OEA VAI DISCUTIR
REPRESSÃO
A MAFINESTAÇÕES NO
BRASIL
O governo brasileiro será questionado, durante audiência
pública da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre repressão nas
manifestações políticas, iniciadas em junho do ano passado. A reunião será
realizada no próximo dia 28, em Washington, pela Comissão Interamericana de
Direitos Humanos da OEA, de acordo com informação divulgada nesta segunda-feira
(10) pela organização Justiça Global.
A advogada Natália Damazio, integrante da Justiça Global,
considerou que a audiência será uma oportunidade importante para debater a
repressão aos protestos que levaram milhões de pessoas às ruas, em praticamente
todas as capitais brasileiras.
“Será uma audiência temática sobre o tema de protestos e
violação de direitos humanos pelo Estado brasileiro, durante as manifestações.
Será composta por representantes do governo, da sociedade civil e da Comissão
dos Direitos Humanos da OEA. O que se visa é expor as prisões arbitrárias, o
uso abusivo de armamentos e ataques à mídia, pela polícia", bem como
discutir posicionamentos em relação à liberdade de manifestação, expressão e
integridade física, disse Natália.
A audiência foi pedida pelas Ongs Justiça Global,
Conectas, Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, além do Instituto
de Defensores de Direitos Humanos, Serviço de Assessoria Jurídica da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Artigo 19, Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Município do Rio de Janeiro, United Rede Internacional de
Direitos Humanos e Quilombo Xis – Ação Comunitária Cultural.
A advogada alertou para a possível aprovação de uma série
de leis endurecendo a repressão às manifestações, sob a alegação de conter a
violência, mas que podem se tornar instrumentos futuros contra a própria
democracia. “O objetivo é fazer uma pressão ao Estado para impedir que se
criminalize os movimentos sociais, dando tratamento penal a pleitos populares,
e evitar o recrudescimento dessa legislação penal criminalizante, que estão
propondo ao Congresso Nacional”, disse ela. (Agência Brasil)
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