RECEITA ESTÁ DE OLHO
NO SIMPLES NACIONAL
Os contribuintes
incluídos no Simples Nacional poderão receber a partir desta segunda-feira (16) alertas
ao acessarem o portal do sistema na internet. A nova estratégia da Receita é
para informar os contribuintes sobre irregularidades nas informações. A
estratégia faz parte do Programa Alerta Simples Nacional e permite a
autorregularização, com a correção de erros e inconsistências. Na primeira
fase, serão emitidos 29 mil alertas sobre as irregularidades. Os avisos serão
vistos até o fim de outubro e, a partir de dezembro, a Receita começa a
fiscalização dos que não fizeram as correções.
“É uma nova forma
de relação da Receita com os contribuintes do Simples, que não têm uma
consultoria como os grandes contribuintes. Sendo assim, na segunda-feira será
lançado o programa com a finalidade de tornar transparente a divergência de
informações”, disse Iágaro Jung Martins, coordenador-geral de Fiscalização do
órgão.
Para detectar as
irregularidades, a Receita cruzou dados do Sistema Integrado de Administração
Financeira (Siafi) e da movimentação do cartão de crédito por meio da
Declaração de Operação com Cartão de Crédito (Decred). A diferença detectada
chega a R$ 5,98 bilhões e o crédito tributário a favor dos cofres públicos pode
ficar em 10% deste valor.
“A ideia é
permitir que esses contribuintes possam se autorregularizar e com isso deixarem
de ser fiscalizados pela Receita Federa e pelas receitas dos estados, Distrito
Federal e municípios. Assim evitam a multa de ofício”, informou Iágaro Jung
Martins. A multa para que for pego, destacou, varia de 75% a 225% do valor
devido.
Atualmente,
existem mais de 3,4 milhões de contribuintes que optam pelo Simples, que é um
regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos
aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte. Abrange a participação
de todos os entes federados (União, estados, Distrito Federal e municípios) e é
administrado por um comitê gestor.
“Nenhum
contribuinte precisa ir até um posto da Receita Federal para fazer a
autorregularização, que deve ser feito por meio da internet, e o comportamento
dos contribuintes irregulares serão monitorados pelos nossos sistemas de banco
de dados”, destacou Iágaro Martins. (Agência Brasil).
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