PETROLÃO JÁ ELIMINOU 22,5 MIL
EMPREGOS NO RIO DE JANEIRO
A Alumini
Engenharia demitiu, na última sexta-feira, cerca de 2,5 mil funcionários que
trabalhavam nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em
Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro. Durante
12 dias, os trabalhadores se mantiveram em greve por conta de salários
atrasados desde o ano passado.
As obras de
construção da nova refinaria da Petrobrás foram afetadas pela crise do
petrolão, desencadeada a partir da Operação Lava Jato, na Petrobras, com a
interrupção de diversos projetos e a suspenção de investimentos, atingindo
principalmente as empresas responsáveis pela construção da infraestrutura do
complexo.
Após as
demissões, o Comperj ficou com apenas 5 mil trabalhadores, de um total de 27
mil.
A empresa
comprometeu-se a dar baixa nas carteiras de Trabalho para que os trabalhadores,
que estão com salários atrasados desde janeiro, possam sacar o FGTS e dar
entrada no seguro-desemprego. Todas as homologações serão feitas até 8 de
abril, com a ressalva de que, posteriormente, a empresa terá que pagar o
restante das verbas rescisórias.
A crise
no Comperj já afetou a economia do município de Itaboraí, que se preparava para
ser um novo Eldorado com a chegada da nova refinaria, bem como de empresas
prestadoras de serviço e de industrialização de derivados do petróleo. Por
conta disso, empesas da área de construção civil decidiram investir na construção
de hotéis e conjuntos habitacionais para abrigar os futuros operários do
Comperj.
A decisão
da Petrobras de rever seus planos de investimento a partir d 2015, por conta do
desvio de mais de R$ 88 bilhões do seu caia, levaram à paralisação dessas obras
e o que se vê em Itaborai é uma multidão de placas de “Vende-se”
►MARINA: A CORRUPÇÃO DOMINOU O PT
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a ex-candidata à Presidência da República
Marina Silva (PSB) afirmou que o PT abandonou a política e que a corrupção
parece “ter tomado conta de setores importantes do partido”.
Segundo Marina Silva, “é evidente que a presidente,
seu governo e os partidos que a apoiam terão muita dificuldade de sair do beco
em que se meteram”. “O principal problema é que o governo e o PT abandonaram a
política como forma de negociar, dialogar, mobilizar e propor um projeto para o
país. Não há um plano, e as dificuldades não são referentes à execução de um
projeto”, analisou a ex-presidenciável.
“As crises são encaradas apenas como
circunstâncias e momentos desfavoráveis que podem ser superados por estratégias
de marketing, com o objetivo de recuperar a “imagem”, os índices de avaliação
positiva nas pesquisas e a ‘governabilidade’. Isto é, as condições de se manter
no poder”, complementou.
Ainda para Marina Silva, hoje o PT vive uma
tentativa de manter-se no poder a qualquer custo.
“A permanência no poder a qualquer custo
aprofunda a cultura do patrimonialismo, que retalha o Estado, suas instituições
e orçamentos em feudos partidários, grupais ou até mesmo pessoais. A
negociação, nesses termos, dissolveu o sentido público que ela poderia ter.
Insistindo nesse sistema, qualquer ação do governo para sair da crise só faz
aprofundá-la”.
Na entrevista publicada na Folha deste domingo (22), a
ex-presidenciável declara que os episódios de corrupção revelados durante a
Operação Lava Jato não chegam a surpreender. “Eu me surpreendi em 2005, na
denúncia do mensalão. Agora, não temos mais o direito de estar surpresos. E,
assim como a corrupção é inaceitável, também é inaceitável a ideia de que a
“causa” justifica o uso de meios ilícitos”, analisa.
“Essa ideia (corrupção) parece ter tomado conta
de setores importantes do partido. Em muitos momentos, lideranças relevantes
tentaram justificar a corrupção como parte intrínseca da luta pelo poder, quase
se vangloriando de não ter usado a propina para enriquecimento individual”,
aponta.
