CONCURSO
PARA O MAGISTÉRIO DE
DUQUE
DE CAXIAS TERÁ 757 VAGAS
Depois
de dez anos sem realizar concurso público para professores e o para o setor
administrativo, a Prefeitura de Duque de Caxias lança nesta quarta-feira (8), o
Edital do Concurso Público para Profissionais de Educação.
Pela primeira
vez o município contempla vagas para professores de Educação Especial e de
Informática Educativa. Também serão destinadas vagas à estimulador
materno-infantil.
As
vagas são decorrentes de aposentadorias e da abertura de escolas que estavam
inacabadas no final de 2012, bem como da criação de novas unidades nestes dois
anos da atual administração.
Serão
oferecidas cerca de 775 vagas para o magistério, sendo que 20% serão reservadas
para negros e 10% destinadas a portadores de deficiência física. Já para a área
de apoio haverá 44 vagas para auxiliar administrativo. O piso inicial para
professor P2 será de R$ 2.100, e P1- R$ 2.700.
►STJ MANTÉM RENATO
DUQUE NA PRISÃO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a
prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, investigado na
Operação Lava Jato. Na decisão, o desembargador convocado, Newton Trisotto,
entendeu que a decisão do juiz Sérgio Moro, que decretou a prisão de Duque,
está corretamente fundamentada no risco à ordem pública.
Duque foi preso no dia 16 de março pela Polícia Federal por
determinação de Moro. Ele está sob custódia no Complexo Médico-Penal, em
Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Segundo o juiz, mesmo após a
deflagração da Operação Lava Jato, Duque continuou cometendo crime de lavagem
de dinheiro, ocultando os valores oriundos de propina em contas secretas no
exterior, por meio de empresas offshore.
Para Moro, os 20 milhões de euros que foram bloqueados em
bancos na Suíça e em Mônaco não são compatíveis com a renda do acusado. Duque
também é acusado dos crimes de corrupção e fraude em licitação durante sua
gestão na Petrobras.
A defesa de Duque alega que ele nunca cobrou propina e que
a prisão é ilegal.
►AUDIÊNCIA PÚBLICA NO
STF DISCUTE RELIGIÃO
A audiência foi convocada pelo ministro Roberto Barroso
para o dia 15 de junho, relator da ação direta de inconstitucionalidade (Adin),
na qual a Procuradoria-Geral da República pede que a Corte reconheça que o
ensino religioso é de natureza não confessional, com a proibição de admissão de
professores que atuem como “representantes de confissões religiosas”.
Para participar da audiência, os interessados devem enviar e-mail para o endereço eletrônico ensinoreligioso@stf.jus.br até o próximo dia 15.
Na mensagem, deve constar a qualificação da entidade ou especialista, currículo
resumido e um sumário das posições que serão defendidas no evento. Os critérios
de seleção dos participantes serão de acordo com a representatividade da entidade
religiosa, qualificação do expositor e distribuição de pluralidade.
Além das inscrições de participantes, o ministro decidiu
convidar diretamente 12 entidades envolvidas no assunto, como a
Confederação Israelita do Brasil (Conib); Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB); Convenção Batista Brasileira (CBB); Federação Brasileira de
Umbanda (FBU); Federação Espírita Brasileira (FEB); Federação das Associações
Muçulmanas do Brasil (Fambras); Igreja Assembleia de Deus, Liga Humanista
Secular do Brasil (LIHS); Sociedade Budista do Brasil (SBB) e Testemunhas de
Jeová.
A ação da Procuradoria da República foi proposta pela então
vice-procuradora Débora Duprat em 2010. Segundo entendimento da procuradoria, o
ensino religioso só pode ser oferecido se o conteúdo programático da disciplina
consistir na exposição “das doutrinas, das práticas, das histórias e da
dimensão social das diferentes religiões”, sem que o professor tome partido.
Segundo a procuradora, o ensino religioso no país aponta
para a adoção do “ensino da religião católica” e de outros credos, fato que
afronta o princípio constitucional da laicidade.
O ensino religioso está previsto Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional e no Decreto (7.107/2010), acordo assinado entre o Brasil
e Vaticano.
►CADE INVESTIGA CARTEL DE
MEDICAMENTOS
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu
processo administrativo para investigar um cartel de empresas de medicamentos
em licitações públicas. Segundo informações preliminares, 15 empresas atuavam
em conjunto para fixar preços de remédios para depressão, analgésicos,
sedativos, hipertensão e tosse. Segundo a denúncia, as irregularidades
ocorreram principalmente em Minas Gerais, São Paulo, na Bahia e em Pernambuco
entre 2007 e 2011.
