PRESIDENTE DO PPS COMPARA
GOVERNO
DILMA AO PLANO CRUZADO DE
SARNEY
O deputado Roberto Freire,
presidente do PPS, trouxe para o debate político a expressão “estelionato
eleitoral”, que ele utilizou para qualificar a promessa da presidente Dilma
Rousseff, de reduzir as tarifas de energia elétrica em até 20% em 2013, sem se preocupar
se as empresas geradoras e distribuidoras tinham recursos disponíveis para
cobrir esse “rombo de caixa”. Para ilustrar o seu pensamento sobre
comportamento eleitoreiro do atual governo, Roberto Freire foi buscar na
história recente do País um exemplo mais do que doloroso, que foi o Plano
Cruzado do Governo de José Sarney, que passou o cargo ao presidente eleito
Fernando Collor de Melo com uma inflação de 85% nos prieemrios 15 dias de março
de
1990.
1990.
Em artigo publicado no diário
eletrônico “Brasil/247”, de sexta-feira (21), Freire explica o que seria o
estelionato eleitoral” de Dilma.
"Ao vender aos
brasileiros a ilusão da conta de luz mais barata, Dilma e o PT alimentaram uma
fantasia e potencializaram o desperdício de energia. Quando a estiagem tomou
conta do país, a presidente se absteve de encampar um movimento pelo consumo
consciente. O resultado, inapelável, é a média de cinco apagões por mês desde o
início de seu governo.
O estelionato
eleitoral nos remete ao fracasso do Plano Cruzado, lançado pelo presidente José
Sarney em 1986 para combater a inflação. Na época, o governo congelou os
preços, o que levou ao controle inflacionário nos primeiros meses. O
congelamento não foi revisto justamente por causa do processo eleitoral,
contrariando as recomendações de muitos economistas, inclusive de alguns
ligados ao governo. Com o passar do tempo, começou a faltar mercadoria nos
supermercados - já que muitos empresários retiraram seus produtos das
prateleiras porque não podiam reajustá-los -, resultando em desabastecimento e
na escalada da inflação. Ao fim e ao cabo, o uso político da economia trouxe um
enorme prejuízo ao país.
O setor elétrico
enfrenta, há anos, uma crise agravada recentemente pela falta de chuvas. O PT
chegou ao poder como crítico implacável dos equívocos cometidos por FHC na área
de energia, mas revelou despreparo e incompetência como nunca antes neste país
- para usar expressão ao feitio de Lula. Dilma, preocupada em não perder votos,
só adia uma tragédia anunciada, mas cedo ou tarde a bomba explodirá. E quem
pagará a conta, literalmente, será o povo brasileiro.
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