PETROBRAS RECONHECE
DÍVIDA
COM EMPREITEIRA DO
COMPERJ
A Petrobras reconheceu nesta terça-feira (09) a existência de
débitos de cerca de R$ 15 milhões com a empresa Alumini Engenharia, que
realizou obras para a estatal no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
(Comperj). O dinheiro, segundo executivos da Alumini, poderá ser utilizado
integralmente para pagar parte dos salários atrasados e do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) dos quase 3 mil operários que ficaram sem receber nos
últimos três meses, desde que a estatal suspendeu os pagamentos.
A falta de salários e de rescisões trabalhistas motivou
cerca de 200 trabalhadores a ocuparem a sede do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), no centro do Rio, por mais de cinco horas. No local, estavam reunidos o
ministro do Trabalho, Manoel Dias, a presidenta do TRT, Maria das Graças
Paranhos, procuradores do trabalho, representantes da Petrobras, da empresa e
dos trabalhadores.
O Ministério de Minas e Energia enviou documento ao
Ministério do Trabalho confirmando que a Petrobras deve R$ 15 milhões à
Alumini. No entanto, a liberação desse crédito dependerá de medições nas obras
e da solução de conformidades em algumas delas. De acordo com a estatal, o
caminho para o pagamento das ações rescisórias aos trabalhadores são ações
judiciais.
Na terça, os operários já haviam conseguido executar as
rescisões trabalhistas, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT), que
substituiu o sindicato da categoria no pleito. Com a indefinição desde dezembro
do ano passado, milhares de trabalhadores ficaram sem receber salários, mas não
tiveram baixas nas carteiras de trabalho, o que os impedia de buscar novos
empregos. Com a rescisão, agora poderão sacar o FGTS e requerer o
seguro-desemprego.
Procurada, a Petrobras respondeu, por meio de sua
assessoria, que só vai se pronunciar sobre a questão da Alumini nesta
sexta-feira (13), conforme acordado em reunião no TRT. (Com a Agência Brasil)
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