Segundo o Cade, as empresas monitoravam licitações e
acertavam previamente as vencedoras e os valores que seriam lançados no
processo de concorrência. De acordo com o conselho, os seguintes laboratórios
vão responder ao processo: Comercial Cirúrgica Rioclarense, Cristália, Dimaci,
Drogafonte, Hipolabor Farmacêutica, Teuto, Macromed, Mafra Hospitalar, Merriam
Farma, Netfarma, NovaFarma, Profarma Specialty, Rhamis Distribuidora
Farmacêutica, Sanval e Torrent do Brasil.
A apuração chegou ao Cade por meio de denúncia do
Ministério Público de Minas Gerais. Com a instauração do processo
administrativo, as empresas serão chamadas para apresentar defesa. Após avaliação
da argumentação dos laboratórios, a Superintendência-Geral do Cade vai decidir
se arquiva o procedimento ou denuncia os fatos ao tribunal do conselho. Caso
seja aplicada, a punição será uma multa, que varia de acordo com o faturamento.
A Netfarma informou, por meio de nota que é uma farmácia
digital voltada exclusivamente ao consumidor final e "que nunca participou
de licitações públicas, bem como esclarece que não fornece medicamentos para o
mercado hospitalar". A Netfarma também acrescentou que "foi
constituída no final de 2012 – portanto, após o período mencionado na
matéria."
►PEZÃO PROMETE MUDANÇAS
NAS UPPS
A construção de bases permanentes para as unidades de
Polícia Pacificadora (UPP) será feita em regime de urgência, sem licença
ambiental ou título de propriedade dos terrenos. A medida foi anunciada nesta
segunda (6) pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada na página oficial
do governo do estado, como resposta ao aumento dos conflitos entre criminosos e
policiais militares lotados nas áreas pacificadas.
Pezão disse que vai arcar com a responsabilidade de
reformar as bases das UPPs, a maior parte delas instalada em contêineres
precários e sem oferecer segurança aos policiais, e criticou a burocracia
necessária para a construção das novas instalações. "Há uma burocracia
muito grande, que precisa ser vencida. Se ficarmos esperando título de propriedade,
registro de imóveis, licença, vamos aguardar pelo resto da vida, e o policial
continuará trabalhando em condições precárias."
O governador disse que, por isso, decidiu construir as bases definitivas em caráter emergencial. "Se precisar responder a processo, responderei. As obras da Maré já começaram. A Assembleia Legislativa do Rio nos doou R$ 70 milhões para construirmos essas bases e o prefeito Eduardo Paes vai ajudar com a construção de pelo menos oito unidades."
O governador disse que, por isso, decidiu construir as bases definitivas em caráter emergencial. "Se precisar responder a processo, responderei. As obras da Maré já começaram. A Assembleia Legislativa do Rio nos doou R$ 70 milhões para construirmos essas bases e o prefeito Eduardo Paes vai ajudar com a construção de pelo menos oito unidades."
Pezão adiantou que convocará mais 6 mil policiais militares
(PMs), assim que terminarem o curso de preparação, e destacou que só nos três
primeiros meses do ano foram incorporados 1.100. Nas 38 comunidades ocupadas,
são quase 10 mil PMs. O governador também destacou que os policiais que
trabalham em UPPs estão sendo recapacitados, por meio de um programa de
treinamento.
►SABESP
BANCA ONG DE NEYMAR
Apesar de
estar em plena crise hídrica e financeira, a Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) curiosamente não poupa recursos para colaborar com
o Instituto Projeto Neymar JR, a ONG do jogador Neymar que oferece atividades
esportivas a crianças de Praia Grande, na Baixada Santista. A empresa é
responsável por quase 40% do total de R$ 1,4 milhão captado pela entidade. O
percentual equivale a R$ 530 mil.
Balanço
divulgado na semana passada apontou queda de mais de 50% no lucro da Sabesp no
ano passado. Embora a última alta da tarifa tenha ocorrido em dezembro, na
prática ela deveria ter sido aplicada antes, em abril de 2014 –mas acabou
adiada para depois das eleições.