►CAIADO
VAI À PGR CONTRA CHIORO
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado
(GO), ingressou sexta-feira (20) com uma representação no Ministério Público
Federal (MPF) contra o ministro da Saúde, Arthur Chioro, pedindo punições
por eventuais ilegalidades cometidas no programa Mais Médicos.
Conforme o parlamentar, uma das provas citadas
no documento refere-se a gravação veiculada no Jornal da Band dia 17 de março
em que integrantes do governo e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
acertam detalhes do termo de cooperação para, segundo a reportagem, mascarar a
finalidade central do programa de financiar a ditadura cubana. Na peça, o
senador solicita investigação da responsabilidade de gestores envolvidos na
formatação e execução do programa e ressarcimento aos cofres públicos de
recursos utilizados indevidamente.
O senador inclui também na representação os
assessores do Ministério da Saúde, a coordenadora do Mais Médicos na OPAS,
Maria Alice Fortunato, e o assessor internacional da Presidência da República,
Marco Aurélio Garcia, como pessoas a serem investigadas. “É estarrecedor como acertam
o termo de ajuste para fingir que o contrato não seria apenas para Cuba. Não
estou relatando encontro de mafiosos e quadrilheiros. Foi uma reunião com
integrantes qualificados e credenciados do governo e OPAS. Com essa gravação
exposta pela TV Bandeirantes fica clara a manipulação do programa Mais
Médicos para transferir dinheiro público a ditadura cubana e usar os médicos
daquele país como cabos eleitorais. Médicos que foram tratados como mercadoria
e vieram ao Brasil sob condições que desrespeitam as nossas leis e todos os
tratados de direitos humanos que o país é signatário”, argumenta Caiado.
“Pedimos que se investigue se parte desses
recursos repassados a Cuba, que já somam R$ 1,8 bilhão, retornaram ao país como
caixa 2 de campanha”, complementou o senador.
Na representação, o partido afirma que o
programa comete outras ilegalidades como a contratação dos médicos cubanos por
meio de uma “sociedade mercantil” em que fica configurada a relação de trabalho
no Brasil contrariando a lei que criou o Mais Médicos. A peça ainda cita
relatório do TCU que questiona a remuneração dos médicos cubanos bem abaixo da
repassada aos demais profissionais do programa. Nesse relatório, a partir de
documentos do próprio governo, apenas 22% dos recursos foram destinados aos
médicos e o restante enviados ao governo de Cuba.
►ZÉ
DIRCEU NA LAVA JATO
Um dos delatores da Operação Lava Jato, o
presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, afirmou a investigadores que o
ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu teria recebido dinheiro do esquema
de desvios de recursos da Petrobras. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, Pessoa declarou que “os
pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que sua empresa devia ao
esquema, que correspondiam a 2% do valor de seus contratos na Petrobras”.
Além disso, conforme a Folha, um outro representante da Camargo Corrêa disse aos
investigadores que a empreiteira decidiu contratar os serviços do ex-ministro
por temer eventuais problemas em negócios com a estatal.
Na semana passada, foi divulgado pela Justiça
Federal do Paraná relatório da Receita Federal sobre o trabalho de consultoria
prestado por Dirceu, por meio da JD Assessoria e Consultoria. Pelo relatório, a
JD recebeu R$ 29,2 milhões entre os anos de 2006 e 2013. Cerca de um terço do
dinheiro entrou nas contas da empresa durante o julgamento do mensalão, entre
2012 e 2013. Dirceu foi condenado a uma pena de 7 anos e 11 meses pelo crime de
corrupção ativa, mas já est
►CGU SEM PESSOAL E ORÇAMENTO
O anúncio do pacote anticorrupção da presidente Dilma ainda é
comemorado por órgãos do Governo mas continua a causar incômodo nas
categorias de servidores que atuam na fiscalização em diferentes frentes.
