SERÁ QUE O BRASIL SUPORTARIA
UM NOVO 13 DE MARÇO?
Convocado pelo ex presidente Lula, o MST se declara pronto
para a luta, prometendo sair ás ruas nesta sexta-feira, 13 de março de 2015, 52
anos depois do trágico, do ponto de vista da política nacional, comício da
Central do Brasil, que deu a senha para que acelerar a o surgimento da Ditadura
que, pois 25 anos, dominou o País, com todas as consequências de um regime
autoritário, a começar pelo enclausuramento da
Democracia, da suspensão dos direitos de cidadania, culminando com a
tortura como método de investigação.
Lamentavelmente, o mote para o comício da Central do
Brasil, na noite de 13 de dezembro de 1963 era a defesa de Petrobrás (com
acento no á final), e as reformas de base, que incluíam, como agora, a Reforma
Agrária. Para quem chegou agora, é bom lembrar que Leonel Brizola acenava com
um exército, os Grupos dos Onze, núcleos de formação política, que sairiam às
ruas em defesa do Governo.
No apoio ao Governo Dilma e em defesa da Petrobrás –
corroída por dentro por diretores indicados pelos partidos da base aliada – as
lideranças do MST não apostam suas fichas num julgamento rápido e justo dos
envolvidos na roubalheira na maior empresa do País. Muito menos na defesa de
milhares de empregos que foram perdidos nos últimos anos – como no Comperj de
Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O que João Stádile promete fazer nesta sexta-feira com a
militância do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – o MST – não é um ato de
fé na Justiça, para um julgamento que, com rapidez e transparência, julgue os
cerca de 50 políticos envolvidos no escândalo do petrolão. Para os inocentes
úteis que consideram a Operação Lava Jato uma tramoia internacional para
privatizar a Petrobras, é bom lembrar que um simples gerente da estatal, Pedro
Barusco, já devolveu mais de R$ 180 milhões que havia desviado e depositado em
contas secretas no exterior, de um total confessado de US $ 97 milhões de
dólares.
Diante das atrocidades praticadas pelo MPT, destruindo
centros de pesquisas e jogando no lixo dezenas de anos de trabalho de
pesquisadores que buscam meios naturais de combate às pragas da lavoura, não é
difícil o que o “exército” de Stádile faria País afora a pretexto de implantar
uma reforma agrária que começa pela destruição da lavoura hoje existente, que
garante o feijão com arroz no prato dos brasileiros, ameaçados pela inflação
descontroladas.
Numa emblemática foto publicada pela imprensa em março de 1963,
que serviria para demonstrar a necessidades das Reformas de Base, aparece um o
cartaz informando que, para uma inflação de 79,9%, o país exibia um crescimento
do PIT inferior a 1%. Ainda não chegamos a tais números, mas para uma inflação
de 7,7%, o governo acena com um reajuste na tabela do Imposto de Renda de
apenas 4,5% a pretexto de proteger os pobres.
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