A estatal
afirma que irá questionar a elevação de 13,8% na tarifa proposta pela Arsesp
sob a alegação de que os altos custos de tratamento da água, a elevação do
preço da energia elétrica e a queda no volume de água vendido pela empresa em
meio à atual crise exigem reajuste maior.
Ao todo,
o projeto do atacante pode captar R$ 3,1 milhões. Além da Sabesp, a Companhia
de Seguros Aliança do Brasil contribuiu com outros R$ 800 mil. A ONG ainda
recebeu R$ 40 mil do “Laboratórios Médico Dr. Sérgio Franco”.
Só a
construção da sede do Projeto Neymar Jr custou cerca de R$ 40 milhões. Disso,
R$ 25 milhões foram investidos pelo próprio Neymar, segundo o pai do jogador.
Patrocinadores e parceiras da iniciativa também colaboraram com a obra. A
fundação do Barcelona, clube de Neymar, ajudou financeiramente na construção.
De acordo
com o Ministério do Esporte, em informação dada ao Uol Esportes, a Comissão
Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte aprovou o projeto em 2013. A aprovação
foi renovada. Toda a análise, segundo o ministério, seguiu o previsto em lei.
►PROIBIDOS OS IMPLANTES ORTOPÉDICOS
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) publicada hoje (7) no Diário Oficial da União suspende a distribuição,
comercialização e o implante dos produtos Cúpula Quattro VPS Hap 050mm, REF
HQCHC050, Cúpula Quattro VPS Hap 052mm, REF HQCHC052 e Cúpula Quattro VPS Hap
054mm, REF HQCHC054, fabricados pela empresa Groupe Lepine, França, importados
e reetiquetados como sendo fabricados pela empresa Ortocir Ortopedia Cirurgia
Ltda.
De acordo com a publicação, foi comprovada a importação e a
comercialização dos produtos fabricados em liga cromo-cobalto, mas rotulados no
Brasil como sendo fabricados em titânio. A Anvisa determinou ainda que a
empresa promova o recolhimento do estoque existente em mercado.
A Ortocir Ortopedia Cirurgia Ltda. informou que foi
identificada uma falha de etiquetagem e que o erro já foi corrigido. Ainda de
acordo com a empresa, os implantes não chegaram a ser vendidos porque
aguardavam registro na Anvisa.
►MERCADO ESPERA
INFLAÇÃO DE 8,2%
Investidores e analistas do mercado financeiro já estimam
para 2015 inflação de 8,2%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O
IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), com o objetivo de oferecer a variação dos preços no
comércio para o público final.
A estimativa está no boletim Focus divulgado semanalmente
pelo Banco Central. A projeção para o crescimento da economia também se mantém
pessimista. A nova expectativa mostra retração de 1,01%. Esse resultado se
dará, de acordo com a publicação, em razão da retração prevista de 2,64% na
produção industrial.
A taxa de câmbio estimada para dezembro de 2015 ficará em
R$ 3,25. A taxa básica da economia (Selic), prevista para o mesmo período, foi
mantida em 13,25% ao ano. Os preços administrados, fixados ou controlados pelo
governo, como a gasolina e eletricidade, terão um reajuste de 13% na
perspectiva do mercado financeiro.
No setor externo, melhorou a estimativa para o déficit em
conta-corrente: passou para US$ 77 bilhões, com a melhora na projeção do saldo
na balança comercial, agora em US$ 4,02 bilhões. Os investimentos estrangeiros
diretos esperados chegarão a US$ 56 bilhões.
►PRODUÇÃO INDUSTRIAL CAI 7,1% NO RJ
A produção industrial cresceu em oito dos 14 locais
pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na
passagem de janeiro para fevereiro deste ano, apesar da queda de 0,9% na média
nacional.
A queda nacional foi
influenciada por recuos na produção em seis locais, entre eles, o Rio de
Janeiro, que teve o pior desempenho (-7,1%). De janeiro para fevereiro, também
foram observadas quedas na Bahia (-6,4%), em Pernambuco (-2,3%), em Minas
Gerais (-1,9%), no Nordeste (-0,7%) e no Espírito Santo (-0,4%).
As maiores altas foram observadas no Pará (3,4%) e em Goiás
(3,2%), segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional
divulgados hoje (7). Outros estados com crescimento na produção industrial
foram o Paraná (2,4%), o Amazonas (2,2%), o Rio Grande do Sul (1,6%), o Ceará
(1,1%), São Paulo (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).