Após a ADPF – Associação Nacional dos Delegados de PF reclamar da falta
de diálogo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com a categoria, hoje
a ANAFIC – Associação Nacional dos Auditores Federais de Controle Interno da
Controladoria Geral da União (CGU) solta nota de manifestação.
Os auditores da CGU veem com otimismo o pacote, mas reivindicam maior
orçamento para o órgão e mais investimentos na categoria.
“Sem concurso público, o número de auditores vem diminuindo a cada ano,
sendo que a CGU possui, na ativa, menos da metade da quantidade prevista na
legislação e, a título de comparação, um número inferior aos quadros existentes
no ano de 2008″, informa trecho da nota oficial.
Ainda de acordo com a ANAFIC, o contingenciamento no Orçamento da União
tem afetado diretamente os trabalhos de fiscalização.
“Apesar de a CGU ter um orçamento irrisório para um Ministério (menos de
80 milhões de reais POR ANO), os recursos que lhe são destinados vêm diminuindo
a cada ano, sofrendo contingenciamento”.
E segue: “Um exemplo notável é o do Programa de Sorteio de Municípios, o
carro-chefe das fiscalizações da CGU. Em outros tempos, a CGU já chegou a
fiscalizar até 180 municípios por ano. Porém nos últimos anos esse número foi
reduzido a apenas 60 municípios, devido à falta de recursos para as diárias e
passagens dos servidores”.
►SETE
BRASIS PRECISA DE R$ 1 BILHÃO
Criada no
âmbito da Petrobras para intermediar a construção de navios sondas para a exploração
do petróleo do pré sal, a empresa Sete Brasil está às voltas com um problemão:
como arranjar cerca de R$ l bilhão para tirá-la do atoleiro em que está presa
por conta das investigações da Operação Lava Jato.
Até
recentemente, a empresa – de caráter privada – usava recursos do BNDES como se
fosse um cheque especial, que servia para pagar às empresas fornecedoras, mas a
nova equipe econômica retirou a autorização prévia para esse tipo de negócio e
a Sete Brasil está em dificuldades para pagar aos seus fornecedores.
A
companhia, controlada pelo BTG Pactual, de André Esteves, foi criada para construir
28 sondas para extração do pré sal pela Petrobras, foi citada na Lava Jato e já
soma R$ 900 milhões de dívidas com estaleiros.
Para desse
imenso poço, os sócios da Sete Brasil estimam que terão de fazer um aporte de
até R$ 1 bilhão no capital da empresa, que teve seu pedido de financiamento
barrado pelo BNDES.
Além
disso, eles negociam prorrogação, por 90 dias, do vencimento dos empréstimos
concedidos por seis bancos, no valor total de U$ 3,8 bilhões.
►MPF
FAZ PENTE FINO EM DOAÇÕES DE 2010
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai
fazer uma varredura em pelo menos R$ 62,6 milhões de doações eleitorais
declaradas à Justiça para verificar se dinheiro desviado da Petrobras foi
destinado por empreiteiras para abastecer campanhas. A suspeita é que parte da
propina de empresas a políticos e a partidos tenha sido paga por meio de
doações registradas para campanha. Os recursos, na verdade, viriam de contratos
superfaturados de obras da Petrobras.
A apuração será realizada nas prestações de
contas de 2010 de siglas e de políticos que tiveram pedido de investigação
autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos pedidos, a PGR questionou R$ 32,8 milhões
de contribuições de empreiteiras para o PMDB, R$ 9,8 milhões ao PT e R$ 9
milhões ao PSDB.
No pedido de investigação sobre o senador
Lindbergh Farias (PT-RJ), a PGR mira em R$ 9,8 milhões repassados a ele pela
direção do PT. Além disso, o petista recebeu outros R$ 2,5 milhões diretamente.
