MINISTRA ALERTA SOBRE BAIXA
RESERVA DE ÁGUA NO PAÍS
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, alertou
hoje (20) para a baixa reserva de água no país, lembrando a situação vivida no
início desta semana pelos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e Minas
Gerais em relação ao abastecimento do Rio Paraíba do Sul.
Izabella disse que o país precisa discutir a questão. “Se
você tirar todos os reservatórios de energia elétrica do país, sobra muito
pouco para o abastecimento. Temos que discutir a reservação e também a
estrutura de redundância.” Ela citou o próprio Rio de Janeiro, explicando que o
estado tem “forte dependência” do Rio Paraíba do Sul por ter pouca reservação.
A estrutura de redundância citada pela ministra trata da existência de sistemas
auxiliares de estrutura hídrica que podem suprir eventuais falhas no sistema
principal.
“Se não chover em
determinada região, seria possível deslocar água de outras áreas para atender
àquela região. Segurança hídrica é garantir que se oferecerá água em situações
de estresse”, explicou a ministra, após o lançamento do Plano Nacional de
Segurança Hídrica (PNSH), em Brasília.
O PNSH vai ao encontro dos problemas enfrentados pela
Região Sudeste nos últimos dias. O objetivo é diagnosticar quais áreas de
gestão e de infraestrutura do setor devem sofrer alterações para que não haja
escassez no fornecimento de água a partir dos próximos anos.
De acordo com o diretor-presidente da Agência Nacional de
Águas (ANA), Vicente Andreu, o PNSH vem para garantir o abastecimento de água
para a população, independentemente da ocorrência de chuvas no país. O trabalho
da agência nesse cenário é planejar as mudanças que serão executadas pelos
estados ou pelo governo federal em uma etapa posterior.
O plano é resultado de uma parceria entre a ANA, o
Ministério da Integração Nacional e o Banco Mundial, no âmbito do Programa de
Desenvolvimento do Setor Água. O PNSH tem prazo até 2020 para identificar as
necessidades do setor de recursos hídricos e até 2035 para realizar as
intervenções necessárias em barragens, sistemas adutores, canais e eixos de integração.
A meta é que as obras identificadas pelo plano sejam realizadas,
primordialmente, pelo Ministério da Integração Nacional e seus parceiros nos
estados e em âmbito federal. (ABr)
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