CORTES NO
ORÇAMENTO
TAMBÉM
AFETAM O FIES
O ajuste
fiscal atingiu outro programa que integra a propaganda do Governo sob o slogan
de Pátria Educadora. É o caso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O
MEC adotou regras mais rígidas tanto para os estudantes que querem
financiamento, quanto para as instituições privadas que fazem parte do Fies,
além de limitar os financiamentos concedidos. Na segunda-feira (8), o ministro
anunciou que haverá uma segunda edição este ano, e confirmou hoje que
novas condições estão sendo analisadas, como a taxa de juros, a renda familiar
máxima exigida aos estudantes e a possibilidade de a seleção ser feita pela nota
do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio.
Segundo
Janine, o MEC negociou com as instituições privadas e houve acordo sobre todas
as condições, que serão anunciadas nos próximos dias. Sobre a possibilidade de
aumentar os juros e o tempo de carência, ele disse que são especulações. “[A
taxa de juros] não é de 6,5%. Temos várias simulações, cada uma traz
determinados efeitos, temos que integrá-las para ver como funciona. Mas as
principais medidas não são as econômicas, são aquelas no sentido das prioridades”,
disse.
O
ministério vai priorizar os cursos com notas 4 e 5 nas avaliações do MEC e
cursos de engenheira, saúde e formação de professores da educação básica.
Alunos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, excluindo o Distrito
Federal, também terão prioridade. O Fies oferece cobertura da mensalidade de
cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O
estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso.
Ao final
da audiência, estudantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e do programa Educação para
Afrodescendentes e Carentes (Educafro) se manifestaram contra os cortes no
Orçamento. O ministro ouviu os estudantes e disse que O MEC tem forte
compromisso com todas as causas apresentadas, com o ensino público de qualidade
e gratuito e também com a inclusão social, especialmente dos afrodescendentes.
Na manhã de hoje, os estudantes montaram acampamento em frente à sede do
Ministério da Fazenda. (Com Agência Brasil)
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