A PGR também suspeita das doações oficiais
recebidas diretamente por pelo menos 15 políticos, em valores que somam cerca
de R$ 11 milhões.
Em sua delação premiada, o ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa disse que doação eleitoral é "a maior
balela" que existe no país: "Seja oficial ou não oficial, não são
doações, são empréstimos. A empresa está emprestando pro cara e depois vai
cobrar."
Também em delação, o doleiro Alberto Youssef
listou congressistas e partidos como beneficiários de propinas disfarçadas de
doações legais.
Nas petições ao STF, a PGR usa termos
contundentes para insinuar a ligação de políticos com doações suspeitas. Em
dois episódios detalhados por Youssef, as doações de campanha apontadas pelo
doleiro como propina estão formalmente declaradas à Justiça Eleitoral.
Em um deles, o delator dá detalhes sobre um
e-mail obtido pela investigação em que um diretor da Queiroz Galvão solicita
recibos de doações de até R$ 500 mil para quatro candidatos e quatro diretórios
partidários. Na lista, estão repasses para o deputado Nelson Meurer (PP-PR) e
para o ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA).
Uma dificuldade na apuração é o fato de a
receita da campanha de 2010 de muitos dos envolvidos ser formada por repasses
do caixa dos partidos, sem origem identificada. Eram as chamadas "doações
ocultas", hoje abolidas.
►BARUSCO PODE ENCARAR VACCARI NETO
Nesta terça-feira (24),
a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras vai se reunir para votar diversos
requerimentos, entre os quais estão os pedidos de acareação entre o ex-gerente
da Petrobras Pedro Barusco e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, bem como a
convocação de Vaccari.
O 1º vice-presidente da
Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), deporá espontaneamente à CPI da
Petrobras em data a ser marcada. Maranhão é um dos deputados que tiveram o
pedido de investigação autorizado pelo ministro do STF Teori Zavascki.
Na quinta-feira (26),
será ouvido o depoimento do empresário Júlio Faerman, representante da empresa
holandesa SBM, acusado de ter pagado propinas ao ex-diretor da Petrobras Renato
Duque, a Vaccari e a Pedro Barusco.
►ROMBO NO POSTALIS CHEGA A R$ 5,6 BI
Funcionários dos Correios tentam evitar por meio
de uma batalha judicial e de greves que os participantes do Postalis, fundo de
pensão da estatal, tenham redução de um quarto nos seus salários a partir de
abril de 2015 pelo período de 15 anos e meio. A conta é resultado de um déficit
atuarial de 5,6 bilhões de reais no Postalis, controlado pelo PT e PMDB,
provocado por investimentos suspeitos, pouco rentáveis ou que não tiveram ainda
rendimento repassado ao fundo. Também sob influência dos dois partidos
políticos, o Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal (CEF), e a
Petros, da Petrobras, contabilizam prejuízos bilionários.
Partiu do conselho deliberativo do Postalis a
decisão de impor aos funcionários a contribuição extra que terá forte impacto
sobre os salários. No primeiro momento, ficou definido um corte de 25,98% nos
contracheques. O déficit será reavaliado a cada ano a partir do retorno dos
investimentos e da expectativa de vida dos participantes. Um funcionário que
tem salário de 10 mil reais, por exemplo, receberá 2.598,00 de reais a menos no
final do mês apenas para cobrir o déficit, além o valor da contribuição
definida. Vão pagar o porcentual extra os funcionários mais antigos, aqueles
que entraram nos Correios até 2008. Isso equivale a 75% do pessoal da empresa.
Integrantes do fundo argumentam que o déficit
bilionário é resultado da má administração dos investimentos dos últimos anos.
Também acusam os Correios de não terem pago a dívida que têm com o Postalis.