Nos demais tipos de comparação, o IBGE analisa também o
estado de Mato Grosso, além dos 14 locais. Na comparação de fevereiro deste ano
com o mesmo período do ano passado, houve recuo em 12 dos 15 locais
pesquisados, com destaque para a Bahia (-23,2%) e o Amazonas (-18,9%). Entre os
três locais com alta, a maior taxa ficou com o Espírito Santo (25,6%).
No acumulado do ano e no de 12 meses, houve queda na
produção em 11 locais e foi registrado crescimento em quatro.
►FGTS GARANTE A CASA
PRÓPRIA
Os valores depositados no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) poderão ser usados para quitar ou amortizar dívidas por quem tem
contrato no Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Até agora, a Caixa
Econômica Federal não permitia a utilização desses recursos. O PAR é destinado à população de baixa renda,
sob a forma de arrendamento residencial com opção de compra.
Um termo de ajustamento de conduta (TAC) com essa
finalidade foi homologado entre a Caixa e a Defensoria Pública da União (DPU) e
tem validade em todo o território nacional. Segundo a Defensoria da União, o
TAC resulta de ação civil pública movida pelo órgão em São Paulo. “O processo,
em trâmite desde janeiro de 2014, está agora solucionado pelo acordo, que faz
com que a Caixa possa transformar qualquer contrato de arrendamento em
financiamento com garantia fiduciária, possibilitando a inclusão do FGTS”,
informou, em nota, a DPU.
O comunicado informa também que a Caixa fará a incorporação
ao saldo do contrato das taxas de arrendamento que ainda não foram pagas, além
da renegociação das demais dívidas que possam existir, como a do Imposto sobre
a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ou de condomínio, entre
outras. Poderão ser incorporados quaisquer contratos, independentemente da
faixa de atraso, desde que o credor não seja o Fundo de Arrendamento
Residencial (FAR).
A autora da ação civil pública e do termo foi a defensora
federal Fabiana Galera Severo. Para ela, a importância da decisão reside no
fato de que “todos os arrendatários do PAR poderão se beneficiar com essa
possibilidade de renovação contratual e, além de poderem contar com o saldo do
FGTS para aquisição da casa própria, não estarão mais sujeitos ao risco de
reintegração de posse concedida liminarmente logo nos primeiros meses de atraso”.
Segundo o DPU, o acordo foi assinado pelo gerente nacional
de Infraestrutura e Patrimônio de Terceiros da Caixa Econômica Federal, Flavio
Henrique da Silva e Paula, e pela titular do 2º Oficio de Direitos Humanos,
Tutela Coletiva e Migrações da DPU em São Paulo, Fabiana Galera Severo.
►EMENDA NO SENADO AJUDA O GOVERNO
O projeto
que muda o indexador das dívidas dos estados deve sofrer emendas no Senado e
voltar para a Câmara, informou o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR). Após reunião de cerca de uma hora com o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, o senador disse que a solução ainda será discutida pelos líderes
partidários, mas destacou que esse deve ser o caminho mais provável.
“Provavelmente,
deverá haver uma emenda e a matéria [indexador das dívidas dos estados] voltará
à Câmara dos Deputados. A emenda é para definir o prazo de regulamentação e a
devolução do recurso que for a juízo. Vamos discutir mais tarde no Senado quem
vai fazer a emenda. A questão da regulamentação, está pronta para ser votada. Tendo
a emenda, é possível ser votada rapidamente”, disse Jucá, ao sair do encontro.
Caso o
projeto que obriga a regulamentação da mudança do indexador da dívida dos
estados e dos municípios volte à Câmara, o governo ganhará tempo para debater
com o Senado a votação de outras propostas de interesse dos estados. Entre os
temas em discussão, estão a unificação das alíquotas do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual, medida que poria fim
à guerra fiscal, e a convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelos
governos estaduais.
►RECESSÃO UNE PATRÕES E EMPREGADOS
Entidades
sindicais e de empresários lançaram nesta segunda (6), na capital paulista, uma
coalizão em defesa da recuperação da indústria da transformação. O manifesto,
assinado por 32 organizações, destaca que o segmento representava 35% do
Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no
país), na década de 1980 e, desde então em queda, chegou a 12% de participação.
A perda de competitividade é apontada como a principal razão para esse
decréscimo. O documento pede mudanças em fatores como câmbio, juros e carga
tributária.
