CRIAÇÃO DE MAIS DE 400 MUNICÍPIOS
VOLTA A SER VOTADO ESTA SEMANA
O Congresso Nacional decide, em sessão conjunta da Câmara
e do Senado, na próxima terça-feira (18), se mantém 12 vetos da presidenta
Dilma Rousseff a projetos de lei aprovados pelo Parlamento no ano de 2013. O
ponto mais polêmico é sobre o texto que facilita a criação de municípios,
vetado integralmente sob o argumento de que a nova lei aumentaria as despesas
públicas. O governo teme que quase 400 municípios sejam criados a partir das
novas regras.
Em fevereiro, na primeira sessão conjunta do Congresso,
os parlamentares não conseguiram chegar a uma acordo sobre os vetos. Pouco antes da abertura da sessão, houve
tumulto quando manifestantes municipalistas que queriam acompanhar a sessão das
galerias do plenário foram barrados pela Polícia Legislativa. Com receio de que
o veto fosse mantido, devido ao pequeno número de senadores presentes na
sessão, os parlamentares decidiram adiar a votação.
Já o governo, ante a possibilidade de ter o veto
presidencial derrubado, acenou com a possibilidade de apresentar uma proposta
alternativa ao projeto de criação de municípios. A ministra das Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, e o líder do PT no Senado, Humberto Costa
(PT-PE), entraram em campo para acalmar o ânimo dos parlamentares.
A proposta em negociação, segundo Costa, é manter o veto
da presidenta Dilma Rousseff sobre o projeto que já foi aprovado e que
facilitava a criação de municípios, para discutir o assunto em outro texto a
ser apresentado ao Legislativo. O texto vetado tramitou mais de dez anos no
Congresso. O veto total às regras definidas para criação de municípios é o
primeiro item da pauta. O governo prometeu enviar um texto alternativo antes do
início da sessão, prevista para as 19h. Se isso ocorrer, a proposta do Planalto
poderia começar a tramitar no Congresso antes, abrindo possibilidade para que a
decisão do veto presidencial prevaleça. A solução pode ser manter as regras
para situações no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e definir critérios mais
rigorosos para criação de novos municípios nas regiões Sul e Sudeste.
O autor da proposta, senador Mozarildo Cavalcante
(PTB-RR), garante que, pelos estudos feitos, o número de municípios criados não
passará de 180 e as despesas não serão elevadas. Segundo ele, boa parte das
despesas será coberta pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que terá
que ser apenas redistribuído.
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