GOVERNO GARANTE: O RISCO
DE NOVO APAGÃO É DE 5%
Após reunião, nesta terça-feira (18), que durou de mais
de quatro horas, entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e técnicos
do governo, representantes do Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase)
saíram convencidos de que o momento atual do setor não é tão grave quanto
imaginavam. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Grandes
Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), Paulo
Pedrosa, o governo argumentou que os recursos atuais são suficientes para dar
tranquilidade até o final do ano, e não há como fazer uma análise completa
antes do final do período chuvoso.
“O que nos foi
mostrado hoje (18), nas melhores avaliações do modelo, é que o risco da
possibilidade de algum corte de cargas [de energia] é pequeno, comparável às
premissas do setor elétrico, e não extremamente diferentes ou alarmantes, mas
limitados, no caso de acontecer, a uma redução de carga que aconteceria sem
impacto para a economia”, disse Pedrosa.
No início do mês, o mesmo grupo entregou uma carta ao
Ministério de Minas e Energia, manifestando preocupação em relação ao nível dos
reservatórios das hidrelétricas. As entidades avaliaram, na época, que a
situação do setor elétrico era delicada e merecia cautela. No início do mês, o
mesmo grupo entregou uma carta ao Ministério de Minas e Energia, manifestando
preocupação em relação ao nível dos reservatórios das hidrelétricas. As
entidades avaliaram, na época, que a situação do setor elétrico era delicada e
merecia cautela. Segundo Pedrosa, os números que foram apresentados hoje falam
em probabilidades de 2% a 3% de perspectivas de racionamento, sendo que o setor
elétrico já trabalha permanentemente com um risco de 5%. Pedrosa também
explicou que, no setor elétrico, a possibilidade de racionamento “faz parte do
jogo”.
“Se não fosse assim, teríamos uma energia caríssima. Isso
não é algo alienígena à lógica do setor elétrico; é algo presente”.
De acordo com Pedrosa, o ministro Lobão também garantiu
que faria um convite para que as associações participem das reuniões do Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reúne mensalmente para
avaliar o setor.
Também fazem parte do fórum entidades como a Associação
Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), a Associação
Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), a Associação Brasileira dos
Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), a Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia (Abraceel) e a Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeeólica). (Agência Brasil)
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