Por isso, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos
e Similares (Fentect) entrou com duas ações na Justiça Federal. A primeira
contra a ECT para que a empresa reconheça que deve 1,150 bilhão de reais ao
fundo e abata esse valor do cálculo do déficit que precisa ser equacionado. No
outro processo, a federação quer que a estatal assuma o pagamento do déficit
integralmente por entender que a responsabilidade pela má gestão dos ativos do
fundo é da patrocinadora.
"Esse novo reajuste repassa para nós a
culpa da má administração do fundo", afirmou José Rodrigues dos Santos
Neto, presidente da Fentect. Ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a
federação diz reunir 30 sindicatos, que representam 74 mil trabalhadores dos
120 mil dos Correios.
Na semana passada, carteiros de ao menos dez
Estados fizeram paralisação para protestar contra a contribuição extra definida
pelo conselho deliberativo do Postalis.
A Adcap (Associação Nacional dos Profissionais
dos Correios) também irá ingressar com medida judicial. "Entendemos que os
Correios deixaram de pagar essa dívida com o Postalis para maquiar o balanço e
apresentar resultado positivo no ano passado", afirmou Luiz Alberto
Menezes Barreto, presidente da entidade, que representa os profissionais de
nível médio, técnico e superior.
►TCE SUSPENDE LICITAÇÕES EM MACAÉ
O
Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) suspendeu quinta-feira (19), os
editais do Fundo Municipal de Trânsito e Transporte de Macaé, destinado à
contratação de serviços de sinalização das vias públicas, no valor de R$
3.465.243,47, e do Fundo Municipal de Saúde, para compra de medicamentos a
serem fornecidos em cumprimento a decisões judiciais, ao custo de R$
907.644,50.
A
suspensão dos dois editais foi recomendada em processos distintos pelo relator
Júlio Rabello e acolhida pelos demais conselheiros do Tribunal. A autorização
para o prosseguimento dos editais ocorrerá somente após serem cumpridas todas
as determinações do TCE-RJ.
Em
relação ao processo do Fundo Municipal de Saúde de Macaé, o prefeito Aluízio
dos Santos Júnior foi comunicado pelo TCE-RJ de que, no prazo de 30 dias,
informe as alterações feitas no edital e envie diversos documentos, como cópia
da publicação do aviso da licitação em jornal de grande circulação. Quanto ao
processo do Fundo Municipal de Trânsito e Transporte de Macaé, o presidente da
Comissão de Licitação do Fundo, Diogo dos Santos de Morais, foi notificado para
que justifique o não atendimento às exigências feitas pelo TCE-RJ, na sessão
plenária de 27 de janeiro deste ano. O gestor terá que adiar a licitação, caso
ela já tenha sido lançada, informar em que fase se encontra, e mantê-la
suspensa até que o Tribunal conclua a análise da sua legalidade.
►TCE BARRA COMPRA DE MERENDA EM JAPERI
O Tribunal de Contas do Estado do Rio determinou
que a Prefeitura de Japeri mantenha adiado o edital de pregão presencial, com
valor estimado de R$ 9.459.380,47, para compra de 102 gêneros alimentícios
destinados à Secretaria Municipal de Educação.
Seguindo o voto do relator José Maurício de Lima
Nolasco, os demais conselheiros deram prazo de 30 dias para que o prefeito da
cidade, Ivaldo Barbosa dos Santos, justifique por que o município optou por uma
contratação única para a compra de todos os produtos, ao invés de dividi-la em
lotes, e esclareça se essa escolha foi a mais vantajosa financeiramente.
De acordo com o entendimento do Tribunal, se os
alimentos forem divididos em três grupos (industrializados, processados e in
natura), mais empresas poderiam participar do pregão, estimulando o ambiente de
competitividade.
►MERCADO PREVÊ INFLAÇÃO A 8,12% EM 2015
Os
investidores e analistas do mercado financeiro veem o dólar cotado a R$ 3,15 no
final deste ano. A estimativa foi divulgada hoje (23) no boletim Focus,
pesquisa feita instituições financeiras semanalmente pelo Banco Central (BC).
