TCE APONTA FALHAS NA
FISCALIZAÇÃO DO METRÔ
O relatório final do
processo da auditoria, relatado pelo conselheiro Aloysio Neves, foi votado pelo
Plenário do TCE-RJ no último dia 25 e aprovado por unanimidade, com
comunicações, recomendações e determinações para dirigentes da Agetransp, da
Riotrilhos e da concessionária MetrôRio, com o objetivo de melhorar o serviço
de transporte prestado aos passageiros.
A auditoria foi
realizada entre 7 de outubro e 29 de novembro de 2013, com base no período de
2010 a 2013. E entre os problemas identificados pelos técnicos do TCE-RJ está,
por exemplo, a não aplicação, por parte da Agetransp, de sanções previstas em
contrato mediante o seu descumprimento pela concessionária. Em relação à
tarifa, foi verificado que os valores praticados não refletem as desonerações
concedidas pela legislação federal, ou seja, não estão ocorrendo os repasses.
O inventário dos chamados
"bens reversíveis", aqueles que voltam ao Estado ao fim da concessão,
não conta com a identificação patrimonial de 1.357 bens – questão que se
arrasta desde 31 de março de 1998, quando foi assinado o contrato de concessão.
Nem o poder concedente e nem a concessionária identificaram os mesmos, o que
deixa a aprovação definitiva do inventário pendente na Agetransp – a última
iniciativa da agência no sentido da regularização da situação ocorreu em 2009.
Também foi observada a não
revisão de prazos para execução dos investimentos a cargo da concessionária. Os
técnicos do TCE-RJ acusaram ainda fragilidade no controle de acompanhamento das
receitas operacionais e acessórias – as que são obtidas através de aluguéis de
espaços para publicidade, lojas, caixas eletrônicos, por exemplo. E os
investimentos realizados com as receitas acessórias para implementação de
melhorias extraordinárias nos serviços metroviários não são atestados pela
Riotrilhos – empresa governamental responsável pelo transporte sobre trilhos no
estado.
A operação comercial e a
manutenção da malha urbana do metrô do Rio são de responsabilidade da empresa,
através de concessão do Estado ao Consórcio Opportrans. A concessão foi
iniciada em 1998 por prazo de 20 anos e prorrogada em 2007 por mais 20 anos – o
que levou a vigência do contrato até o ano de 2038. Pelo contrato, a
Riotrilhos ficou responsável pela expansão da rede metroviária e a aquisição de
novos trens.
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