Para o
presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(Abimaq), Carlos Pastoriza, a desvalorização da indústria nacional impede o
desenvolvimento do país. “Este é um grito de alerta à sociedade e ao governo
sobre a destruição que a indústria sofre, por conta de situações
macroeconômicas que tornam inviáveis a fabricação competitiva de manufaturas.”
Entre as
centrais que compõem a coalizão estão a Força Sindical, a Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). O
Sindicato dos Metalúrgicos da Região do ABC, ligado à Central Única dos
Trabalhadores (CUT), também assina o manifesto. De acordo com os organizadores,
as entidades empresariais que formam o grupo representam 50% do faturamento da
indústria de transformação e as entidades sindicais reúnem 4,5 milhões de
trabalhadores.
Pastoriza
destacou que o movimento é horizontal, e não partidário. Apesar da afirmação, o
tom do lançamento foi de crítica ao governo federal. O presidente da CGTB,
Ubiraci Dantas de Oliveira, classifica de catastrófica a situação atual da
indústria. “Temos capacidade de mudar o Brasil. Se formos às ruas com
determinação, em defesa do emprego, essa pátria merece a vontade do povo, e não
a vontade de meia dúzia de sanguessugas”, afirmou. Ele reforçou que a coalizão
não definiu posição contrária ao governo, mas a central dirigida por ele defende
a saída da presidenta Dilma Rousseff.
O
presidente da Força Sindical, Miguel Torres, criticou os ajustes fiscais do
governo federal. “São políticas distorcidas. Tem problemas no
seguro-desemprego, na pensão por morte, no abono, mas não é tirando direitos do
lado mais fraco que vai resolver”, disse Torres, referindo-se às Medidas
Provisórias 664 e 665, que alteram critérios para concessão de benefícios
trabalhistas e previdenciários. Ele destacou a unidade conquistada entre
empresários e trabalhadores e disse que os próximos passos da coalizão ainda
serão discutidos.
O
presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção
(Abramat), Walter Cover, destacou que a proposta do grupo sobre os impostos,
por exemplo, é que eles não aumentem mais. Quanto aos juros, o grupo defende
que fiquem próximos de patamares internacionais, abaixo de 2%.
Cover
falou ainda sobre a necessidade de uma política cambial que permita o
crescimento das exportações brasileiras. “Isoladamente, a sobrevalorização do
real em relação ao dólar [talvez] tenha sido o que mais prejudicou a indústria.
Por que não podemos ter uma política cambial? Não é difícil imaginar um dólar
que permita maior competitividade da indústria, pelo menos a curto prazo”,
questionou.
A Agência Brasil procurou a assessoria
de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência da República e aguarda
posicionamento da pasta.
►COMÉRCIO TEVE A PIOR PÁSCOA DESDE 2007
Não houve
crescimento nas vendas duAraAnte a semana da Páscoa, do dia 30 de março ao dia 5
deste mês, informou hoje (6) a Serasa Experian. No ano passado, a semana da
Páscoa foi de 14 a 20 de abril. O índice mediu o movimento dos consumidores em
16 mil empresas comerciais de todo o Brasil, e os resultados mostraram
movimentação equivalente à do ano anterior, sem registro de aumento.
Segundo o
economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o movimento concentrou-se no fim de
semana, de sexta-feira (3) a domingo (5). "Até quinta-feira, [o indicador]
estava negativo [em relação a 2014]. Então, as compras de última hora fizeram o
indicador fechar no 0 a 0”, explicou.
Houve
crescimento de 3,2% nos últimos três dias, o que anulou a queda acumulada nos
quatro primeiros dias da semana. As vendas de última hora impediram que o
indicador registrasse um percentual negativo.
Na cidade
de São Paulo, os resultados foram piores na comparação com o restante do país.
As vendas na semana da Páscoa caíram 3,7% em relação às do ano passado. No fim
de semana, houve queda de 3,1%. Para o economista, esse é um indício de que o
mercado consumidor do restante do Brasil está crescendo mais rapidamente do que
na capital paulista.
O
resultado de vendas no país este ano foi o pior desde 2007, quando começou a
pesquisa. Rabi afirmou que o resultado é ruim para a economia como um todo,
porque o varejo é um segmento que normalmente cresce, mesmo na recessão, por
causa do próprio crescimento populacional.
“Um
crescimento nulo varejista é uma situação bastante preocupante para o varejo e
para a economia brasileira, porque o varejo sempre foi um setor mais dinâmico.
Se o varejo está estagnado, imagine o resto”, acrescentou o economista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário