NOVA CORREGEDORA DEFENDE
UMA JUSTIÇA MAIS EFICIENTE
Ao tomar posse no cargo de corregedora nacional de
Justiça, na noite desta terça-feira (26), a ministra Nancy Andrighi prestou
homenagem aos juízes de primeira instância e disse que, durante a sua gestão, a
Corregedoria Nacional de Justiça dedicará a este magistrado o “mais dedicado e
atencioso olhar”. A posse da nova corregedora foi realizada na sede do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília/DF, e reuniu diversas autoridades dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de membros da advocacia e do
Ministério Público.
“Vocês são a mola propulsora de toda a jurisdição”,
afirmou a nova corregedora, que começou sua carreira na Justiça de primeiro
grau do Rio Grande do Sul e é a primeira magistrada da Justiça Estadual a tomar
posse no cargo. “É justo homenagear e enfatizar o trabalho solitário, corajoso
e criativo do juiz do primeiro grau de jurisdição. Entre todos os juízes que
integram a jurisdição brasileira, é ele que recebe pela primeira vez o cidadão
aflito e acena-lhe com a esperança de Justiça”, complementou.
Em seu discurso de posse, a ministra disse que será
obediente à meta de valorização da Justiça de primeiro grau, estabelecida pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com todo o Judiciário. Nancy
Andrighi lembrou que é o juiz de primeiro grau que profere a decisão e que o
trabalho nos demais graus de jurisdição é calcado na sentença de primeira
instância, a qual, muitas vezes, é proferida, segundo a ministra, “em condições
precárias”.
A nova corregedora demonstrou preocupação com a duração
dos processos disciplinares instaurados contra magistrados e disse que, em sua
gestão, serão adotadas medidas para se agilizar a conclusão dos processos, a
fim de se darem respostas rápidas à sociedade e se evitar a imposição de “penas
antecipadas”, com o afastamento de magistrados investigados por longos períodos.
“O juiz de Direito, fora ou afastado da atividade
jurisdicional precípua, é prejuízo certo para o jurisdicionado”, destacou. Em
seu discurso, ela afirmou que vai imprimir celeridade e rigor no julgamento
desses processos.
Será criado, na Corregedoria Nacional de Justiça, centro
para instrução dos processos disciplinares, voltado para a colheita das provas
necessárias à instrução de todas as ações disciplinares. Presidido por um
desembargador, o centro dará auxílio aos conselheiros na condução dos processos,
priorizando a videoconferência para a tomada de depoimentos. “A utilização da
videoconferência trará agilidade e economia, mantendo os juízes na jurisdição”,
explicou.
A Corregedoria, segundo a ministra, também enfatizará o
cumprimento do parágrafo primeiro do artigo 25 do Regimento Interno do CNJ, que
permite ao relator dos pedidos de providências e de procedimentos de controle
administrativo buscar a conciliação para a solução dos conflitos. Além disso,
trabalhará pelo fortalecimento das Corregedorias dos Tribunais e no
desenvolvimento de ações que contribuam para melhorar a prestação jurisdicional
ao cidadão.
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