PARA AÉCIO, O BRASIL NÃO
PODE TER DUAS JUSTIÇAS
Em nota oficial distribuída no
final da tarde desta quarta-feira (18), assinada pelo seu presidente, o Senador Aécio Neves, o PSDB diz
respeitar decisão do STF que acatou os embargos infringentes, mas ressalta
que acredita "como brasileiro, que esse processo precisa ter um fim,
e esse fim precisa ser rápido", para que os brasileiros não pensem que
resultado do julgamento será a impunidade; em nota, o PSDB afirmou que "a
decisão tomada pelo STF não altera a essência do julgamento, no qual a Corte
Suprema definiu pela condenação de 25 dos 38 réus do chamado mensalão"
No texto, o partido diz que
respeita a decisão do STF, ressalta que entende que isto “não altera a essência
do julgamento”, que condenou 25 dos 38 réus e afirma que o “PSDB está confiante
que os recursos apresentados pela defesa dos réus não terão capacidade para
mudar o julgamento”.
Em entrevista, Aécio afirmou
que espera que esta nova etapa do julgamento não crie na sociedade o sentimento
de impunidade. Ele também afirmou que “a grande maioria dos brasileiros quer
ver essa página virada na história da impunidade no Brasil”.
“É uma decisão da mais alta
corte da justiça brasileira. E ela não muda a essência daquilo que foi julgado.
Mais de 20 cidadãos e cidadãs foram condenados por utilizar indevidamente
recursos públicos. Vamos ter mais uma etapa do julgamento, agora com o
acatamento pelo Supremo dessa proposta, dessa solicitação dos advogados. O que
esperamos é que isso tenha fim”, ressaltou.
“Espero que possamos
rapidamente dizer que o Poder Judiciário julgou e absolveu aqueles que julgou
que deveria absolver e condenou aqueles sobre os quais as provas eram cabais e
definitivas. A única coisa que me preocupa é que esse prolongamento da decisão
reacenda na sociedade o sentimento da impunidade. O Brasil não pode continuar
tendo duas justiças. Aquela para os pobres, os desassistidos, e outra mais
branda e mais flexível para os poderosos. Não faço juízo de valor em relação
aos réus. O que acredito, como brasileiro, é que esse processo precisa ter um
fim, e esse fim precisa ser rápido”, afirmou.
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