Na sexta-feira (20) a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$
3,296, o maior valor desde 1° de abril de 2003, quando havia fechado em R$
3,304.
O mercado
também voltou a elevar a projeção da inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Para os analistas, o índice fechará o ano com alta de
8,12%, e não mais de 7,93% como previsto na semana anterior. Boa parte da alta
da inflação está vinculada aos preços administrados, regulados pelo governo,
como o da gasolina e da energia. De acordo com a projeção do Focus, este ano
eles terão alta de 12,6%, e não mais de 12%, como estimado anteriormente.
Com
relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos por
um país) a projeção é que a economia terá retração de 0,83%, diferentemente da
queda de 0,78% estimada na semana anterior. Já para a produção industrial, a
queda projetada ao fim deste ano permanece em 2,19%
A
expectativa para fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia e
principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu em 13% ao
ano. No início de março, o Copom subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, e esta
chegou a 12,75% ao ano. Na ocasião, o patamar de elevação confirmou as
previsões da maioria dos analistas.
A
estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A
estimativa do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas
externas, cresceu, ficando em US$ 79,8 bilhões ante os US$ 79,5 bilhões
anteriores O saldo projetado para a balança comercial subiu de US$ 3 bilhões
para US$ 3,5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados diminuíram de US$
57,5 bilhões para US$ 56,5 bilhões.
►TROTE
SOLIDÁRIO NA BAIXADA
Nesta
segunda-feira (23), o Hemorio deu início ao Trote Solidário, ação que levará equipamentos
de coletas de sangue itinerantes para cinco instituições de ensino superior do
Rio de Janeiro, Niterói e Baixada Fluminense, com a finalidade de transformar
os estudantes “calouros” em doadores de sangue, numa forma de Trote saudável e
fraterno.
A ação busca mobilizar a população para homenagear a cidade do Rio de Janeiro:
o objetivo será coletar 450 bolsas de sangue. Como cada doação, em média,
coleta 450 ml de sangue, que são suficientes para salvar até quatro vidas, se
alcançada, a meta poderá atender até 1.800 pessoas.A caravana do Hemorio estará em Duque de Caxias nos próximos dias 30 e 31, quando fará a coleta no campus” da Unigranrio, na Rua José de Souza Herdy, nº 1.160, próximo à 59ª DP/Caxias.
►CARTEIRA PROFISSIONAL NA PORTA DE CASA
Os
moradores dos bairros 25 de Agosto, Parque Duque, Tanque do Anil, Parque
Felicidade, Parque Beira Mar e Paulicéia, entre outros em Duque de Caxias poderão
tirar a primeira ou segunda via da Carteira de Trabalho até quinta-feira (26), no
ônibus itinerante da Fundec), que estará estacionado na Vila Operária, junto ao
Posto de Saúde Dr. José de Freitas, na entrada da Vila Operária.
O atendimento
é feito pela secretaria municipal de Trabalho, Emprego e Renda de 9h às 17h.
Por dia são atendidas em média 80 pessoas. Na próxima semana o ônibus da Fundec
estará na praça do bairro Bar dos Cavaleiros. O atendimento será nos dias 30 e
31 de março, 01 e 02 de abril, no mesmo horário.
Entre os
moradores de Duque de Caxias que estavam tirando a primeira via da carteira de
trabalho estava Beatriz da Silva Alves, de 16 anos. Moradora do bairro Vila
Rosário, estava com o marido Talito José Santos Cândido que também deu entrada
no documento e a sogra Joselita. “Como a procura pela carteira de trabalho é
grande e não pude tirar perto de casa quando o ônibus esteve lá, tive que sair
de casa cedo. Valeu a pena, pois o atendimento foi rápido e eu já estrou indo para
casa”, disse.
