DELATOR AJUDOU NA ELEIÇÃO
DO GOVERNADOR TIÃO VIANA
Em depoimento de delação
premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa,
disse que o governador do Acre, Tião Viana (PT), recebeu R$ 300 mil para sua
campanha ao Senado em 2010. Segundo Costa, o valor foi pago pelo doleiro
Alberto Youssef.
Tião Viana se declara inocente |
O ex-diretor disse que o repasse
consta em agenda apreendida pela Polícia Federal na casa dele durante as
diligências da Operação Lava Jato. O suposto pagamento foi declarado
como "0,3 Tvian". Costa disse ainda que o valor foi contabilizado na “cota do PP”.
como "0,3 Tvian". Costa disse ainda que o valor foi contabilizado na “cota do PP”.
Com base nas declarações, o
procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, decidirá se pede ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ) abertura de inquérito para investigar os
fatos que envolvem Viana.
O suposto pagamento foi
noticiado pela imprensa em dezembro do ano passado. Na ocasião, o governador
declarou que não conhece Paulo Roberto Costa e nunca teve qualquer relação com
o ex-diretor. O depoimento de delação premiada de Costa foi divulgado hoje (9),
após decisão do ministro Teori Zavascki, que retirou sigilo da parte da
investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal. (ABr)
PAULO ROBERTO COSTA
DOOU
R$ 30 MILHÕES PARA CABRAL
Em depoimento de delação premiada prestado no ano passado,
o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que atuou
para arrecadar doações de "caixa dois" para a campanha do
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, em 2010, entre as empreiteiras
que participaram das obras Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em
Itaguaí,hoje paralisadas ela Petrobras, num total de R$ 30 milhões.
Cabral e Pezão na lista de Janot |
Paulo Roberto Costa disse que os pagamentos foram feitos
pelas empresas Skanka, Alusa e Techint, além das empreiteiras que
participavam do Consórsio Compar, responsável pela obra, do qual faziam parte
OAS, Odebrecht e UTC. Segundo o ex-diretor, as empresas do Compar pagaram R$ 15
milhões e o restante foi dividido entre as demais citadas.
Com base nas declarações, o procurador-geral da República
(PGR), Rodrigo Janot, decidirá se pede ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)
abertura de inquérito para investigar os fatos.
Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, negou o recebimento de recursos por meio do ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa. "Respeito muito a Justiça, só que tenho tranquilidade
de que não recebi nenhum recurso, não tive nenhuma ajuda de campanha, não pedi
e não tive conversa com Paulo Roberto [Costa] e com ninguém da Petrobras para
pedir ajuda de campanha", declarou. (ABr)
DINHEIRO DE EIKE
BATISTA
SOME DE COFRE DA
JUSTIÇA
Relatório de fiscalização da comissão da 3ª Vara Federal
Criminal do Rio de Janeiro do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2),
concluído hoje, indicou que uma parte do dinheiro apreendido na ação penal em
que o empresário Eike Batista é réu desapareceu das instalações do órgão.
A fiscalização extraordinária, que terminou na última
sexta-feira (6), constatou a falta de R$ 27 mil, além de US$ 443 e de mil
euros, que, na avaliação do tribunal, não deveriam ter ficado nas dependências
do Judiciário. Há diligências em andamento para checar se o restante do
dinheiro recolhido nas propriedades do empresário teve o destino indicado pelo
juiz federal Flávio Roberto de Souza.
O magistrado é alvo de procedimentos nos âmbitos
administrativo e penal, após ter sido declarado sob suspeição nos processos que
envolvem o empresário. Souza, titular da 3° Vara, acabou sendo afastado do
cargo por tempo indeterminado. O juiz foi flagrado ao volante de um dos carros
de Eike apreendidos pela Justiça. Ele também determinou a guarda de um piano do
empresário a um vizinho.
Segundo o TRF2, já há medidas em curso, mas estão sob
sigilo. Ainda de acordo com o tribunal, foram constatadas irregularidades
técnicas e estão sendo adotados mecanismos de adequação. O tribunal informou
que, além do afastamento do juiz Flávio Roberto de Souza, um diretor da 3ª Vara
Federal Criminal do Rio de Janeiro também foi exonerado por deliberação do
Órgão Especial do TRF2.
O passaporte do juiz Flávio Roberto foi entregue hoje (9),
pela defesa dele, ao relator da medida cautelar ajuizada pelo Ministério
Público Federal (MPF). Dependendo do resultado da apuração do processo, o MPF
poderá apresentar denúncia, que, caso aceita pelo relator, dará início a uma
ação penal contra o juiz. Neste caso, o magistrado se tornará réu na ação
penal. (ABr)
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