RENAN COBRA SOLUÇÃO
PARA AS
DÍVIDAS DE ESTADOS E
MUNICÍPIO
O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), informou hoje (24) que conversou com os prefeitos do
Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de São Paulo, Fernando Haddad, sobre a
necessidade da regulamentação imediata do indexador da dívida dos estados e
municípios. O adiamento da regulamentação da norma pelo governo levou o
prefeito do Rio a entrar na Justiça para cobrar a aplicação da lei.
"Eu os apoio na
pretensão da rápida regulamentação e da troca do indexador da dívida pública.
Isto é fundamental. Não dá para continuar cobrando dos estados esses juros
escorchantes", afirmou Renan.
Em novembro do ano
passado, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que muda o indexador das
dívidas dos estados e municípios. Hoje, a correção é baseada no Índice Geral de
Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), com acréscimo de 6% a 9% de juros ao
ano.
Com a nova lei, o
indexador passaria a ser a taxa Selic ou o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), acrescido de 4% de juros.
"O Congresso já
adiou a matéria para depois da eleição, em um calendário combinado com o
próprio governo. Agora, não dá para não regulamentar. É fundamental que o
governo envie logo a regulamentação, porque, não ocorrendo isso, os estados
continuarão pagando juros escorchantes. O Congresso não concordará com
isso", alertou Renan.
Por precaução, Eduardo
Paes já conseguiu na Justiça liminar, que permite a prefeitura liquidar a
dívida com a União nos termos da lei sancionada em novembro. Dos cerca de R$ 6
bilhões para pouco mais de R% 28 milhões.
Além do impacto que a
mudança dos contratos firmados com Estados e Municípios terá na receita a União
no momento em que o Governo precisa arrecadar mais para compor o superávit
primário, a mudança das regras seria uma Lei Áurea em plena República pois
hoje, governadores e prefeitos se atropelam no Palácio do Planalto, em busca de
ajuda federal para tocar os investimentos em seus estados e municípios, como
vimos os governador Geraldo Alckmin e Beto Richa, reeleitos pelo PSDB, sendo
exibidos nos meios de comunicação abraçados com Dilma Rousseff por conta de
projetos firmados em parceria com a União.
É essa dependência dos
cofres de Brasília que mantem uma rede de proteção política ao Governo ao largo
do Congresso e das Assembleias Legislativas dos 27 Estados. (Com Agência
Brasil)
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