A
carteira de trabalho digital fica pronta em até 20 dias e deve ser retirada na
sede da secretaria de Trabalho, Emprego e Renda na Avenida Almirante Graenfal,
405, 5º andar – Bloco Azul, em frente ao Caxias Shopping, pela própria pessoa.
O andamento da expedição da CTPS pode ser acompanhado pelo telefone (21) 3661-9693.
Para primeira via o interessado deve ter idade entre 14 e 21 anos, e apresentar
carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência. Para a segunda via
deve tem mãos a carteira profissional antiga ou o boletim de ocorrência, em
caso de perda ou roubo.
Os
interessados na emissão da carteira de trabalho podem aproveitar também a
oportunidade e cadastrar currículos para emprego.
►CAXIAS
VIU O MELHOR DO BALLET
Terminou
no domingo (22) o Festival do Conselho Brasileiro, que reuniu o melhor da dança
no Teatro Raul Cortez, no Centro Cultural Oscar Niemayer, no centro de Duque de
Caxias. Durante três dias passaram pelo palco do Teatro Raul Cortez, bailarinos
e grupos de dança de várias regiões do país em mais de 300 apresentações.
Iniciado na sexta-feira (20), o II Festival do Conselho Brasileiro da
Dança/Regional Rio de Janeiro (CBDD/RJ) trouxe para Duque de Caxias uma mistura
eclética de coreografias inovadoras passando pelo jazz, sapateado, dança livre
e de rua, e claro, o balé, como tema central que atraiu companhias do Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No domingo (23),
aconteceu a festa de encerramento do festival que teve a parceria da
prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com a
premiação para o melhor bailarino, bailarina, grupo de dança e coreografia.
“A
secretaria de Cultura e o prefeito Alexandre Cardoso ficaram muito felizes em
receber um festival de tamanha qualidade e relevância. Caxias é uma cidade
profundamente envolvida com a dança. O Teatro Raul Cortez foi projetado por
Oscar Niemeyer, e é um grande patrimônio da cultura do Estado e do País. Nosso
sonho é criar uma Companhia Permanente de Dança na cidade, apoiada pela
iniciativa privada tal como foi o caso do grupo de corpo em Belo Horizonte
(MG). A realização desse festival vem fortalecer esse nosso projeto”, disse o
secretário de Cultura, Jesus Chediak.
No
terceiro e último dia apenas a beleza clássica do balé fez parte da programação
com 121 apresentações entre dupla, solo e grupo que contagiaram a plateia que
lotou o Raul Cortez e a cada número eram ouvidos fortes aplausos e gritos. O
estilo de dança nascido na Europa no século XV misturou o balé
expressionista, neoclássico e modalidades que incorporam elementos da dança
moderna. Houve tempo ainda para as escritoras Vera Aragão e Ângela
Ferreira lançarem o livro “Eu Quero Ser Bailarina” realizando uma
manhã de autógrafos.
O
bailarino Davi Chagas, da Companhia Jovem Balletarrj, da Tijuca (RJ) ganhou o
prêmio de melhor bailarino do festival. No feminino, Manuela Roçado
(Balletarrj) e Ana Letícia Godoy (Petite Danse – Tijuca e Barra da Tijuca/RJ)
dividiram o posto de melhor bailarina. O Ballet Tarde Escola de Dança venceu na
categoria grupo de dança e ainda arrebatou a melhor coreografia com o
espetáculo “Bruxas e Anjos”. Todos os vencedores receberam o prêmio de R$
1.500,00. Houve ainda premiações com isenção de taxas para os festivais
internacionais de Campos de Jordão (SP) e Fortaleza (CE), além de distribuição
de brindes para os participantes.
“O nível
do festival foi muito alto. Espero que a cidade volte a sediar novamente
competições deste nível. O teatro possui ótimas instalações e fiquei muito
feliz não só com a premiação, mas com a receptividade de todos em Duque de
Caxias”, disse Davi Chagas, de 19 anos. (Fotos: Ralff Santos).
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