MPF VAI APURAR DENÚNCIAS
DE PROPINAS NA PETROBRAS
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ)
vai abrir inquérito para apurar as denúncias de pagamentos de propinas a
empregados da Petrobras, feitos em vários países pela empresa holandesa SBM
Offshore.
A abertura de inquérito foi motivada pela representação
do deputado federal Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara dos Deputados,
apresentada à Procuradoria da República, determinada pelo procurador Renato
Silva de Oliveira, que levou em consideração relato de ex-funcionário da SBM
sobre o suborno publicado na Wikipedia, em outubro do ano passado.
A instauração da investigação se dá, no entendimento do
procurador, pela “existência da possibilidade de cometimento de crimes de peculato,
concussão e gestão fraudulenta ou temerária; de atos de improbidade
administrativa, importando enriquecimento ilícito e dano ao erário; além de
ilícitos contra acionistas – tudo por parte de empregados da Petrobras ou
agentes públicos”.
O Ministério Público entende que existe, em tese, a
possibilidade de crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa (no
caso dos representantes da SBM), violação de sigilo funcional e evasão de
divisas, entre outros. As penas para os crimes, individualmente, podem variar
de seis meses a 12 anos de reclusão.
Em seu despacho, o procurador Renato Silva de Oliveira
determina também a instauração de investigação criminal e o encaminhamento de
cópias do despacho ao Núcleo de Tutela Coletiva da própria Procuradoria da
República, às áreas de Patrimônio Público e à área de Defesa do Consumidor e da
Ordem Econômica.
As denúncias de envolvimento de empregados da estatal
brasileira em um esquema de propina, envolvendo a empresa holandesa, já estão
sendo alvo de inquérito na Polícia Federal e têm como base determinação do
Tribunal de Contas da União (TCU) para a realização da auditoria nos contratos
firmados entre a Petrobras e a SBM Offshore.
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