PEZÃO MANDA EXECUTAR DÍVIDA
DA PETROBRAS: R$ 1,6 BILHÃO
Com as finanças combalidas pela redução nos
repasses dos royalties do petróleo e no ICMS, o equilíbrio do estado do Rio de
Janeiro pode estar na monstruosa dívida ativa acumulada por grandes empresas
com o estado nos últimos oito anos e em busca de um total de R$ 60 bilhões.
Como 80% da produção de petróleo no Brasil estão em
território fluminense e por isso o setor é o maior pagador de impostos, as
empresas ligadas ao petróleo devem cerca de R$ 2 bilhões ao governo estadual,
sendo a Petrobras a maior inadimplente, com débitos totais de R$ 1,6 bilhão a
quitar com a fazenda estadual. Os outros grandes devedores são metalúrgicos,
empresas de telecomunicações e redes de supermercados. Todo, sem exceção,
assegura o governo, serão executados judicialmente
A batalha pela cobrança da bilionária dívida ativa –
somo de débitos dos contribuintes para com o Estado – começou esta semana com
decisão da Secretaria de Fazenda de mandar para a Justiça pedidos de execução
dos inadimplentes, entre elas a Petrobrás, que não tem pago corretamente o que
deve de tributos.
"Estamos fazendo um grande esforço para
reduzir a nossa dívida ativa e precisamos de mais juízes disponíveis para
cobrar os nossos devedores. Pedimos parceria para colocarmos os recursos na
conta do governo", disse o governador Luiz Fernando Pezão, que em
fevereiro se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz
Fernando Ribeiro de Carvalho, para pedir ajuda nesse sentido.
Segundo a Secretaria de Fazenda, as empresas do
setor petroleiro pagaram em 2014 R$ 600 milhões a menos de ICMS e para este ano
a previsão é de que o estado vá receber R$ 1,7 bilhão a menos de repasses dos
royalties do petróleo, mas perdas ligadas à Petrobras vão além disso, pois a
estatal, por conta de uma batalha jurídica com a Agência Nacional de Petróleo
(ANP), desde 2013 vem depositando em juízo a parte das participações especiais
dos campos de Lula e Cernambi que cabem ao governo do Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário