CASSAÇÃO DE DILMA:
COSTA E
YOUSSEF VÃO DEPOR NO
TSE
O ministro João Otávio Noronha, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), determinou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef prestem depoimento na ação na
qual o PSDB pede a cassação do registro de candidatura da presidenta Dilma
Rousseff e do vice-presidente, Michel Temer. A pedido do partido, Noronha
reconsiderou sua decisão que rejeitou, no dia 16 de abril, o pedido de oitiva
de Costa e Youssef, ambos investigados na Operação Lava Jato. Com a decisão, a
13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro, deverá designar
um juiz para fazer a oitiva em 45 dias.
De acordo com o ministro, os depoimentos terão objetivo de
coletar provas que os investigados tiveram conhecimento sobre "os fatos
noticiados na peça inaugural, bem como de outros esclarecimentos de que
dispuserem capazes de influir na decisão deste processo".
No pedido de cassação feito pelo PSDB, o partido alegou,
entre outros argumentos, que a campanha de Dilma e Temer praticou abuso de
poder econômico, por ter recebido doações de empreiteiras investigadas na Lava
Jato que superaram a soma das despesas de todos os demais candidatos à
Presidência da República, nas eleições de 2014.
Com base no mesmo fundamento financeiro, a ministra Maria
Thereza Moura rejeitou outra ação do PSDB para impugnar o mandato de Dilma. Em
fevereiro, a ministra entendeu que o partido fez acusações genéricas contra a
campanha da presidenta. Sobre os fatos relacionados com a Lava Jato, a ministra
entendeu que, naquele momento, não caberia à Justiça Eleitoral analisar,
paralelamente à Justiça Federal, os crimes investigados na operação.
Desde que o PSDB protocolou ações para impugnar do registro
de candidatura de Dilma, o PT negou as acusações e acusou o partido de tentar
ganhar as eleições “no tapetão”.
Ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), em dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli disse que
"não haverá terceiro turno" das eleições presidenciais. Na ocasião,
Toffoli afirmou que as eleições de 2014 são página virada para a Justiça
Eleitoral. "Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os
especuladores se calem. Não há espaço para terceiro turno para cassar o voto de
54.511.118 eleitores”, declarou. (Com Agência Brasil)
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