domingo, 24 de agosto de 2014

RJ: RESERVATÓRIO SUBTERRÂNEO
DE ÁGUA FICOU DEBAIXO DO LIXO 
E matéria de segurança hídrica, o Estado do Rio poderia ter uma situação mais tranquila, se o atual governo do estado não tivesse tomado a discutível e contestada ideia de construir um aterro sanitário sobre o Aquífero de Piranema, em Seropédica, uma das maiores reservas subterrâneas de água doce da América Latina. Apesar da pressão dos ambientalistas, inclusive estudantes e professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – que tem um campus próximo ao Aquífero – o Ministério do Meio Ambiente autorizou que a área da reserva de água fosse soterrada por toneladas de lixo desde o fechamento pela prefeitura carioca do lixão do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no final de junho de 2012.
A aterro de Seropédica foi uma saída improvisada pelo governador Sérgio Cabral para que a Prefeitura do Rio cumprisse a promessa, feita em 1992, de desativar o lixão do Jardim Gramacho, explorado pela Comlurb por mais de 30 anos, em Duque de Caxias, até a realização da Conferência a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.  Com o fechamento do lixão de Caxias seis meses antes do prazo previsto, as prefeituras da Baixada foram apenhadas de surpresa e viveram uma grave crise sanitária, com lixo empilhado nas ruas e praças do Grande Rio, como Duque de Caxias e Belford
O projeto original da Comlurb era implantar o novo aterro no bairro de Paciência, na Zona Oeste da capital, mas problemas fundiários e a pressão dos ambientalistas tornaram inviável a implantação do projeto naquele local. Como solução, o governador Sergio Cabral decidiu levar o projeto de Paciência, que receberia o lixo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para Seropédica, antigo Distrito de Itaguaí, escolhendo justamente a área do Aquífero de Piranema como “local ideal”, pois a área era ocupada por pequenos agricultores, sem força política para se opor ao novo lixão.
Assim, se, em futuro breve, o Rio de Janeiro ver agravado o problema da falta de água, o responsável por isso tem nome e sobrenome: Sérgio Cabral

Nenhum comentário: