EDUARDO DIZ QUE AFASTAMENTO
NÃO É ROMPIMENTO COM DILMA
O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, se reuniu na noite de quarta-feira com a presidenta Dilma Rousseff,
após a Executiva Nacional do partido decidir entregar os cargos ao governo. De
acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o encontro durou
cerca de 40 minutos e ocorreu apenas entre Campos e a presidenta Dilma. O teor
da conversa não foi revelado pelo Planalto, mas a expectativa era que fosse
entregue a Dilma uma carta com a decisão do partido.
No documento, Eduardo Campos diz “declinar de sua
participação no governo, entregando os cargos que ora ocupa”. No entanto,
“reafirma que permanecerá, como agora, em sua defesa [da presidenta Dilma] no
Congresso Nacional “. A carta diz ainda que a decisão não antecipa
posicionamentos quanto às eleições presidenciais de 2014.
“Esta decisão não diz respeito a qualquer antecipação
quanto a posicionamentos que haveremos de adotar no pleito eleitoral que se
avizinha, visto que nossa estratégia – que não exclui a possibilidade de
candidatura própria – será discutida nas instâncias próprias”, diz.
A intenção de o partido se afastar do governo começou a
ser discutida depois de especulações – não confirmadas pelo Palácio do Planalto
– de que a presidenta estaria avaliando dispensar ministros do PSB. Na carta
aprovada pela executiva do partido, Eduardo Campos diz não receber as
manifestações como ameaça. “O Partido Socialista Brasileiro [PSB]- que nunca se
caracterizou pela prática do fisiologismo - reafirma seu desapego a cargos e
posições na estrutura governamental, e reitera que seu apoio a qualquer governo
jamais dependeu de cargos ou benesses de qualquer natureza”, diz no documento.
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