardes.
Segundo o ministro, o TCU investiga o caso desde o ano
passado, quando ele e o relator José Jorge tiveram uma longa conversa com a
presidenta da Petrobras, Graça Foster.
Depois de conseguirem 28 assinaturas, uma mais que o
mínimo exigido, parlamentares de oposição, apoiados por alguns integrantes da
base aliada ao governo, protocolaram no Senado o requerimento de criação de uma
comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar operações envolvendo a Petrobras.
Uma delas é a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos.
“Em processo eleitoral, em pleno andamento de uma
campanha eleitoral, há um forte risco de um assunto tão importante com a
principal empresa do país [Petrobras], uma das maiores do mundo, ser colocada
em uma situação que não seria adequada. Portanto, nós vamos acompanhar. CPI é
uma prerrogativa legítima do Congresso”, destacou a ministra de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, que está deixando o cargo, onde será substituída
por Ricardo Benzoini.
Ideli disse que o governo está muito confiante de que
qualquer irregularidade será apurada e, se houver responsáveis, serão punidos.
“Para nós, o fundamental é que uma empresa do porte da Petrobras não seja
exposta a um palanque, a uma briga eleitoral, até porque as investigações estão
sendo feitas já há um certo tempo pelos órgãos que são reconhecidos, apoiados e
competentes “, disse a ministra, citando o Ministério Público, o Tribunal de
Contas, a Polícia Federal e os próprios órgãos de fiscalização do governo, como
a Controladoria-Geral da União.
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